sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Como tratar a psoríase

Introdução
A maioria das mensagens que vemos diariamente na televisão, em outdoors e em revistas enfatiza a importância da boa aparência. Cabelos brilhantes, dentes brancos e, especialmente, pele limpa são apresentados como modelos para sermos bem sucedidos. Então, você pode imaginar como uma pessoa pode se sentir deslocada se tiver lesões na pele ou uma pela escamosa e avermelhada. Viver com essa doença incurável da pele, conhecida como psoríase, é um desafio, mas não significa que você precise ficar trancado em casa nem tenha que evitar situações sociais.

Nesse artigo, analisaremos as causas e os sintomas da psoríase. Revisaremos os tratamentos médicos tradicionais e as medidas de auto-ajuda. Veremos curas alternativas, como a medicina à base de ervas, que pode proporcionar alívio em alguns casos. Vamos analisar a psoríase inicialmente sob o aspecto científico.

Definição

A psoríase é uma doença crônica e não-contagiosa da pele, que produz manchas secas e arredondadas na pele, de tamanhos variados, cobertas por escamas brancas, cinzas ou branco-acinzentadas.
A psoríase é comum, mas tem certas questões misteriosas. Os médicos não sabem ao certo o que causa a psoríase, embora acreditem que ela tenda a ser hereditária. Por outro lado, pode ser que você tenha psoríase mesmo que não haja histórico da doença na família. Ela geralmente ocorre entre os 20 e os 50 anos, mas pode aparecer em qualquer idade e ser diagnosticada até mesmo em crianças.

O comportamento da psoríase também é misterioso. Às vezes, pode ser moderada, com apenas algumas manchas. Mas no dia seguinte, manchas grandes e escamosas podem cobrir o corpo. O tratamento é difícil, pois o que funciona para uma pessoa pode não fazer efeito em outra e os tratamentos que um dia foram eficazes para alguém geralmente se tornam ineficientes ou vice-versa.

Causa

Apesar de não saberem exatamente o que causa a psoríase, os médicos sabem que ela envolve uma alteração no sistema imunológico. É considerada uma doença auto-imune, pois o sistema imunológico ataca por engano suas próprias células saudáveis. Alguns leucócitos, chamados de células T, são estimulados em excesso e aceleram a descamação das células da pele. Na pele normal e saudável, as novas células levam cerca de um mês para migrarem para a superfície. Na pele de uma pessoa com psoríase, esse processo leva somente de três a quatro dias.

Esse crescimento acelerado das células é o que provoca a formação de manchas escamosas e avermelhadas na pele, chamadas de placas. Além de não terem um bom aspecto, essas placas geralmente causam coceira e desconforto. Embora existam vários outros tipos de psoríase, esse que forma placas, conhecido como psoríase em placa, é o mais comum.

A psoríase também parece envolver um forte fator hereditário, embora somente 1/3 de seus portadores se lembrem de ter um parente com a doença. Há uma relação entre psoríase e artrite que pode se somar ao quadro cutâneo.

Quando a psoríase aparece, o desenvolvimento da doença pode ser provocado de diversas maneiras. Uma lesão na pele, como um corte, pode provocar o aparecimento súbito da doença geralmente entre 8 a 18 dias após o trauma. Mudanças de estação também afetam a psoríase: no inverno costuma haver uma piora da doença. Muitos pacientes também têm problemas maiores em períodos de estresse físico e emocional. As infecções, particularmente as do trato respiratório superior, podem agravar a psoríase.

Sintomas

A psoríase caracteriza-se por manchas salientes e avermelhadas na pele com escamas cinzas chamadas de placas. Essa placas podem aparecer em qualquer lugar do corpo. Entretanto, ocorrem com mais freqüência no couro cabeludo, na região lombar e nos cotovelos, joelhos e articulações dos dedos. Quando a psoríase afeta as unhas, ela causa rugas e nódoas amarronzadas e, às vezes, pode quebrá-las ou descolá-las. As áreas genitais também podem ser afetadas.

As manchas no couro cabeludo formam grandes escamas branco-acinzentadas no contorno do cabelo, que se assemelham à caspa.

As manchas encontradas em áreas úmidas, como as axilas, geralmente não são tão escamosas. Todas as manchas podem coçar.

Geralmente, a psoríase não causa complicações sérias. Às vezes, entretanto, a doença se torna tão grave, que pode causar calafrios, vermelhidão dolorosa da pele, rachadura da pele ao redor das articulações e formação de grandes áreas de pele descamada. A psoríase esfoliativa, pode precisar de internação para terapia intensiva.

Tratamento

Até agora, não há cura conhecida para a psoríase e o tratamento oferece somente alívio temporário dos sintomas. A limpeza normal da pele, ao redor das áreas afetadas, é importante para prevenir infecções. Loções e cremes a base de alcatrão vegetal (e outros componentes designados para remover as escamas) podem limpar a pele irritada e diminuir a coceira.

Foram apresentados recentemente diversos medicamentos como sendo eficazes no alívio dos sintomas da psoríase. A cortisona e os esteróides mais novos (medicamentos à base de hormônios) podem remover as placas em cerca de 50% dos casos quando aplicados diretamente na pele afetada. Muitos médicos recomendam cobrir as áreas tratadas com um plástico fino, além do creme. Isso é chamado de terapia oclusiva.

Alguns medicamentos diminuem a taxa de crescimento das células. Um deles, o metotrexato, reduz os sintomas nos casos graves. Entretanto, em virtude de seus efeitos colaterais serem fortes, ele é prescrito para uso somente sob supervisão médica.

Outros medicamentos usados para a psoríase incluem o calcipotrieno, o tazaroteno, a ciclosporina e os derivados de vitamina A. Todos esses medicamentos devem ser administrados por um médico.

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