segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Diagnóstico, tratamento e prevenção de cistite

Diagnóstico, tratamento e prevenção
O diagnóstico da infecção urinária depende dos resultados do exame e da cultura de urina. A presença de número que pode ir de moderado a grande, de glóbulos brancos (leucócitos), com pelo menos 100 mil colônias de qualquer tipo de bactéria em uma cultura, fornece evidências conclusivas de infecção.

Não são raros os casos em que é difícil determinar que parte do trato urinário está infectada, ou mesmo se há infecção. Nas mulheres, é comum a existência de certa quantidade de glóbulos brancos e de bactérias na abertura da uretra, em conseqüência de um corrimento vaginal. Portanto, para que a amostra de urina esteja livre desses contaminantes, geralmente se pede material retirado do meio do fluxo. O primeiro jorro de urina costuma limpar os contaminantes da uretra, deixando o resto da amostra normalmente sem contaminação.

Esse procedimento é adequado para a grande maioria de casos de cistite simples. No entanto, se houver dúvidas quanto à validade da amostra ou se, por alguma razão, ela precisa estar totalmente livre de contaminantes, um cateter (um tubo fino e flexível) pode ser inserido na bexiga através da uretra, mas isso é muito raro. Basta nates da coleta da urina, que a mulher realize uma higiene local com água, sabão e Povidine no hospital ou no laboratório onde será colhido o exame.


No homem, se há suspeitas de que a causa da infecção é uma prostatite, o médico pode colocar uma luva e inserir um dedo no ânus do paciente para sentir a glândula diretamente. Uma amostra do fluido prostático pode ser obtida (massageando a glândula no momento do exame) por meio da uretra para que se estabeleça uma cultura.

Em casos crônicos de cistite, tanto em homens como em mulheres, nos quais a causa da infecção recorrente pode ser uma obstrução (como uma pedra no rim) ou um problema no esvaziamento, são necessárias radiografias especiais: material de contraste é inserido na bexiga por um cateter e tiram-se as imagens da bexiga e da uretra através de raios X durante o ato de urinar. Com isso, podem ser detectados o afinamento de uma porção da uretra, a presença de pedras nos rins e o esvaziamento incompleto da bexiga (que promove cistite). Outro modo de se examinar a bexiga é por meio da cistoscopia (exame feito com um instrumento semelhante a um tubo leve e flexível chamado de cistoscópio, o qual é inserido pela uretra.) Esses procedimentos podem ser precedidos por estudos de exames com imagens, como ultra-som, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. A investigação de pedras no trato urinário é feita pela ultrassonografia e quando o cálculo não é achado, o próximo passo é a tomografia computadorizada.

Tratamento

O tratamento da primeira ocorrência de cistite é feito com antibióticos orais. Já os casos recorrentes podem ser tratados da mesma maneira se forem causados por um organismo diferente. Nos casos, porém, em que o mesmo organismo está causando problemas novamente, podem ser necessárias dosagens maiores de medicamento ou tratamento de longa duração (podem ser necessárias doses diárias de medicamentos por seis meses ou mais). É importante que as instruções de dosagem sejam seguidas à risca, pois a pessoa fica vulnerável a uma nova infecção ou a se contaminar novamente pela mesma infecção caso o programa da terapia recomendada não seja completado.

Há indivíduos que possuem tendência a episódios repetidos de cistite ou de infecções da porção superior do trato urinário. Se houver algum defeito anatômico, como um afinamento da uretra, a dilatação (alargamento) pode ser necessária. Se houver pedras, pode ser que elas tenham que ser removidas. Se a fonte de infecção é a próstata, os antibióticos são a primeira solução e a cirurgia, a última. Caso não haja uma causa óbvia para a cistite recorrente, doses pequenas de antibióticos podem ser receitadas por longos períodos (isso se chama terapia profilática ou preventiva).

Prevenção

As mulheres podem conseguir se proteger da cistite recorrente limpando-se da frente para trás com o papel higiênico e lavando-se com água e sabão após cada evacuação. Elas também devem tentar urinar imediatamente após a relação sexual para lavar as bactérias que podem ter entrado na uretra. Entretanto, há controvérsias em relação à utilidade dessas medidas. Roupas íntimas folgadas e absorventes permitem a evaporação e absorção de fluidos corporais, ajudando a prevenir infecções. Tanto homens como mulheres devem beber bastante líquido e urinar com freqüência, esvaziando completamente a bexiga a cada vez.

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