quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Efeitos sensoriais do envelhecimento

O envelhecimento também pode danificar seus cinco sentidos. Leia para aprender como a visão, a audição e mesmo o paladar podem se deteriorar com a idade.
Visão e envelhecimento


Você está segurando o jornal no comprimento do braço? Apertando os olhos ao ler documentos com letras pequenas? Você precisa de mais luz para enxergar claramente? Cada década vivida acrescenta mudanças que enfraquecem a visão, incluindo a lenta perda da habilidade de focar objetos próximos ou letras pequenas.

A presbiopia, o motivo mais comum para o uso de óculos de leitura, caracteriza-se pela diminuição da capacidade de focar objetos próximos. Geralmente essa condição surge por volta dos 40 anos, mas freqüentemente se desenvolve décadas antes disso.

Algumas das mudanças visuais relacionadas à idade são óbvias, ao passo que outras passam despercebidas até que a visão esteja limitada de alguma forma. Por exemplo, os tecidos ao redor dos olhos perdem seu tônus, e também ocorre perda de gordura, o que resulta na queda das pálpebras superiores e da parte interna e externa da pálpebra inferior.

Por outro lado, a catarata, que embaça a visão evitando que a luz atinja o cristalino do olho, raramente é detectável porque se forma lentamente, não provoca dor e não resulta em vermelhidão ou lacrimejamento do olho. Com os anos, a íris, a parte colorida do globo ocular, perde a flexibilidade.

Suas pupilas (os círculos pretos da íris que respondem à luz) ficam menores e a lente do cristalino começa a acumular substâncias amarelas, possivelmente como resultado da exposição à luz solar. Essas mudanças predispõem ao glaucoma, resultado da pressão excessiva dentro do globo ocular, o que pode levar à perda de visão ou cegueira. Ninguém conhece a causa do glaucoma, mas ele ocorre com mais freqüência em idosos, afro-americanos e pessoas com histórico familiar da doença.

O glaucoma basicamente não apresenta sintomas, até que seja tarde demais. Depois que o glaucoma danifica o nervo óptico, responsável por transmitir as informações visuais do olho para o cérebro, você passa do ponto de tratamento. É por isso que a Fundação do Glaucoma recomenda teste de glaucoma de quatro em quatro anos até os 45 anos e de dois em dois anos depois disso. Faça o teste de dois em dois anos independentemente da idade se:

você é descendente de afro-americanos
há ocorrência de glaucoma em sua família
você é míope
você tem hipertensão
você usa cortisona há muito tempo
A diminuição do fluxo sangüíneo para a retina, o tecido fino como papel que reveste a parte de trás do globo ocular, pode levar à degeneração macular. A degeneração macular destrói, de maneira acentuada, a visão central.

Audição e envelhecimento


Você já se pegou falando "o quê?" muitas vezes? Talvez você não goste tanto de multidões desde que passou a não detectar tão bem as nuanças das conversas. A perda de audição é uma das reclamações mais comuns do envelhecimento, especialmente para homens, que são mais propensos a ela com o tempo.

O envelhecimento produz uma perda de audição progressiva em todas as freqüências, conhecida como presbiacusia. Após os 55 anos, sua habilidade de detectar alterações no tom dos sons cai drasticamente, o que pode tornar sua fala menos compreensível para os outros. Além disso, as paredes de seu canal auditivo se afinam e a produção de cera diminui.

Seu tímpano engrossa. Você pode até ter artrite nas juntas que conectam os ossos localizados no canal interno. Ninguém sabe ao certo, porém, se essas mudanças na audição podem ser atribuídas ao processo de envelhecimento. É certo, contudo, que a perda de células capilares é o que mais diminui a audição.

As células capilares fazem parte do ouvido interno, que ajuda a transmitir impulsos para um nervo que os transfere para seu cérebro para que sejam processados. Danos em nervos, ferimentos e exposição a ruído alto e a certos medicamentos podem causar a perda das células capilares.

Envelhecimento e paladar

Você deve agradecer a seu nariz pelo sentido do paladar, apesar das milhares de papilas gustativas existentes em sua língua: elas apenas detectam quatro dos milhares de possíveis sabores nos alimentos.

A língua reconhece apenas os sabores doce, salgado, amargo e azedo. É por isso que a degustação do alimento é limitada sem um sentido olfativo saudável. Quando você mastiga alimentos e ingere bebidas, seus aromas são liberados em sua boca.

A saliva dissolve as substâncias que produzem o sabor no alimento e na bebida que entram em contato com as papilas gustativas de sua língua. Mais importante ainda, os compostos de sabor dissolvidos vão para a parte de trás de sua garganta, indo para as células receptoras em seu nariz. A partir daí, os nervos transmitem as mensagens de sabor ao cérebro, permitindo que você os perceba e os aprecie.

Se você está tendo problemas para saborear a comida, isso é em decorrência do olfato diminuído. O tempo diminui seu olfato, mas geralmente não antes de você atingir 60 anos, mas isso varia de pessoa para pessoa. Cerca de metade dos adultos acima dos 65 anos sofre alguma diminuição no olfato. Por outro lado, seu paladar para alimentos doces, salgados, amargos ou azedos pode permanecer incrivelmente intacto até você atingir os 70 anos.

Uma deficiência de zinco também pode causar uma diminuição do paladar. A suplementação de zinco pode ajudar se você tem uma deficiência. As infecções ameaçam o olfato e, como resultado, sua capacidade de saborear alimentos. Alguns dos danos da gripe, resfriado ou hepatite podem ser permanentes. Mais freqüentemente, doenças agudas, incluindo infecções e alergias sazonais, bloqueiam aromas das células receptoras que transmitem as informações de sabor para o cérebro.

Como resultado, você não tem tanta capacidade de sentir os sabores da comida. As pílulas que você ingere todos os dias para controlar condições médicas como pressão alta e artrite podem afetar o paladar, principalmente porque atingem as áreas do cérebro em que você percebe os sabores. As drogas quimioterápicas e a radiação de cabeça e pescoço também ameaçam a percepção do paladar, às vezes permanentemente.

Efeitos metabólicos do envelhecimento

Conforme você envelhece, é normal ganhar peso, certo? Isso pode ser normal (se você definir "normal" como "comum"), mas não é desejável e também não é uma coisa inevitável. Muito provavelmente você está pesando mais do que estava há dez anos. Ou talvez sua cintura tenha aumentado, mas a proporção permaneça a mesma.

Entender o que acontece com o peso à medida que seu corpo envelhece o ajudará a controlá-lo. A partir dos 25 anos, a gordura total do corpo começa a aumentar, ao passo que a massa muscular e a água do corpo diminuem. Como resultado, você pode pesar mais com a idade e perder parte do tônus muscular de sua juventude.

Por que há um declínio da massa muscular? Uma taxa metabólica basal mais lenta (BMR) é a culpada. A BMR é o número de calorias que você queima diariamente para alimentar funções involuntárias do corpo, como os batimentos cardíacos, função cerebral e digestão. A BMR depende da composição do corpo. Quanto mais músculos você tiver, mais calorias você queima, 24 horas por dia. É por isso que o músculo é um tecido de alta manutenção e requer mais calorias que a gordura para se sustentar.

O declínio na massa muscular que começa por volta dos 25 anos, juntamente com um declínio no nível de atividade, significa que você precisa de menos calorias aos 60 anos do que precisava aos 10. Por exemplo, o BMR de um homem com 90 quilos é de cerca de 1.930 calorias por dia entre 18 e 30 anos.

Após os 60, seu corpo precisa de cerca de 350 calorias a menos para manter seu peso e boa saúde. Se você ainda está comendo como um adolescente aos 60 e não aumentou sua atividade física, definitivamente você está engordando.

Para as mulheres, a menopausa geralmente significa ganho de peso. Quando os ovários param de produzir o hormônio estrogênio, a massa muscular pode diminuir a ponto de reduzir o BMR. Quando isso ocorre, as mulheres ganham uma significante quantidade de gordura, geralmente no abdômen, mesmo sem consumir mais calorias.

Falando do abdômen, o local onde você armazena a gordura extra, ele também afeta sua saúde.

Se você tem a forma de uma maçã (gordura concentrada no meio do corpo), tem mais chance de ter doenças cardíacas do que se você tiver a forma de uma pêra (peso extra ao redor de seus quadris e nádegas). O peso em excesso em qualquer local também aumenta as chances de desenvolvimento de certos cânceres e diabetes e isso também agrava a artrite nos quadris e joelhos.

Alterações respiratórias
Com o envelhecimento, seus pulmões se tornam menos elásticos e a parede torácica do peito enrijece. Além disso, a expansão de sua traquéia contribui para uma diminuição da superfície de seus pulmões. Você não consegue tossir com tanta força, o que também diminui sua capacidade de expulsar germes de seus pulmões. É por isso que as pessoas mais velhas são mais propensas a infecções respiratórias, como resfriados, por exemplo.

Se você já fumou, seu potencial respiratório é reduzido em seus últimos anos. Adultos mais velhos também têm alguma dificuldade para engolir, o que aumenta as chances de aspirar partículas de comida e outras substâncias para dentro dos pulmões. A aspiração é uma causa comum de pneumonia em adultos mais velhos.

A capacidade e o funcionamento dos pulmões decresce com o tempo e isso significa que você pode se sentir mais ofegante após subir um lance de escadas ou após uma caminhada hoje do que há 20 anos. A boa notícia é que exercícios minimizam algumas das mudanças nos pulmões e no sistema respiratório inteiro.

Idosos fisicamente ativos, praticantes de exercícios aeróbicos regulares como caminhadas e ciclismo, mantêm uma capacidade aeróbica melhor do que a de seus colegas que não se exercitam, e melhor do que a de pessoas mais jovens, porém sedentárias. De fato, pessoas idosas bem condicionadas podem atingir níveis de desempenho pulmonar que excedem o de pessoas muito mais jovens. A perda de função pulmonar é um grande prognóstico de doença e morte de adultos mais velhos.

Exercite sua perspicácia
Se novas situações o deixam desconfortável, talvez você deva se exercitar mais freqüentemente. Qual é a conexão? Com a idade, o cérebro precisa de mais tempo para processar novas informações; assim, você pode evitar situações não familiares em prol do conforto. Isso, porém, limita seu mundo.

O exercício regular pode ajudá-lo a expandir seus horizontes. Estudos mostram que quanto mais fisicamente condicionados os idosos estão, mais eles toleram situações novas. O condicionamento físico o ajuda a reagir mais rapidamente a novas situações, novos rostos ou um novo ajuste social, talvez se adaptando tão rapidamente quanto alguém bem mais jovem.

Efeitos imunológicos do envelhecimento

O sistema imunológico é como um exército maciço em prontidão, defendendo o corpo 24 horas por dia. Uma rede sofisticada de células e órgãos situados ao redor do corpo protege você de invasores como bactérias, vírus, fungos e parasitas.

Essa rede produz e hospeda os materiais para a defesa contra qualquer ameaça à boa saúde, incluindo a produção celular descontrolada que pode evoluir para um tumor cancerígeno. O que o sistema imunológico não consegue repelir, ele busca e destrói.

Se o sistema imunológico é um exército, as células brancas são os soldados. As células brancas e os anticorpos produzidos por elas são as máquinas do sistema imunológico. Elas realizam seu percurso pela corrente sangüínea. Quando os invasores entram no corpo ou quando células mutantes se formam, seu corpo arma a defesa gerando um anticorpo específico.

Os anticorpos são produzidos pelas células brancas que residem em seu baço e em seus nódulos linfáticos. Um anticorpo pode exterminar germes e células ruins ou pode destiná-las à destruição por um tipo de células brancas chamadas macrófagos, responsáveis por envolver e destruir células indesejadas.

O envelhecimento diminui a imunidade, prejudicando a produção de anticorpos do corpo. Menos anticorpos significa um sistema imunológico mais lento para responder a elementos estranhos e a potenciais células cancerígenas.

Existe um órgão pouco comentado que os cientistas dizem que pode ser a chave para a preservação da função imunológica: é o timo, que infelizmente diminui com o avanço da idade. Quando você nasce, o timo pesa cerca de 200 gramas, mas ele encolhe para uma fração de grama aos 60 anos. Em resumo, ele praticamente desaparece.

Podemos, porém, precisar do timo para ajudar a evitar que nosso sistema imunológico se deteriore. O timo produz hormônios que podem ser responsáveis por manter nosso sistema imunológico intacto, assim como estimular e controlar a produção de neurotransmissores, mensageiros químicos que servem como intermediários entre as células nervosas.

O tempo também traz com ele sutis mudanças no corpo que podem confundir seu sistema imunológico. Essa confusão resulta na produção de anticorpos contra o próprio corpo, já que ele acredita que suas próprias células podem ser uma ameaça a seu bem-estar. Em essência, o envelhecimento aumenta as chances do corpo de se voltar contra ele mesmo e destruir seus próprios tecidos. Doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide ou lúpus, podem ser o resultado.

Efeitos gastronômicos do envelhecimento

Você pode não considerar sua boca como sendo parte do sistema gastrointestinal, mas, ela é o ponto inicial do processo pelo qual você digere alimentos e absorve nutrientes. À medida que você envelhece, a mastigação pode ser tornar mais difícil: você pode mastigar mais lentamente e não mastigar seu alimento tão eficientemente. E isso acontece especialmente se você usa dentaduras ou tem uma dentição precária.

A mastigação, porém, é importante porque tritura o alimento para que o ácido estomacal e as enzimas do intestino possam digeri-lo em seus menores componentes para que sejam absorvidos pelo intestino. Quando você engole pedaços maiores de alimento, são necessários cerca de 50 a 100% a mais de tempo para ele chegar ao estômago porque seu esôfago, que conecta sua boca ao estômago, não se contrai com tanta força como quando você era mais jovem.

Como resultado, você fica mais vulnerável a engasgamentos. Mastigar os alimentos lenta e completamente ajudará a eliminar alguns dos problemas causados por engolir grandes pedaços de alimento. Até 30% dos americanos acima dos 60 anos não produzem ácido estomacal suficiente devido a dois fatores: gastrite hipotrófica (produção reduzida de ácido estomacal) ou gastrite atrófica (a ausência de ácido estomacal).

Pouco ácido estomacal resulta na falha de absorção da vitamina B12. Uma deficiência de vitamina B12 em sua corrente sangüínea e tecidos pode levar à anemia perniciosa e danos irreversíveis ao sistema nervoso, contribuindo para altos níveis de homocisteína no sangue. A homocisteína alta é um dos fatores de risco para doenças cardíacas.

Pessoas acima dos 60 anos correm mais riscos de desenvolver cálculo biliar, talvez em razão do estreitamento do duto da bile na abertura do intestino. Uma dieta altamente gordurosa aumenta os riscos. Quando você digere gordura, precisa de bile, uma substância produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Os cálculos biliares se formam quando o líquido armazenado na vesícula biliar se enrijece e forma materiais duros como pedra.

À medida que você envelhece, produz menos lactase, a enzima digestiva que quebra o carboidrato em produto lácteo conhecido como lactose. É difícil dizer quantas pessoas mais velhas têm intolerância a produtos como leite, queijo e sorvete. Se você, contudo, apresenta inchaço e desconforto que começam horas após ingerir laticínios, provavelmente tem uma tolerância diminuída à lactose.

A intolerância à lactose é individual. É por isso que você pode ser capaz de tolerar alguns laticínios e outros, não. Por exemplo, muitas pessoas com intolerância à lactose podem tomar iogurte, que tem menos lactose do que um copo de leite. Além disso, o consumo de leite ou outros laticínios juntamente com o alimento ajuda a diminuir os efeitos da intolerância à lactose, assim como consumir pequenas quantidades por vez.

À medida que você envelhece, seu intestino (particularmente seu cólon) pode se tornar mais lento e menos tonificado. Uma em cada três pessoas com 60 anos ou mais tem diverticulite, que são bolsas no revestimento do intestino grosso. Essas bolsas são o resultado da pressão aumentada dentro do intestino, causada pela diminuição do tônus muscular. Além disso, quando seu intestino se torna mais lento, você se torna mais vulnerável à constipação.

Seu fígado é o maior órgão interno, pesando cerca de 1,5 quilo. No entanto, ele fica menor com o tempo, por volta dos 50 anos. O encolhimento do fígado começa ao mesmo tempo que o peso do corpo e a massa muscular iniciam seu declínio. Em idade bem avançada, contudo, o fígado se torna desproporcionalmente pequeno. Ter menos tecido de fígado e fluxo sangüíneo diminuído para esse órgão significa que seu corpo pode lidar com certos medicamentos diferentemente.

É por isso que, quanto mais você envelhece, mais freqüentemente você e seu médico devem avaliar o efeito de todos os medicamentos que você ingere e discutir a ingestão de álcool.

Você não pode viver sem seu fígado, mas provavelmente sabe muito pouco sobre por que ele é tão importante. O fígado:

produz a bile, que ajuda a digerir gordura;


ajuda a determinar a quantidade de nutrientes enviados para o restante de seu corpo;


armazena glicogênio, um carboidrato complexo convertido em açúcar e liberado dentro da corrente sangüínea, proporcionando combustível para seu corpo quando o nível de açúcar do sangue cai;


sintetiza muitas proteínas;


processa drogas que foram absorvidas pelo trato digestivo em formas fáceis de o corpo usar;


desintoxica e se livra de substâncias que poderiam ser venenosas, como os produtos residuais da quebra de medicamentos e álcool.
Com o tempo, você pode se infectar com Helicobacter pylori (H. pylori): uma bactéria irritante que se fixa no revestimento do estômago e é a causa de quase todas as úlceras. As úlceras são feridas ou buracos no revestimento do estômago ou duodeno, uma parte do intestino delgado. Elas causam dor quando o estômago está vazio, como entre as refeições e nas primeiras horas da manhã, mas a irritação pode surgir a qualquer momento.
Às vezes, a dor dura minutos; outras vezes, pode durar horas. Comer ou ingerir antiácido pode aliviar a dor, mas somente temporariamente. A H. Pylori infecta cerca de 60% dos adultos americanos por volta dos 60 anos, mas a infecção com a bactéria não necessariamente significa que você desenvolverá uma úlcera.

No entanto, a presença da H. Pylori aumenta as chances de desenvolver a úlcera, porque enfraquece a mucosa protetora que reveste o trato digestivo e a torna vulnerável aos efeitos corrosivos do ácido estomacal. A infecção por H. pylori é facilmente curada com antibióticos, às vezes em combinação com medicamentos ácido-supressores, que aliviam os sintomas e curam a úlcera.

Como você sabe se a H. pylori o infectou? Seu médico pode usar qualquer um dos seguintes testes para diagnosticar a infecção por H. pylori:

exames de sangue: um exame de sangue pode confirmar a infecção por H. pylori;


teste de hálito: esse teste envolve ingerir um líquido inofensivo e extrair uma amostra de seu hálito uma hora depois para detectar a H. pylori;


endoscopia: um pequeno tubo (chamado endoscópio) com uma câmera dentro é inserido através de sua boca, para dentro do estômago para procurar úlceras. Durante esse procedimento, pequenas amostras do revestimento do estômago podem ser obtidas para testes de H. pylori.
Você tem dois deles e eles são um par bastante ocupado: os rins. Todo o sangue de seu corpo é constantemente filtrado pelos rins, que determina quais elementos devem ser mantidos e quais devem ser eliminados na urina. Sem o funcionamento adequado dos rins, você não consegue se livrar de subprodutos tóxicos do metabolismo normal ou daqueles oriundos da interrupção de medicação.
E também não conseguiria regular o equilíbrio de água e pressão sangüínea. Na realidade, os rins também participam da saúde dos ossos, finalizando a produção de vitamina D que se inicia na pele e regulando a perda de cálcio e fósforo na urina.

Quando você nasce, cada rim pesa apenas pouco mais de 45 gramas. À medida que você cresce, eles também crescem e atingem cerca de 150 gramas cada um. À medida que você envelhece, porém, eles começam a diminuir de tamanho. Aos 80 anos, eles encolhem para cerca de 100 gramas cada um. Gradualmente os rins também se tornam menos eficientes na filtragem do sangue e na produção de urina (começando por volta dos 30 anos). E, ao envelhecer, menos sangue alcança os rins.

Enquanto os cientistas concordam que a função dos rins decai com a idade, eles não conseguem concordar sobre as razões que levam a isso. Isso pode ocorrer em razão da perda de néfrons (células dos rins), o que diminui as capacidades dos órgãos. Alguns dizem que infecções não detectadas, ferimentos e reações à medicação e um decréscimo no fluxo sangüíneo causado por doença vascular podem ser razões para a diminuição da função dos rins.

Seja qual for a causa, você pode preservar a função dos rins ingerindo grandes quantidades de fluidos, controlando ao máximo as doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão e os níveis de glicose do sangue, especialmente se você for diabético. A ocorrência crônica de altas taxas de glicose no sangue destrói os finos vasos sangüíneos que alimentam os rins, causando danos às células e morte.

Efeitos cardiovasculares do envelhecimento

O envelhecimento aumenta a rigidez da parede torácica, diminui o fluxo sangüíneo através dos pulmões e reduz a força dos batimentos cardíacos. De fato, o índice cardíaco máximo por minuto diminui anualmente e pode ser estimado subtraindo-se sua idade de 220, no entanto, não se preocupe muito com isso. Seu coração bombeia mais sangue por batimento para compensar a diminuição do índice cardíaco.

Pessoas mais velhas demoram mais para se recuperar de estresse, choque ou surpresa. Após esforço, como um exercício, mais tempo se passa antes que seu corpo retorne ao índice cardíaco e à pressão sangüínea de repouso. Pessoas mais velhas geralmente sentem mais frio que as mais jovens principalmente devido à diminuição da circulação. Os vasos sangüíneos também mudam. As paredes arteriais lentamente engrossam e se tornam menos elásticas, aumentando sua vulnerabilidade ao desgaste normal.

Considera-se normal o engrossamento da artérias, mas isso pode predispor você a um acúmulo de placas dentro das artérias. As placas restringem o fluxo do sangue para o coração e o cérebro, o que pode levar a um ataque do coração ou acidente vascular cerebral.

O acúmulo de placas aumenta com a idade, mas é agravado por níveis de colesterol total elevados e por níveis de LDL elevados (lipoproteínas de baixa densidade, o colesterol "ruim") no sangue. Uma dieta rica em gorduras saturadas e colesterol, assim como uma baixa ingestão de fibras, aliadas a uma vida sedentária contribuem para altos níveis de colesterol total e colesterol LDL no sangue.

Até por volta dos 50 anos, os homens têm concentrações mais altas de colesterol no sangue do que as mulheres. Acredita-se que isso seja o resultado da função protetora do estrogênio, um hormônio feminino que ajuda a manter os níveis de colesterol do sangue sob controle. Mesmo quando os níveis de estrogênio caem e os níveis de colesterol do sangue aumentam após a menopausa, as mulheres ainda correm um risco menor de ataque cardíaco em razão das artérias obstruídas do que os homens.

Como não sofrem os mesmos danos dos altos níveis de colesterol dos homens, as mulheres sofrem ataques cardíacos e AVCs, em média, dez anos mais tarde na vida do que os homens. Quando a menopausa começa, porém, o risco de uma mulher ter ataque cardíaco e AVC aumenta significantemente a cada ano. Cerca de 40 a 50% das pessoas acima dos 65 têm hipertensão, porém os cientistas ainda não sabem o motivo ao certo.

Em cerca de 95% dos casos a causa permanece um mistério. A diminuição da elasticidade dos vasos sangüíneos quando envelhecemos pode ser, pelo menos parcialmente, responsável pela hipertensão, mas o estilo de vida também pode ser igualmente, se não mais, responsável. Estudos mostram que países menos avançados tecnologicamente não apresentam hipertensão com o avanço da idade, ao passo que as nações industrializadas, como os Estados Unidos, mostram um forte aumento.

Por que isso interessa? A pressão sangüínea elevada prejudica os vasos sangüíneos. Você pode se sentir bem, mas uma pressão sangüínea descontrolada é uma condição que o coloca na faixa de risco para AVCs, doenças cardíacas, disfunções renais e outras doenças.

Na próxima seção, aprenda sobre os efeitos gastronômicos do envelhecimento.
Envelhecimento e temperatura corpórea


Nem tão quente nem tão frio? À medida que envelhecemos, perdemos parte de nossa capacidade de regular a temperatura corpórea. Uma sala em que um jovem de vinte anos esteja usando um pulôver pesado ou suando em bicas pode ser perfeitamente confortável para um avô. As mudanças físicas discutidas anteriormente, como a perda muscular, assim como a produção de energia reduzida, são parcialmente responsáveis pela percepção diminuída do frio.
Além disso, os vasos sangüíneos na pele não têm a mesma habilidade da juventude para conservar o calor e você pode não estar apto a tremer, o que produz calor.

Pessoas mais velhas também não têm a habilidade de dissipar o calor do corpo de maneira normal e, devido à diminuição da sede são mais propensos a sofrer de falta de fluido. A doença da tireóide, que é mais comum em adultos mais velhos, também pode ser responsável por insensibilidade térmica.

Todas essas mudanças tornam as pessoas mais velhas mais suscetíveis tanto à hipotermia (condição na qual a temperatura do corpo cai abaixo de 35°C) quanto à insolação. Ambas as condições ameaçam a vida.

Pessoas com 75 anos ou mais têm cinco vezes mais probabilidade de morrer de hipotermia do que pessoas jovens. Os sintomas da hipotermia incluem sonolência, confusão, rigidez de pernas ou braços, fala lenta e indistinta e pulsação baixa.

A insolação é fatal para 10% das pessoas mais velhas que adquirem essa condição. Os sintomas da insolação incluem temperatura alta, alterações na função mental e respiração e batimentos cardíacos rápidos

Efeitos anatômicos do envelhecimento

Os ossos enganam: por fora, parecem duros e estagnados, porém, eles são muito afetados com a atividade. Seu exterior duro esconde uma vasta rede de vasos sangüíneos que transportam nutrientes para as células ósseas e extraem resíduos delas. Os ossos estão constantemente sendo remodelados: estão em um ciclo contínuo de desgaste e renovação até o dia de sua morte.

O problema é que, com o passar do tempo, você perde mais osso do que produz. Como resultado, os ossos se afinam e começam a ficar cada vez mais suscetíveis a fraturas. Como esse processo se acelera após os 50 anos, a osteoporose se torna mais comum. A osteoporose é uma condição de perda óssea progressiva dolorosa, desfigurante e debilitante.

Ela enfraquece os ossos a ponto de as fraturas ocorrerem facilmente. Mesmo tossir, puxar uma porta de armário e, especialmente, levar uma queda pode causar uma fratura nas pessoas que sofrem de osteoporose avançada. Alguma perda óssea com a idade é inevitável, mas o índice dessa perda é diferente em cada indivíduo.

A genética desempenha seu papel no desenvolvimento da osteoporose: mulheres caucasianas e asiáticas são mais propensas a desenvolver osteoropose, assim como aquelas que têm parentes com a doença. A menopausa também é culpada: a perda óssea se acelera cerca de cinco anos após a menopausa.

Maus hábitos, como o fumo e o uso excessivo de álcool, também contribuem para a perda óssea, assim como um estilo de vida sedentário e a ingestão inadequada de cálcio e vitamina D. Certos medicamentos, como drogas parecidas com a cortisona e a colestiramina (droga usada para abaixar os níveis de colesterol do sangue) também aceleram a perda óssea, assim como algumas condições médicas, como a artrite reumatóide.

Muitas pesquisas, porém, provam que realizar exercícios de sustentação de peso regularmente, como caminhar e levantar pesos, além da ingestão de uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D pode manter os ossos fortes por mais tempo, formando ossos e reduzindo o risco de osteoporose, mesmo nas pessoas mais velhas.

Se você acha que está ficando mais baixo, provavelmente está certo. Todas as pessoas encolhem com a idade. Somos mais altos ao final dos 40 anos, depois perdemos até cinco centímetros de altura por volta dos 80 anos. A perda na altura é gradual, mas se acelera no fim da vida. Por que ficamos mais baixos com a idade? Existe uma série de razões, incluindo músculos mais fracos, perda de água, mudanças de postura e deterioração dos discos esponjosos que separam as vértebras em nossa espinha dorsal, causando uma compressão da espinha.

As mulheres tendem a perder mais altura que os homens porque são vítimas mais freqüentes da osteoporose, o que resulta na perda de tecido ósseo nas vértebras da coluna vertebral, comprimindo-a e tornando-a mais curta. Por isso é tão importante manter a saúde e a força dos ossos durante toda a vida. Sentar-se corretamente também é muito importante.

As juntas se tornam menos resistentes ao desgaste com o tempo. Isso ocorre, em parte, devido às alterações na cartilagem, o tecido que amortece as extremidades dos ossos em suas juntas. O envelhecimento provoca a perda de água das cartilagens, tornando-as mais vulneráveis a ferimentos em razão de movimentos repetitivos e estresse.

A artrite é caracterizada por dor e rigidez nas juntas e, em algumas formas, inchaço, vermelhidão e calor. É uma doença que se torna mais comum com a passagem de cada década. A osteoartrite, a forma mais comum de artrite, ocorre quando a cartilagem começa a se desgastar e se decompor. A osteoartrite geralmente ocorre na coluna vertebral, nos quadris, joelhos e mãos.

Transportar peso em excesso agrava a osteoartrite nos joelhos e quadris, que suportam o peso. De fato, o sobrepeso aumenta o risco de desenvolver osteoartrite. A atividade física regular pode ajudar a reduzir a dor e rigidez nas juntas e a aumentar a flexibilidade, a força muscular e a resistência.

Você pode ter notado que não consegue erguer tanto peso quanto conseguia há cinco ou dez anos. O envelhecimento causa uma diminuição na força, no tamanho e na resistência do tecido muscular, talvez em parte, devido à diminuição do fluxo sangüíneo para o tecido muscular. Não atribua, contudo, a força e o tônus diminuídos à idade: a inatividade causa muito mais danos aos músculos do que o tempo.

Sentar-se acelera a perda muscular. Os especialistas dizem que a perda de força e vigor que atribuímos à idade é, em parte, causada pela redução da atividade física. Aos 75 anos, um a cada três homens e metade das mulheres não fazem exercícios regulares, o que agrava a perda muscular causada pela idade.

A pele é composta de duas camadas principais: a epiderme, a camada exterior da pele, e a derme, que se encontra diretamente abaixo da epiderme e da qual se originam as glândulas dos pêlos e o suor. As células dérmicas e epidérmicas diminuem com o envelhecimento. A derme, de fato, afina cerca de 20% e o suprimento de sangue para ela cai com o tempo. As rugas se desenvolvem, principalmente em razão da perda de colágeno, proteína que age como um cimento que mantém as células juntas.
Quando ela acaba, a elasticidade também acaba e ela é a propriedade que oferece resiliência à pele, que ajuda a evitar linhas de expressão ao sorrir e rugas ao redor da boca. A exposição ao sol também contribui muito para o desenvolvimento de rugas. De fato, o sol causa o maior dano à pele, incluindo "manchas de senilidade" marrons e cânceres de pele.

À medida que a pele afina e perde elasticidade, torna-se mais frágil, ferindo-se e rompendo-se mais facilmente e demorando mais para se curar. A perda de algumas glândulas de suor e de óleo da derme pode resultar em pele cronicamente seca. O afinamento da pele também compromete sua capacidade de agir como uma barreira às infecções. Os ferimentos de pele, mais comuns com a idade, também aumentam a vulnerabilidade a infecções.

Sem contar a estética, o afinamento da pele também tem implicações para sua saúde. Sua pele participa da produção de vitamina D do corpo. A vitamina D é parceira do cálcio na manutenção de ossos fortes. Ela começa a agir na pele exposta à luz ultravioleta forte.

Como a pele envelhecida tem capacidade limitada de iniciar a produção de vitamina D, a deficiência de vitamina D é mais comum em pessoas mais velhas, especialmente aquelas que moram em climas do norte, em que o sol é muito fraco para formar a vitamina D durante metade do ano. Aplicar um protetor solar com fator de proteção (SPF) 8 ou mais alto ajuda a proteger sua pele, mas bloqueia os raios ultravioleta tão necessários.
Na próxima seção, aprenda sobre os efeitos cardiovasculares do envelhecimento e como lidar com eles.

O cérebro e o líquido cefalorraquidiano

O cérebro é o centro de controle do corpo. Ele envia mensagens a todas as partes do corpo e recebe estímulo das mesmas. Mais de 10 bilhões de células cerebrais interligadas comandam o funcionamento do corpo dia e noite.

Áreas diferentes do cérebro controlam diferentes funções do corpo. Atrás do crânio está o cerebelo, que controla a coordenação dos movimentos, o equilíbrio e a postura. Dentro do cérebro está o tálamo, que é a estação de transmissão dos impulsos que chegam do resto do corpo, conduzindo as sensações de dor, toque e temperatura a outras partes do cérebro.

Ao redor do tálamo está o hipotálamo, que comanda as atividades involuntárias do corpo (automáticas), como batimentos cardíacos e circulação sangüínea. A glândula hipófise está ligada ao hipotálamo por um fino pedúnculo. Já que a glândula pituitária controla a maioria dos hormônios no corpo, o hipotálamo é considerado uma grande influência nas principais atividades controladas pelos hormônios, como fome, sede e desejo
sexual.

Cobrindo as partes internas do cérebro está o córtex cerebral, que consiste de dois hemisférios cerebrais. Localizados nesses hemisférios estão os centros nervosos, que controlam as idéias e a ação voluntária. Conectando os hemisférios esquerdo e direito do cérebro está uma faixa larga de fibras chamada de corpo caloso. Como as fibras nervosas dos dois hemisférios cruzam-se em uma estrutura chamada de medula, na base do cérebro, antes de avançar para a medula espinhal, cada hemisfério geralmente controla as funções do lado oposto do corpo. Por exemplo, uma região no hemisfério esquerdo controla o movimento do braço direito.

O cérebro é o órgão mais complexo no corpo. Embora a pesquisa tenha identificado muitas de suas capacidades nos processos de memória, raciocínio e criatividade, muitas funções do cérebro permanecem um mistério.

Líquido cefalorraquidiano

O líquido cefalorraquidiano (LCR) é claro e incolor, e envolve o cérebro e a medula espinhal, protegendo-os contra lesões.

O LCR é constituído de água, que contém pequenas quantidades de minerais e substâncias orgânicas (especialmente proteína). É produzido continuamente por uma rede especializada de vasos capilares (minúsculos vasos sangüíneos) conhecidos como plexo coróide, localizados nos ventrículos (câmaras) do cérebro. É produzido cerca de 0,5 litro a cada 24 horas, e aproximadamente 140 g circulam o tempo todo.

Dos dois ventrículos laterais, o LCR circula no terceiro e quarto ventrículos do cérebro. Ele passa no espaço entre a segunda membrana de revestimento do cérebro (piamater) e a camada mais profunda do tecido que reveste o cérebro (aracnóide), envolvendo toda sua superfície externa no líquido antes de descer ao redor da medula espinhal. Finalmente, o líquido volta para cima, é absorvido no tecido especial entre as membranas que revestem o cérebro e passa para os vasos sangüíneos.

As amostras do LCR (tiradas ao redor da medula espinhal com uma agulha inserida na região lombar - procedimento conhecido como punção lombar) podem ser valiosas no diagnóstico de doenças do cérebro e da medula. As amostras podem indicar uma hemorragia ou coágulo de sangue no cérebro, vários tipos de meningite, um abscesso cerebral ou um tumor no cérebro ou na medula.

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