quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Efeitos anatômicos do envelhecimento

Os ossos enganam: por fora, parecem duros e estagnados, porém, eles são muito afetados com a atividade. Seu exterior duro esconde uma vasta rede de vasos sangüíneos que transportam nutrientes para as células ósseas e extraem resíduos delas. Os ossos estão constantemente sendo remodelados: estão em um ciclo contínuo de desgaste e renovação até o dia de sua morte.

O problema é que, com o passar do tempo, você perde mais osso do que produz. Como resultado, os ossos se afinam e começam a ficar cada vez mais suscetíveis a fraturas. Como esse processo se acelera após os 50 anos, a osteoporose se torna mais comum. A osteoporose é uma condição de perda óssea progressiva dolorosa, desfigurante e debilitante.

Ela enfraquece os ossos a ponto de as fraturas ocorrerem facilmente. Mesmo tossir, puxar uma porta de armário e, especialmente, levar uma queda pode causar uma fratura nas pessoas que sofrem de osteoporose avançada. Alguma perda óssea com a idade é inevitável, mas o índice dessa perda é diferente em cada indivíduo.

A genética desempenha seu papel no desenvolvimento da osteoporose: mulheres caucasianas e asiáticas são mais propensas a desenvolver osteoropose, assim como aquelas que têm parentes com a doença. A menopausa também é culpada: a perda óssea se acelera cerca de cinco anos após a menopausa.

Maus hábitos, como o fumo e o uso excessivo de álcool, também contribuem para a perda óssea, assim como um estilo de vida sedentário e a ingestão inadequada de cálcio e vitamina D. Certos medicamentos, como drogas parecidas com a cortisona e a colestiramina (droga usada para abaixar os níveis de colesterol do sangue) também aceleram a perda óssea, assim como algumas condições médicas, como a artrite reumatóide.

Muitas pesquisas, porém, provam que realizar exercícios de sustentação de peso regularmente, como caminhar e levantar pesos, além da ingestão de uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D pode manter os ossos fortes por mais tempo, formando ossos e reduzindo o risco de osteoporose, mesmo nas pessoas mais velhas.

Se você acha que está ficando mais baixo, provavelmente está certo. Todas as pessoas encolhem com a idade. Somos mais altos ao final dos 40 anos, depois perdemos até cinco centímetros de altura por volta dos 80 anos. A perda na altura é gradual, mas se acelera no fim da vida. Por que ficamos mais baixos com a idade? Existe uma série de razões, incluindo músculos mais fracos, perda de água, mudanças de postura e deterioração dos discos esponjosos que separam as vértebras em nossa espinha dorsal, causando uma compressão da espinha.

As mulheres tendem a perder mais altura que os homens porque são vítimas mais freqüentes da osteoporose, o que resulta na perda de tecido ósseo nas vértebras da coluna vertebral, comprimindo-a e tornando-a mais curta. Por isso é tão importante manter a saúde e a força dos ossos durante toda a vida. Sentar-se corretamente também é muito importante.

As juntas se tornam menos resistentes ao desgaste com o tempo. Isso ocorre, em parte, devido às alterações na cartilagem, o tecido que amortece as extremidades dos ossos em suas juntas. O envelhecimento provoca a perda de água das cartilagens, tornando-as mais vulneráveis a ferimentos em razão de movimentos repetitivos e estresse.

A artrite é caracterizada por dor e rigidez nas juntas e, em algumas formas, inchaço, vermelhidão e calor. É uma doença que se torna mais comum com a passagem de cada década. A osteoartrite, a forma mais comum de artrite, ocorre quando a cartilagem começa a se desgastar e se decompor. A osteoartrite geralmente ocorre na coluna vertebral, nos quadris, joelhos e mãos.

Transportar peso em excesso agrava a osteoartrite nos joelhos e quadris, que suportam o peso. De fato, o sobrepeso aumenta o risco de desenvolver osteoartrite. A atividade física regular pode ajudar a reduzir a dor e rigidez nas juntas e a aumentar a flexibilidade, a força muscular e a resistência.

Você pode ter notado que não consegue erguer tanto peso quanto conseguia há cinco ou dez anos. O envelhecimento causa uma diminuição na força, no tamanho e na resistência do tecido muscular, talvez em parte, devido à diminuição do fluxo sangüíneo para o tecido muscular. Não atribua, contudo, a força e o tônus diminuídos à idade: a inatividade causa muito mais danos aos músculos do que o tempo.

Sentar-se acelera a perda muscular. Os especialistas dizem que a perda de força e vigor que atribuímos à idade é, em parte, causada pela redução da atividade física. Aos 75 anos, um a cada três homens e metade das mulheres não fazem exercícios regulares, o que agrava a perda muscular causada pela idade.

A pele é composta de duas camadas principais: a epiderme, a camada exterior da pele, e a derme, que se encontra diretamente abaixo da epiderme e da qual se originam as glândulas dos pêlos e o suor. As células dérmicas e epidérmicas diminuem com o envelhecimento. A derme, de fato, afina cerca de 20% e o suprimento de sangue para ela cai com o tempo. As rugas se desenvolvem, principalmente em razão da perda de colágeno, proteína que age como um cimento que mantém as células juntas.
Quando ela acaba, a elasticidade também acaba e ela é a propriedade que oferece resiliência à pele, que ajuda a evitar linhas de expressão ao sorrir e rugas ao redor da boca. A exposição ao sol também contribui muito para o desenvolvimento de rugas. De fato, o sol causa o maior dano à pele, incluindo "manchas de senilidade" marrons e cânceres de pele.

À medida que a pele afina e perde elasticidade, torna-se mais frágil, ferindo-se e rompendo-se mais facilmente e demorando mais para se curar. A perda de algumas glândulas de suor e de óleo da derme pode resultar em pele cronicamente seca. O afinamento da pele também compromete sua capacidade de agir como uma barreira às infecções. Os ferimentos de pele, mais comuns com a idade, também aumentam a vulnerabilidade a infecções.

Sem contar a estética, o afinamento da pele também tem implicações para sua saúde. Sua pele participa da produção de vitamina D do corpo. A vitamina D é parceira do cálcio na manutenção de ossos fortes. Ela começa a agir na pele exposta à luz ultravioleta forte.

Como a pele envelhecida tem capacidade limitada de iniciar a produção de vitamina D, a deficiência de vitamina D é mais comum em pessoas mais velhas, especialmente aquelas que moram em climas do norte, em que o sol é muito fraco para formar a vitamina D durante metade do ano. Aplicar um protetor solar com fator de proteção (SPF) 8 ou mais alto ajuda a proteger sua pele, mas bloqueia os raios ultravioleta tão necessários.
Na próxima seção, aprenda sobre os efeitos cardiovasculares do envelhecimento e como lidar com eles.

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