quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Maneiras de evitar a impotência

Impotência ou disfunção erétil (DE) possui muitas causas, médicas e outras. Você pode ajudar a evitar este problema de maneiras abaixo relacionados.

Parando de fumar. Estudos mostraram que o fumo associado a bloqueios nos vasos sangüíneos do pênis é que obstrui o fluxo necessário para uma ereção. Se você fuma, pare. Isso não reverte os danos existentes, mas pode ajudar a prevenir a piora.

Proteja suas virilhas de lesões. Uma das causas mais comuns de DE, especialmente em homens jovens, são as lesões na área da virilha. Geralmente, estas lesões não curam adequadamente e devem ser tratadas com cirurgia. As lesões na virilha podem ser causadas por esportes como andar de bicicletas, praticar caratê e cavalgar. Se você acredita que seus problemas com a ereção são causados por estes problemas, deve consultar um médico.

Tenha certeza que seu objetivo é verdadeiro. Acredite ou não, outra causa de DE é um pênis quebrado. Este tipo de lesão, que é rara, pode ocorrer quando sua parceira está em cima, seu pênis escorrega da vagina e ela senta nele. Isto pode causar um buraco na câmera de ereção, junto com a contusão e inchaço do sangramento interno. Quando isto ocorre, você precisará de cirurgia para reparar o buraco.

Ao lutar contra a DE ou impotência, lembre-se de que estão disponíveis várias opções de tratamento. Não deixe as dificuldades impedirem você de tratar este distúrbio.

Esses dados são apenas informativos. ELES NÃO TÊM O OBJETIVO DE PROPORCIONAR ORIENTAÇÃO MÉDICA. Nem os editores de Consumer Guide (R), Publications International, Ltd., nem o autor e nem a editora se responsabilizam por quaisquer conseqüências possíveis oriundas de qualquer tratamento, procedimento, exercício, modificação alimentar, ação ou aplicação de medicação resultante da leitura ou aplicação das informações aqui contidas. A publicação dessas informações não constitui prática de medicina, e elas não substituem a orientação de seu médico ou de outros profissionais da área médica. Antes de adotar qualquer curso de tratamento, o leitor deve pedir orientação ao seu médico ou a outro profissional da área médica.

Remédios caseiros para a impotência ou disfunção erétil

Se você sofre de impotência ou disfunção erétil (DE), não deixe as dificuldades afastarem você da saúde sexual e felicidade. Experimente as dicas de auto-ajuda abaixo, mas se o problema persistir, não hesite em buscar ajuda profissional.

Verifique suas receitas. Uma variedade de medicamentos pode causar a DE, incluindo medicamentos para pressão arterial, anti-histamínicos, antidepressivos, tranqüilizantes, supressores de alimentos e cimetidina, um medicamento para úlcera. Pergunte ao seu médico ou farmacêutico se qualquer um dos seus medicamentos pode contribuir para a DE. Se um dos medicamentos que você toma possui a DE como efeito colateral, seu médico pode prescrever um medicamento diferente.

Remover a demanda do desempenho. Não é incomum para um homem ter um episódio de DE após ingerir álcool ou após um dia particularmente estressante, por exemplo. Entretanto, se ele colocar muita ênfase no incidente e ficar com medo que isso possa acontecer novamente, a ansiedade pode se tornar uma causa das dificuldades de ereção. A modificação de comportamento pode ajudar. Uma estratégia que os terapeutas sexuais utilizam é que os casais se abstenham de sexo, dizendo a eles para se acariciarem sem sexo. Gradualmente, após um período de semanas ou meses, dependendo do casal, os parceiros trabalham mais as carícias que o sexo. A idéia é transformar o sexo em uma experiência menos ameaçadora.

Quebre a rotina. Ponha mais tempero nas suas relações: vá a um motel ou a um local diferente. Varie a rotina. Experimente novas posições. Compre lingeries novas para a sua parceira.

Aprenda a relaxar. Stress, que surge da ansiedade do desempenho ou de outras situações da vida, podem exacerbar a DE. Sem levar em consideração a causa, é difícil aproveitar quando você tem muita coisa na cabeça. Tente exercícios de relaxamento, como respirar fundo ou relaxamento muscular progressivo, onde você conscientemente tensiona e relaxa cada parte do corpo em seqüência.

Expresse seus sentimentos. As dificuldades do casamento ou de relacionamento não ajudam nos problemas sexuais. Raiva, ressentimento e mágoas geralmente caem na vida sexual do casal, transformando o quarto num campo de batalhas. Esta situação provavelmente aconteça se os parceiros não se comunicarem. Trabalhe para compartilhar seus sentimentos com sua parceira. Use afirmação "eu" e mantenha o foco dos seus sentimentos, ao invés das ações da sua parceira. Fazer uma limpeza no relacionamento, ao invés de armazenar detritos emocionais, pode limpar o caminho para uma união sexual mais saudável.

Fale sobre sexo. Às vezes, os problemas de ereção ocorrem porque você simplesmente não se sente excitado. Nestes casos, os terapeutas sexuais geralmente trabalham para ajudar os pacientes a se comunicarem mais abertamente sobre seu relacionamento sexual - o que eles gostam e o que não gostam, se eles gostariam de experimentar alguma coisa. Novamente, para evitar defesa e mágoas, as declarações, "eu" são a chave. Prefira fazer comentários positivos ao invés de comentários agressivos.

Não beba antes do sexo. Beber álcool ou ficar bêbado pode significativamente impedir seu funcionamento sexual.

Lembre-se das suas experiências felizes. Se a ansiedade do desempenho minou sua confiança, pensar sobre os relacionamentos sexuais positivos ou experiências positivas que você teve no passado pode elevar sua auto-estima. Também pode se convencer que você pode ter uma vida sexual plena no futuro.

Envolva a sua parceira. Apesar das disfunções eréteis se originarem no homem, eles são um problema do casal e possuem soluções para o casal. Se o problema não for médico, existem várias estratégias como as discutidas neste capítulo, o que pode ajudar. Entretanto, suas chances de melhora são muito boas se sua parceira sexual estiver envolvida na solução.

Saiba que você não é anormal. Essa declaração nunca é dita o suficiente: problemas com ereção não significam que você é fisiologica ou psicologicamente anormal de qualquer forma. Não é sua culpa e você não deve se sentir culpado ou permitir que sua auto-estima sofra.

Leia, depois converse. Tire vantagem das várias fontes de informação sobre sexo, livros que podem ajudar você e sua parceira a resolverem os problemas e trabalhar para uma vida sexual mais satisfatória, bem como manuais sobre sexo e até mesmo vídeos.

Evite os afrodisíacos. Spanish fly e outros assim chamados afrodisíacos são geralmente placebos, pílulas de açúcar que não fazem nada além de aumentar sua confiança. E mais, o Spanish fly pode ser muito perigoso e até mesmo fatal. Evite remédios alternativos ou de ervas.

Aplique fantasias. Vários homens com problemas de ereção entram na expectativa ou observação constante de seu próprio desempenho sexual. Isto tira o indivíduo do seu momento e o leva a ser muito crítico. Ao invés de se julgar, concentre-se no prazer de estar com sua parceira. Fantasiar sobre e com sua parceira pode tirar sua concentração.

Experimente a masturbação. Ansiedade do desempenho é só isso - ansiedade sobre o desempenho da sua parceira. Mas não se esqueça de que enquanto é importante satisfazer sua parceira, você está lá também para se satisfazer. Masturbação - chegar ao orgasmo enquanto você está sozinho, pode ser útil a redescobrir como conseguir o próprio prazer (enquanto ainda não estiver resolvido). O próximo passo é trazer a capacidade para a situação sexual com sua parceira. Desta maneira, você pode mudar o foco do desempenho para a interação mutuamente prazerosa.

Não tenha medo de procurar ajuda. Se a sua DE não tiver causa médica, pode ser causada por algum problema psicológico. Culpa, vergonha, raiva, medo, tristeza e outras emoções podem prejudicar seu desempenho sexual. Você pode conseguir ajuda de terapeutas que se especializaram em problemas sexuais. Peça ao seu médico ou urologista uma referência.

Causas e tratamentos médicos para a impotência

Uma variedade de problemas médicos podem causar ou contribuir para a disfunção erétil, também conhecida como impotência. As doenças mais comuns que causam a DE são a diabete, doença renal, alcoolismo crônico, esclerose múltipla, aterosclerose, doença vascular e doença neurológica. As doenças são responsáveis por 70% dos casos de DE, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde. Entre 35 e 50% dos homens com diabetes apresentam DE. Em homens mais novos, acidentes, como ferimentos à bala na coluna vertebral e acidentes de carro são geralmente os responsáveis. Outros problemas podem incluir desequilíbrios hormonais.

Os médicos tratam a DE com psicoterapia, técnicas de modificação comportamental, medicamentos orais, medicamentos injetados no local, dispositivos a vácuo e dispositivos implantados cirurgicamente. Em casos raros, cirurgia dos vasos sangüíneos podem ser necessárias, de acordo com o NIH. Tenha em mente que mesmo quando uma causa física pode ser identificada, fatores emocionais ou fisiológicos geralmente influenciam.

Os medicamentos orais incluem o Viagra (sildenafila) e o Levitra (vardenafila), que funcionam melhorando os efeitos do óxido nítrico, um elemento químico que aumenta o fluxo sangüíneo no pênis. Estes medicamentos são ingeridos aproximadamente uma hora antes da atividade sexual. Eles não devem ser utilizados mais de uma vez ao dia, e os homens que tomam os medicamentos com base no nitrato como a nitroglicerina para problemas do coração, não devem utilizá-los porque podem causar uma queda repentina na pressão sangüínea.

Se você suspeitar que suas dificuldades de ereção podem estar relacionadas à doença, acidente ou medicação ou se você não tem certeza da causa, entre em contato com seu médico.

Na nossa próxima seção, ofereceremos algumas dicas para evitar a impotência ou disfunção erétil e remédios caseiros para este problema.

Como tratar a impotência

Entendendo a impotência

Impotência. De alguma forma, essa palavra soa como fracasso, fraqueza. Se você sente que é impotente, também pode sentir que de alguma forma, perdeu parte de sua dignidade, sua masculinidade. Mas você não deve se sentir assim - a impotência, também conhecida como disfunção erétil (DE), pode quase sempre melhorar com tratamento. Neste artigo, falaremos sobre as causas da impotência e algumas soluções médicas e não médicas para o problema.
Existem vários graus de dificuldades de ereção. Alguns homens conseguem uma ereção mas não conseguem mantê-la. Outros ficam eretos, mas não extremamente rígido. Outros ainda possuem problemas quando estão com uma nova parceira ou com uma parceira por muito tempo. E existem aqueles que não conseguem nenhuma ereção.


Não se desespere. Você pode estar sofrendo de um problema médico ou emocional (ou ambos), para o qual existem soluções definitivas. Alterações no comportamento podem ajudar se sua DE é resultado de problemas emocionais. Se for causado por um problema médico, e 70% dos casos de DE são, existem novas terapias que podem ajudar a restaurar sua saúde sexual.

Independente da natureza do seu problema, lembre-se de que quase todos os homens têm dificuldades com a ereção em algum momento da vida: aproximadamente 5% dos homens com 40 anos de idade e entre 15 e 25% dos homens com 65 anos de idade passam por isso. Você não é anormal e nem está sozinho. Não há necessidade de sofrer em silêncio.

Na próxima seção, veremos algumas causas para a impotência ou disfunção erétil e como resolver este problema.


Independente da natureza da sua disfunção erétil ou impotência, lembre-se de que quase todos os homens possuem dificuldades de ereção em algum momento da vida. Você não está sozinho e muitos remédios caseiros estão disponíveis para ajudar no resolver o seu problema.

A ressuscitação cardíaca e as doenças infecciosas

A RC é uma parte importante em emergências como a parada cardiorespiratória e poderia salvar milhares de vidas por ano, mas, na maioria dos casos, as vítimas não recebem esta técnica, mesmo que os espectadores saibam aplicar a RC.
Por que as pessoas não fazem RC em estranhos? Um grande número de pessoas tem medo de contrair doenças durante a respiração boca-a-boca. Este medo aumentou devido ao aparecimento de doenças infecciosas, como a Aids, que é transmitida por fluídos corporais. Estudos documentam somente três casos de infecção pelo HIV após participar de uma RC. As três vítimas apresentavam lesões cutâneas extensas.

Para diminuir o medo das pessoas, o curso de RC incorpora equipamentos de proteção pessoal aos passo a passo. Alguns dos equipamentos são:

luvas - previnem o contato com a saliva (se você tiver que tocar a boca) e sangue (se a vítima tiver cortes ou ferimentos);

máscaras de ressuscitação - permitem que a respiração artificial seja feita através de uma barreira, que impede o contato com a saliva e membranas mucosas.

Máscara de ressuscitação


O único inconveniente é que você vai ter de levar um kit de RC para onde for, pois como as pessoas não planejam quando irão ter uma parada cardiopulmonar, nunca se sabe quando esses equipamentos serão necessários.

O papel da ressuscitação cardíaca no salvamento

A RCP abre as portas para que sejam realizados procedimentos de primeiros socorros mais elaborados. Sozinha ela não salva a maioria das vítimas de parada cardiorespiratória. Ela apenas recupera de 10 a 30% da circulação normal de um coração saudável. Depois disso, em cerca de 2/3 das pessoas com parada cardiorespiratória, o coração entra em um estado conhecido como fibrilação ventricular. Neste estado, o músculo do coração "treme" rapidamente e não bate de maneira adequada. A RC não consegue impedir a fibrilação ventricular e apenas cerca de 4% dos pacientes que receberam RC irão sobreviver.

Um desfibrilador implantável desenvolvido por cientistas da NASA
Para reestabelecer os batimentos normais, o coração deve receber um choque elétrico. Isto é chamado de desfibrilação. Somente o choque não faz o coração voltar a funcionar. A desfibrilação pára o coração por alguns segundos. Isto permite que as células marcapasso reestabeleçam o batimento normal.

Então por que fazer a RC se ela não é indicada para as causas principais da parada cardiopulmonar? A questão é que a RC é uma parte importante da resposta total de uma emergência cardíaca. A desfibrilação requer equipamentos especiais, que devem ser levados ao paciente. A RCP o mantém vivo até que o desfibrilador chegue. Quando a RC é iniciada em cerca de 4 minutos e a desfibrilação 10 minutos depois do infarto, o índice de sobrevivência aumenta para 43%. Outros fatores que contribuem para a sobrevivência são:

acesso rápido a paramédicos e assistência médica;

receber rapidamente outros cuidados médicos, como a adrenalina, um remédio que estimula o coração

resumo de como você deve realizar a ressuscitação cardíaca em um adulto

Aqui está um resumo de como você deve realizar a RC em um adulto inconsciente (existe um procedimento diferente para salvar crianças e bebês). Para aprender tudo sobre a RC, e estar apto a praticar e realizar esta técnica salva-vidas, você deve fazer um curso em organizações especializadas.
A de ar
Quando alguém desmaia, a língua relaxa e pode se enrolar na boca e bloquear a passagem de ar pela traquéia. Antes de começar a RC em uma pessoa inconsciente, você provavelmente vai precisar desenrolar a língua dela. Como desobstruir as vias respiratórias:

coloque a palma da mão na testa da vítima e empurre-a gentilmente;
com a outra mão, levante o queixo delicadamente, projetando-o para fora;
levante-o até que os dentes fiquem quase juntos, mas a boca permaneça um pouco aberta.
Inclinando a cabeça para trás e levantando o queixo, você impede que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Nesta hora, verifique novamente a respiração. Se a vítima estiver se engasgando com algo, você verá seu peito se mover quando ela tenta respirar, mas não vai conseguir sentir ou ouvir o ar sendo expirado. Medidas adicionais terão de ser tomadas para retirar o que está bloqueando a traquéia.
Fazer compressões vigorosas no abdômen. Isto faz pressão, que força o objeto para cima e para fora da traquéia.
Tente retirar o objeto com os próprios dedos.
Depois disso, verifique a respiração novamente. Algumas vezes, apenas desobstruir a traquéia pode ser o suficiente para que a vítima volte a respirar sozinha. Se a vítima começar a respirar e se mover sozinha, você pode parar a RC. Se isto não acontecer, você deverá ajudá-la a respirar fazendo a respiração boca-a-boca.
B de boca-a-boca
Seus pulmões têm uma função principal: receber o oxigênio e expelir o dióxido de carbono (gás carbônico). Normalmente, os músculos em seu peito contraem e expandem sua cavidade torácica, permitindo que seus pulmões se encham de ar. O oxigênio e o dióxido de carbono se espalham pela imensa área pulmonar. Finalmente, os músculos do peito relaxam e você expira (para aprender mais sobre pulmões veja Como funcionam os pulmões).

A respiração boca-a-boca consiste em soprar o ar dos seus pulmões para os da vítima em intervalos regulares. O tempo de cada sopro (cerca de 1,5 a 2 segundos) simula a respiração normal. Você inspira profundamente, faz uma vedação firme com a sua boca na da vítima e expira o ar de maneira vigorosa. Como o nariz da vítima também deve estar comprimido, o ar deve ir diretamente para os pulmões, que se enchem.

A respiração boca-a-boca não é tão fácil de ser feita como muitos pensam. Normalmente, são os músculos do peito que impulsionam a inspiração. Na respiração artificial, o ar vai contra os músculos relaxados do peito da vítima. Quando estes músculos estão relaxados, a cavidade torácica fica menor e mantém os pulmões vazios. Para superar esta resistência, você deve expirar com vigor por 1 ou 2 segundos na boca da vítima. Ao mesmo tempo em que os pulmões se enchem de ar, você consegue ver o peito subir. Quando você retira a boca e desfaz a vedação, o peito desce e mais uma vez os pulmões são esvaziados. Como em uma respiração normal, o ar é expirado pela boca da vítima.

Mas o ar expirado por outra pessoa realmente fornece o oxigênio necessário para salvar alguém inconsciente? Normalmente, o ar inspirado contém cerca de 20% de oxigênio por volume e seus pulmões captam e usam em torno de 5% em cada respiração. Portanto, o ar expirado na boca da vítima contém de 15 a 16% de oxigênio, mais que o suficiente para suas necessidades.

Depois de fazer duas respirações na vítima, você deve checar o pulso e ver se ela voltou a respirar sozinha. Isto vai determinar o que deve ser feito em seguida.

Situação O que fazer
Se a vítima estiver respirando e tiver pulso. Pare a RC e fique com ela até a ajuda médica chegar.
Se a vítima não estiver respirando e tiver pulso. Continue a fazer a respiração boca-a-boca.
Se a vítima não tiver pulso. Faça as compressões no peito, alternando com a respiração boca-a-boca.


C de circulação
Se o coração da vítima não estiver batendo, você deverá fazer o papel do órgão que está falhando. Isto é, deverá simular um coração, pulsionando sangue oxigenado para o resto do corpo da vítima. Mas como é possível que você consiga afetar o fluxo sangüíneo? Você só vai precisar de suas mãos e de um pouco de força. Os passos são simples:

ajoelhe-se ao lado da vítima, posicione uma mão sobre a outra a cerca de 1 ou 2 cm da ponta inferior do esterno;
usando o peso do corpo, pressione o peito da vítima. Você deve comprimi-lo de 2 a 5 cm;
mantenha o ritmo de uma compressão por segundo;
repita os passos dois e três por mais 29 vezes;
faça duas respirações boca-a-boca como antes, para liberar mais oxigênio no sangue;
Repita a seqüência por mais três vezes e verifique o pulso.
Na verdade, o que você está fazendo é apertar o coração entre o esterno e a espinha dorsal para forçar a saída do sangue. Fazer compressões cria uma pressão positiva dentro do peito, que impulsiona o sangue oxigenado para fora do coração através da aorta. Da aorta ele vai até o cérebro e depois até as outras partes do corpo, liberando oxigênio para a respiração celular. Quando você solta, a pressão dentro do peito da vítima diminui. E o sangue flui de volta para o coração através das veias.


Enquanto são feitas as compressões, uma pressão positiva é criada no interior do peito e o sangue oxigenado é impulsionado através das artérias para o cérebro e outros órgãos. Quando as compressões param, a pressão cai e o sangue flui de volta para o coração através das veias

Passo a passo da ressuscitação cardíaca

Passo a passo da RC
Checando o pulso
Parada cardiorespiratória significa que o coração e os pulmões pararam de funcionar corretamente, então deve-se verificar se a vítima está respirando e se o coração está batendo. No entanto, as orientações da RC não exigem que um leigo cheque o pulso da vítima antes de realizar a técnica. Por quê?
A resposta é que uma pessoa comum tem muita dificuldade para achar e medir o pulso de forma precisa. Pense em como é complicado achar o próprio pulso e depois imagine tentar repetir o processo em uma pessoa inconsciente. Se alguém não está respirando, seu coração está correndo o risco de parar (se já não parou) devido à falta de oxigênio. Como os primeiros passos da RCP são relacionados ao estado respiratório da vítima, você pode tentar fazê-la respirar novamente. Depois, deve checar o pulso. Pular a checagem de pulso inicial simplifica a RCP e economiza um tempo precioso. Cada minuto que passa antes da RC ser realizada diminui de 7 a 10% a chance de sobrevivência da vítima.

O que deve ser feito para ajudar uma vítima aparentemente inconsciente? O primeiro passo é confirmar se ela está realmente inconsciente. Para provocar alguma reação, chame o nome dela e a sacuda gentilmente, como se estivesse tentando acordar alguém pela manhã. Você também deve verificar se a vítima está respirando. Se tentar realizar a RC em uma pessoa que não está sofrendo parada cardiopulmonar, você pode machucá-la.
Se não conseguir acordá-la, a próxima coisa a fazer é pedir para alguém ligar para a emergência. Paramédicos estarão a caminho do local enquanto você realiza a RC. É apenas uma maneira de ganhar tempo enquanto a vítima não recebe cuidados intensivos.

Depois de chamar a assistência médica, você deve realizar a RC. Para a RC funcionar, a vítima deve estar deitada de costas em uma superfície plana. Se estiver de bruços, vire-a de costas gentilmente, apoiando o seu pescoço. Quando a pessoa estiver nesta posição, você pode usar as dicas abaixo durante o processo:


via respiratória: desobstrua as vias respiratórias
boca-a-boca: faça a respiração boca-a-boca
circulação: comece a fazer as compressões no peito
Vamos descrever estes passos em detalhes na próxima seção.

A ressuscitação cardíaca (RC) é uma técnica de primeiros socorros

Fundamentos básicos da RC

A ressuscitação cardíaca (RC) é uma técnica de primeiros socorros usada para preservar a vida das vítimas de parada cardiopulmonar e prevenir danos cerebrais enquanto a ajuda médica estiver a caminho. A RCP tem dois objetivos:
manter o fluxo sangüíneo em todas as partes do corpo
manter o ar entrando e saindo dos pulmões
Enquanto as salas de emergência têm equipamentos de alta tecnologia e remédios para tratar as vítimas de parada cardiorespiratória, a RC é uma simples técnica que exige pouco ou nenhum equipamento. O que você tem de fazer é fácil:
com a boca colada na da vítima, sopre para que o ar oxigenado chegue até os pulmões. Isto faz com que o oxigênio seja difundido dos pulmões para a corrente sangüínea;
faça compressões no peito da vítima para recriar a circulação sangüínea artificialmente.

Parece bem simples, mas como você viu acima, a RC deve ser realizada em uma seqüência específica e sincronizada para simular o padrão respiratório natural do corpo e a maneira como o coração pulsa. Quando alguém tem um infarto em nossa presença, a primeira reação normalmente é ficarmos apavorados. Mas enquanto se está em pânico e sem reação, minutos valiosos estão passando. Para impedir que isto aconteça, muitas organizações oferecem aulas de RC e primeiros socorros básicos, além de aulas práticas para treinar o que foi aprendido. Então, ao nos depararmos com uma situação de emergência, podemos estar preparados para entrar em ação.

Parada cardiorespiratória

Parada cardiorespiratória significa que o coração (cárdio) e os pulmões (respiratória) não estão funcionando. O coração não bate e a pessoa não respira.

Diversos fatores podem causar parada cardiorespiratória, incluindo:
overdose
infarto
afogamento
engasgo
perda de sangue
choque elétrico
envenenamento por monóxido de carbono

Um infarto, por exemplo, pode danificar o músculo do coração e impedi-lo de se contrair vigorosamente, o que causa uma parada cardiorespiratória. Se você leu o artigo Como funciona o coração, sabe que o coração é um músculo que se expande e se contrai sob o estímulo elétrico de um grupo específico de células marcapasso. A pulsação do coração faz o sangue, cheio de oxigênio e nutrientes, percorrer o resto do corpo. Se o coração não estiver funcionando corretamente ou parar, o sangue não é conduzido ao corpo e o oxigênio e outros nutrientes não vão chegar aos tecidos e aos órgãos (inclusive ao coração). Sem energia para fazer o corpo funcionar, órgãos vitais como coração e pulmões param. Isso é o que conhecemos como parada cardiorespiratória.


Em um infarto, uma espécie de coágulo sangüíneo obstrui uma das artérias coronárias e impede que o sangue chegue até o coração



A parada cardiorespiratória é extremamente perigosa. Se um indivíduo ficar de 4 a 6 minutos sem oxigênio, as células cerebrais começam a morrer muito rápido. A cada minuto, o dano vai aumentando. A maioria das pessoas não consegue sobreviver por muito tempo neste estado

Como funciona a ressuscitação cardíaca

Imagine essa situação: você está jogando basquete com seus amigos. De repente, um deles cai se contorcendo. Ao ver que ele está desacordado, você tenta reanimá-lo, mas não consegue. O rosto dele se torna pálido e você vê que ele não está respirando. Você procura ouvir os batimentos cardíacos, mas não ouve nenhum. Rapidamente pega seu celular e disca 192 para chamar uma ambulância.

Todo ano, esta situação se repete centenas de vezes ao dia. Sem a rápida intervenção médica, o prognóstico é ruim.

Felizmente, foram desenvolvidos vários meios para o atendimento da parada cardiorespiratória. Muitos desses procedimentos exigem treinamento médico e/ou equipamento próprio, mas um deles, a ressuscitação cardíaca (RC), pode ser realizado por pessoas leigas com apenas um pouco de treino. Neste artigo, vamos explorar como esta simples técnica de primeiros socorros pode ajudar a salvar vidas.

Os mais doentes dos doentes

O U.S. Food and Drug Administration (em inglês) - FDA - permitiu que a Abiomed fizesse 15 implantes como parte de uma experiência clínica. Doze das 15 cirurgias propostas foram realizadas. Essas cirurgias aconteceram nos centros médicos em Houston, Los Angeles, Boston e Filadélfia. O FDA está analisando os resultados desses transplantes, caso a caso, para determinar o futuro do dispositivo AbioCor. Se o dispositivo, que custa de US$ 70,000 a US$ 100,000 , for bem-sucedido, ou seja, se ficar provado que ele pode prolongar a vida de um paciente sem complicações, ele poderá ser aprovado para uso em mais centros de cardiologia nos Estados Unidos. Na verdade, várias agências de notícias dizem que a Abiomed buscará aprovação do U.S. Food and Drug Administration este ano para vender o coração AbioCor. O dispositivoserá usado para tratar pacientes com insuficiência cardíaca terminal sob o que é conhecido como "isenção humanitária para dispositivos".
Laman Gray disse que os primeiros candidatos para o coração serão "os mais doentes dos doentes". O FDA e executivos da Abiomed definiram alguns parâmetros para determinar quem poderia ser um dos primeiros beneficiados com o coração artificial. O paciente precisa ter o seguinte perfil:

ser portador de insuficiência cardíaca terminal
ter expectativa de vida inferior a 30 dias
não ser candidato ao transplante de coração humano
não ter nenhuma outra opção viável de tratamento
Outra exigência é que o dispositivo, do tamanho de uma laranja, caiba no tórax do paciente. Para determinar se o tamanho do dispositivo é adequado, o paciente precisa se submeter a uma tomografia e raio-X do tórax. Depois, usando-se um programa de projeto computadorizado (CAD), remove-se o coração natural e coloca-se o coração AbioCor virtualmente no tórax do paciente. Se o programa de computador mostrar que o dispositivo cabe, os médicos podem continuar com a operação para implantar o coração artificial.





Durante quase dois meses depois da cirurgia, autoridades do hospital e da AbioMed mantiveram o nome do primeiro beneficiado em segredo. Porém, em 21 de agosto de 2001, revelou-se que Robert Tools, morador do estado de Kentucky e ex-empregado da companhia telefônica, era o paciente que entrou para a história. Embora Tools tenha enfrentado uma infecção e necessitado de um ventilador depois da cirurgia, os médicos disseram que o coração mecânico continuou a funcionar sem problemas.

Eis o que se sabia sobre Tools antes da cirurgia:

era portador de insuficiência cardíaca de classe IV
era portador de insuficiência biventricular grave
não foi aceito por um centro de transplante de coração
ele já fora submetido a cirurgia de revascularização miocárdica
ele teve vários infartos
era diabético

Atualmente, há entre 2 e 3 milhões de americanos com insuficiência cardíaca, e 400 mil novos casos são diagnosticados anualmente. A insuficiência cardíaca causa 39 mil óbitos por ano, segundo o National Heart, Lung, and Blood Institute (em inglês) - NHLBI. A maioria das pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca tem expectativa de vida de cinco anos, e precisa de um transplante de coração para prolongar a vida.

Só nos Estados Unidos, foram feitos 2.143 transplantes em 2003. Contudo, milhares de candidatos potenciais morrem anualmente à espera de um transplante de coração. Os médicos ainda incentivam a população a doar órgãos, mas o AbioCor pode salvar muitos daqueles que não têm a opção de um transplante natural ou não podem esperar pela disponibilidade de um doador.

A cirurgia para implantar o coração artificial

Cirurgia de sete horas

A cirurgia para implantar o coração artificial AbioCor é delicadíssima. Além de os cirurgiões removerem os ventrículos direito e esquerdo do coração natural, eles também colocam um corpo estranho no peito do paciente. O paciente precisa ser acoplado a uma máquina de circulação extra-corpórea, da qual será separado posteriormente. A cirurgia exige centenas de pontos, para prender adequadamente o coração aos ventrículos artificiais. Enxertos ligam o AbioCor às partes restantes do coração natural. Os enxertos são um tipo de tecido sintético usado para ligar o dispositivo artificial ao tecido natural do paciente.


Em 1982, o dr. William Devries implantou o Jarvik-7, o primeiro aparelho projetado para ser um coração totalmente artificial. A cirurgia foi feita na Universidade de Utah, e o paciente era o dr. Barney Clark, um dentista de Seattle. Clark viveu 112 dias com o coração antes de sucumbir às complicações causadas pelo aparelho.
O Jarvik-7 era um coração movido a ar, projetado pelo dr. Willem Kolff e o dr. Don Olsen. Ao contrário do compacto AbioCor, o coração Jarvik-7 exigia vários fios externos, que se projetavam do paciente e se conectavam a uma grande unidade externa. Estes fios causaram várias infecções em Clark.

Mais quatro pacientes receberam o Jarvik-7 antes de sua fabricação ser suspensa por causa de complicações, incluindo derrame, falha mecânica e problemas de adaptação anatômica. Desde então, ele foi aprimorado e rebatizado, e agora se chama coração CardioWest. Ele é usado apenas em situações experimentais enquanto o paciente espera pelo transplante.

Em conseqüência da complexidade da cirurgia, há muitos profissionais da área médica presentes durante a operação. A cirurgia feita em 2 de julho de 2001, a primeira deste tipo no mundo, contou com uma equipe de dois cirurgiões liderando, 14 enfermeiras, perfusionistas, anestesistas e outros profissionais da equipe.

Os cirurgiões implantam no abdome a espiral de transferência de energia.
Abre-se o esterno, o osso do peito, e coloca-se o paciente em uma máquina de circulação extra-corpórea (em inglês).
Os cirurgiões removem os ventrículos direito e esquerdo do coração natural; eles deixam os átrios esquerdo e direito, a aorta e a artéria pulmonar. Só esta parte da cirurgia leva de duas a três horas.
Costuram-se punhos atriais aos átrios direito e esquerdo do coração natural.
Coloca-se um modelo plástico no tórax para definir a posição e o tamanho exatos do coração no paciente.
Cortam-se os enxertos no comprimento adequado, costurando-os à aorta e artéria pulmonar.
Coloca-se o AbioCor no peito; os cirurgiões usam "prendedores rápidos" - como se fossem pequenos colchetes - para ligar o coração à artéria pulmonar, à aorta e aos átrios direito e esquerdo.
Remove-se todo o ar do dispositivo.
Retira-se o paciente da máquina coração-pulmão.
A equipe de cirurgia verifica se o coração está funcionando adequadamente.
Desde o primeiro transplante, outras onze cirurgias foram feitas. A mais recente teve lugar em 20 de fevereiro de 2004. Como parte de uma tentativa clínica, o paciente número 12 foi submetido a uma cirurgia no Hospital Episcopal St. Luke, em Houston, no Instituto Texas do Coração.

Originalmente, executivos da Abiomed alertaram contra resultados muito otimistas; as previsões mais otimistas eram de que um paciente viveria até seis meses com o coração AbioCor. O aparelho é projetado apenas para dobrar a expectativa de vida de pacientes que teriam somente cerca de 30 dias de vida antes da operação.

Robert Tools, o paciente que recebeu o transplante de coração em 2 de julho de 2001, no Jewish Hospital em Louisville, faleceu. Dez outros pacientes também morreram, mas viveram em média cinco meses depois de seus transplantes.

Um coração com sistema hidráulico

O coração humano adulto médio bombeia sangue a um ritmo de 60 a 100 batimentos por minuto. Se você leu Como funciona o coração, então sabe que o coração contrai-se em duas etapas:
na primeira etapa, os átrios direito e esquerdo contraem-se ao mesmo tempo, bombeando sangue para os ventrículos direito e esquerdo
na segunda etapa, os ventrículos contraem-se juntos para retirar o sangue do coração
O músculo cardíaco então relaxa antes do próximo batimento cardíaco. Isto permite que o coração se encha de sangue novamente.


Pacientes com um coração AbioCor implantado ainda terão átrios que batem ao mesmo tempo, mas o coração artificial, que substitui ambos os ventrículos, só pode forçar o sangue a sair de um ventrículo de cada vez. Assim, ele enviará sangue, alternadament, aos pulmões e, depois, ao corpo, em vez de fazer as duas coisas ao mesmo tempo, como o coração natural. O AbioCor consegue bombear mais de 10 litros por minuto, o que é suficiente para as atividades cotidianas.


O AbioCor, produzido pela Abiomed, é um aparelho médico muito sofisticado, mas seu mecanismo central é a bomba hidráulica que envia fluido hidráulico de um lado a outro. Para entender como ele funciona, veremos os diversos componentes do sistema.

Bomba hidráulica - a idéia fundamental deste dispositivo é semelhante às bombas hidráulicas usadas em equipamentos pesados. A força que é aplicada em um ponto é transmitida a outro usando-se um fluido incompressível. A engrenagem dentro da bomba gira a 10 mil rotações por minuto (rpm), para criar pressão.
Válvula de ligação - esta válvula abre e fecha para permitir o fluxo de fluido hidráulico de um lado do coração artificial para o outro. Quando o fluido se move para a direita, o sangue é bombeado para os pulmões através de um ventrículo artificial. Quando o fluido se move para a esquerda, o sangue é bombeado para o resto do corpo.
Sistema de transferência de energia sem fio - também denominado transferência de energia transcutânea (TET), este sistema consiste de duas espirais, uma interna e outra externa, que transmitem potência por meio de força magnética de uma bateria externa através da pele sem perfurar a superfície. A espiral interna recebe a potência e a envia à bateria interna e ao dispositivo de controle.
Bateria interna - uma bateria recarregável é implantada dentro do abdome do paciente. Isso dá ao paciente 30 a 40 minutos para realizar certas atividades, como tomar banho, enquanto estiver desconectado do pacote da bateria principal.
Bateria externa - esta bateria é envolvida em um cinto de velcro colocado em torno da cintura do paciente. Cada bateria recarregável proporciona cerca de quatro a cinco horas de energia.
Dispositivo de controle - este pequeno dispositivo eletrônico é implantado na parede abdominal do paciente. Ele monitora e controla a velocidade de bombeamento do coração.
O coração AbioCor, que é composto de titânio e plástico, conecta-se a quatro locais:

átrio direito
átrio esquerdo
aorta
artéria pulmonar
O sistema completo pesa cerca de 0,9kg. Na próxima seção, você saberá como os cirurgiões implantaram o coração AbioCor durante uma operação que durou sete horas.

Como funcionam os corações artificiais

Seu coração é o motor dentro de seu corpo que mantém tudo funcionando. Basicamente, o coração é uma bomba muscular que mantém o oxigênio e a circulação do sangue por seus pulmões e corpo. Em um dia, o coração bombeia cerca de 7.570 litros de sangue. Como qualquer motor, se o coração não for bem cuidado, pode falhar e bombear com menos eficiência, o que causa a chamada insuficiência cardíaca.

Até pouco tempo, a única opção para muitos pacientes com insuficiência cardíaca era o transplante de coração. Contudo, apenas pouco mais de 2 mil transplantes cardíacos são feitos anualmente nos Estados Unidos, o que significa que dezenas de milhares de pessoas morrem à espera de um doador de coração. No dia 2 de julho de 2001, pacientes com insuficiência cardíaca renovaram suas esperanças quando cirurgiões no Jewish Hospital em Louisville, Kentucky, realizaram o primeiro transplante de coração artificial em quase duas décadas. O coração artificial para implante AbioCor é o primeiro coração totalmente artificial e espera-se que ele, no mínimo, dobre a expectativa de vida de pacientes cardíacos.

Neste artigo, você terá uma visão mais detalhada de como funciona este novo coração artificial, como ele é implantado no peito de um paciente e quem são os possíveis candidatos a receber um destes corações mecânicos. Além disso, vamos comparar o coração AbioCor aos corações artificiais que falharam no passado.

O que é uma cirurgia de ponte de safena

O coração é um órgão surpreendente. É um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que ele circule no corpo. Ao longo da vida de uma pessoa (digamos 70 anos), ele bombeia aproximadamente 180 milhões de litros de sangue.

Se uma dessas artérias externas ficar bloqueada, causará um infarto, obstrução normalmente causada por depósitos de gordura que se acumulam nas artérias do coração por vários anos. Tudo que você ouve sobre gordura, colesterol, doença arterial coronária e artérias entupidas está focado nesse problema - resultam em artérias coronárias bloqueadas e em infarto.

Quando uma das artérias do coração está bloqueada e uma pessoa tem um infarto, o procedimento comum a ser realizado é a cirurgia do coração, costurando uma ponte de safena sobre o entupimento. Se o cirurgião emenda três das artérias, é chamada ponte de safena tripla. Se emendar quatro artérias, é chamada de ponte de safena quádrupla. A emenda pode ser feita com um pedaço da artéria mamária ou da veia safena, na perna.

A artéria sanguínea usada para criar a ponte é retirada do peito ou da perna - o corpo tem várias artérias que podem ser retiradas sem causar dano.

Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva

Tratamento da ICC
O objetivo do tratamento da ICC é controlar os sintomas e tratar a condição-base e a causa que levou à precipitação. Antes de prescrever medicamentos, seu médico pode pedir que você perca peso e pare de fumar. Essas medidas podem reduzir o trabalho do coração e também controlar algumas causas da ICC (pressão alta, doença arterial coronária). Além disso, diminuir o consumo de sal e líquidos pode aliviar os sintomas e reduzir a necessidade de medicação. Exercícios também podem ser úteis para aumentar a forma física em geral. Contudo, quando a ICC é severa, a recomendação pode ser de repouso.
Medicamentos


Diuréticos - são medicamentos usados para aumentar a quantidade de sódio (Na+) e água excretada pelos rins. Isso reduz o volume sangüíneo e a quantidade de sangue a ser bombeada pelo coração, reduzindo, conseqüentemente, o esforço. O objetivo é manter o peso ideal, eliminando edemas. Diuréticos incluem:
hidroclorotiazida
clortalidona
furosemida
bumetanida
trianterene
espironolactona
Um efeito colateral muito importante é a queda no nível de potássio (K+), que pode causar cãibras e anormalidade no ritmo cardíaco. Suplementos de potássio ou diuréticos poupadores de potássio podem ser usados sozinhos ou em conjunto com outros diuréticos.

Vasodilatadores - são grupos de medicamentos que aumentam ou dilatam os vasos sangüíneos. Durante a ICC, os vasos ficam geralmente constritos devido à ativação do sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Quando os vasodilatadores são usados, eles reduzem a resistência e a pressão arterial contra a qual o coração deve bater, aumentando, assim, o bombeamento cardíaco. Inibidores da enzima conversora da angiotensina (inibidores da ECA) são vasodilatadores bastante eficazes. Esse é um dos medicamentos que realmente se mostraram eficazes em aumentar a expectativa de vida de pacientes com ICC. Os inibidores da ECA reduzem a pressão arterial e a retenção de líquidos por prevenir a ação do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Esses inibidores incluem:
captopril
enalapril
lisinopril
fosinopril
quinapril
Efeitos colaterais incluem tosse e ocasionalmente erupções cutâneas.

Bloqueadores dos receptores do angiotensinogênio - bloqueiam os efeitos da angiotensina ao invés de bloquear sua produção. Bloqueadores dos receptores do angiotensinogênio incluem:
losartan
irbesartan
valsartan
Esses medicamentos não apresentam a tosse como efeito colateral, como os inibidores da ECA.

Hidralazina - é um vasodilatador que age nas artérias. É usada com menor freqüência, já que os inibidores de ECA são considerados mais efetivos.

Medicamentos derivados da Digitalis lanata, como a digoxina, - aumentam a força da contração do músculo cardíaco e também controlam anormalidades nos ritmos cardíacos, especialmente a fibrilação atrial e a taquicardia atrial. Sendo assim, a digitalis têm mais utilidade quando uma pessoa com fibrilação ou taquicardia atrial tem ICC (um diagnóstico bastante comum). Ela melhora as funções cardíacas mas aumenta a mortalidade. Há vários efeitos colaterais, incluindo náusea, vômitos, muitos tipos de disritmias cardíacas, confusão e interações negativas com outros medicamentos. Só devem ser prescritos nos pacientes muito sintomáticos.

Bloqueadores beta - são considerados úteis para pacientes com ICC. Ao bloquear os receptores beta-adrenérgicos do sistema nervoso simpático, eles reduzem o ritmo cardíaco e a força das contrações. Evidentemente, isso deve ser feito com muito cuidado, pois essa redução pode piorar a ICC. Bloqueadores beta incluem:
metoprolol
atenolol
carvedilol
Atualmente, junto com os inibidores da ECA, são fundamentais no tratamento da ICC moderada a grave.


Simpatomiméticos - são medicamentos que agem como o sistema nervoso simpático e são usados quando a ICC é grave, como no choque cardiogênico. Eles tratam a ICC aumentando a força das contrações cardíacas. Drogas simpatomiméticas incluem a dopamina e dobutamina. Como sua administração é intravenosa e são extremamente fortes, esses medicamentos são usados principalmente quando a ICC se tornou um risco de morte. Elas podem causar disritmias cardíacas e isquemia.
Ocasionalmente, há circunstâncias em que procedimentos cirúrgicos podem tratar a ICC. Os mais comuns são:

implante de válvula cardíaca - quando uma válvula cardíaca não funciona bem, pode ser substituída para reduzir os sintomas. Em alguns casos, esse procedimento pode salvar a vida do paciente;

correção de defeito cardíaco congênito - a correção cirúrgica de problemas cardíacos congênitos é usada freqüentemente para restaurar o máximo possível as funções normais;

ponte de safena - se a causa da ICC é doença arterial coronariana (DC), corrigir a DC com uma ponte de safena pode ser útil;

transplante de coração - quando a ICC persiste e piora, apesar dos tratamentos, um transplante de coração pode ser uma alternativa. Pacientes aptos para transplantes geralmente sofrem de sintomas graves (Classe funcional 4 da escala da New York Heart Association), têm frações de ejeção de 15 a 20% e chances de sobrevivência de 50%. O aperfeiçoamento das drogas anti-rejeição (especialmente ciclosporina) aumentaram a sobrevivência para quem passa por esse procedimento. Também há outras técnicas que podem ser usadas para ajudar um coração danificado, como o uso de balão intra-aórtico e de um equipamento de assistência ao ventrículo esquerdo. Essas técnicas são utilizadas para manter o paciente vivo até que um doador compatível apareça.

Sintomas da insuficiência cardíaca congestiva

Sintomas da ICC
Sintomas da ICC e associação com atividades físicas


Nível 1: não há limitação para atividades físicas. Os sintomas são nulos ou leves.
Nível 2: há uma pequena limitação às atividades físicas. Os sintomas são de leve a moderados com a atividade, mas atingem níveis confortáveis quando em repouso.
Nível 3: atividades físicas são limitadas. Os sintomas são moderados a severos.
Nível 4: qualquer atividade física causa desconforto. Os sintomas são severos e podem se apresentar mesmo quando em descanso.
Fonte: New York Heart Association

Falta de fôlego ou dificuldade para respirar (dispnéia) - sintoma mais comum da ICC e é causado pelo edema pulmonar. Podem ser encontrados diferentes tipos de dispnéia:
falta de fôlego em esforços (dispnéia de esforço) - à medida que a doença progride, a quantidade de esforço necessária para causar dispnéia fica menor;
falta de fôlego em repouso;
falta de fôlego quando deitado (ortopnéia) - na posição deitada, o sangue das pernas elevadas volta para o coração e causa edema pulmonar. O ato de sentar geralmente alivia esse sintoma. Muitas pessoas dormem apoiadas em almofadas para evitar esse efeito. Com a progressão da doença, algumas pessoas chegam a dormir sentadas;
falta de fôlego intermitente noturna (dispnéia noturna paroxística) - é causada pelo edema pulmonar e pela redução da respiração durante o sono.
Tosse
Edema - ocorre com mais freqüência nas pernas. O edema nas pernas geralmente piora durante o dia. Isso acontece porque a gravidade aumenta a quantidade e a pressão do sangue nas veias da perna, o que elimina mais fluidos. Há uma melhora à noite, quando as pernas estão elevadas. O edema geralmente é tratado com diuréticos para eliminar o excesso de fluidos. Edemas podem ocorrer em vários outros lugares, incluindo a cavidade abdominal, o espaço entre os pulmões e a cavidade torácica, o pericárdio e o estômago e os intestinos (causando náusea e perda de apetite).
Aumento de peso - a retenção de líquidos geralmente causa aumento de peso em portadores da ICC.
Fadiga - é um sintoma comum e pode estar relacionado à redução do fluxo sangüíneo dos órgãos e músculos. Ocasionalmente, a ICC pode reduzir o fluxo sangüíneo no cérebro e causar confusão mental, principalmente em idosos.
Dor no peito - é um sintoma de angina e infarto, as principais causas da ICC.
Edema pulmonar agudo - é uma dispnéia grave. Junto com a hipertensão, leva a um nível perigosamente baixo de oxigênio no sangue, o que pode causar risco de morte. Sintomas do edema pulmonar agudo incluem intensa falta de fôlego, uma tosse que pode vir acompanhada de secreção rósea, suor intenso e ansiedade. O edema pulmonar agudo deve ser tratado imediatamente.
Quando um médico examina alguém com ICC, pode acabar descobrindo o seguinte:

aumento no tamanho do coração (cardiomegalia);
um terceiro som cardíaco (S3) - normalmente o coração faz dois sons (S1 e S2), geralmente descritos como "tum-ta, tum-ta". Na ICC há um terceiro som, que é chamado de galope S3, já que lembra o galope de um cavalo ("tum-tum-tum");
som de fluidos nos pulmões durante a inspiração (estertores);
distenção da vaia jugular do pescoço (distensão jugular) - isso acontece porque a ICC causa um represamento na entrada de sangue no coração;
aumento do fígado (hepatomegalia) - é causado pelo refluxo do sangue do coração;
reflexo hepatojugular - quando o fígado está comprimido, mais sangue flui para as veias jugulares, fazendo com que fiquem ainda mais dilatadas;
edema - geralmente localizado nas pernas, calcanhares e pés. A expressão "edema depressível" costuma ser utilizada porque, ao pressionar o local com a ponta do dedo, se forma uma depressão temporária que se recupera rapidamente;
ritmo cardíaco acelerado (taquicardia);
ritmo respiratório aumentado (taquipnéia);
aumento na pressão arterial (hipertensão);
redução na pressão arterial (hipotensão) - quando o bombeamento cardíaco está seriamente reduzido, acontece uma redução na pressão arterial. Esse é um sinal bastante grave, conhecido também como choque cardiogênico;
fluido na cavidade abdominal (ascite);
fluido no espaço entre os pulmões e as costelas (efusão pleural).
Os testes a seguir são úteis no diagnóstico da ICC:

radiografia de tórax é um teste bastante útil na ICC. Pode detectar edema pulmonar, aumento do coração e efusão pleural;

o eletrocardiograma (ECG) também pode ser útil, pois pode detectar infartos antigos, isquemia cardíaca, anormalidades no ritmo cardíaco ou aumento do coração;

o ecocardiograma pode determinar a quantidade de sangue bombeada do coração em cada batida (fração de ejeção). A fração de ejeção é uma maneira de quantificar a eficiência dos batimentos cardíacos e determinar a gravidade da ICC. Normalmente, a fração de ejeção fica entre 55 e 75%. Além disso, o ecocardiograma pode ajudar a determinar a causa da ICC, por detectar anormalidades nas válvulas cardíacas, anormalidades pericárdicas, doenças cardíacas congênitas ou um coração aumentado. Esse exame pode mostrar se o coração está se contraindo de maneira anormal (anormalidades na movimentação das paredes), o que é um sinal de doença coronariana.

Causas da insuficiência cardíaca congestiva

Causas da ICC
A ICC não é um diagnóstico específico, mas sim o resultado de outras doenças ou fatores de risco. Descobrir essa condição é importante, pois o tratamento geralmente depende dela. Muitas condições podem causar a ICC, entre elas:
pressão arterial elevada (hipertensão) aumenta o trabalho do coração. O órgão tem que bombear sangue contra uma resistência maior e, conseqüentemente, deve fazer mais força. O esforço excessivo do músculo cardíaco pode causar falha. Essa é uma das causas de ICC mais comum nos Estados Unidos e no Brasil;

doença coronariana causa isquemia, ou seja, o músculo cardíaco recebe quantidade inadequada de oxigênio, o que pode prejudicar ou destruir o tecido cardíaco, levando à falha. A doença arterial coronariana é outra importante causa de ICC nos Estados Unidos e no Brasil;

doença valvular cardíaca causa um fluxo inadequado de sangue através do coração, o que aumenta o trabalho do órgão. Há três tipos principais de válvulas cardíacas problemáticas:
válvulas estreitas (estenóticas) restringem o fluxo do sangue. Para gerar pressão suficiente para bombear o sangue através de uma válvula estreita, o coração tem que fazer muito mais força;
válvulas expulsoras (regurgitantes) permitem que o sangue reflua para o coração depois de ter sido expelido. O coração tem que bombear mais sangue a cada batida (o sangue que entra normalmente é aquele que refluiu), aumentando muito seu trabalho;
endocardite é uma infecção das válvulas cardíacas que pode danificá-las.

ritmos cardíacos alterados (arritmias) interrompem o ciclo normal de retorno venoso (enchimento) e bombeamento. Se o coração bate muito lentamente (bradicardia), então não é bombeado sangue suficiente. Se o coração bate muito rápido (taquicardia), então não há tempo suficiente para que o sangue retorne ao coração. É causa de ICC de alto débito. Em ambos os casos o bombeamento cardíaco é reduzido, o que causa a insuficiência cardíaca;

atividade excessiva da glândula tireóide (hipertireoidismo) aumenta de modo geral as taxas do metabolismo do corpo. O coração deve circular sangue com mais rapidez para que os tecidos recebam quantidade adequada de oxigênio. Esse trabalho excessivo pode causar uma insuficiência cardíaca. É causa rara de IC chamada de alto débito;

redução grave no número de células vermelhas do sangue (anemia) reduz o suprimento de oxigênio que circula no sangue (são as células sanguíneas que carregam o oxigênio). Para fornecer a quantidade necessária de oxigênio para os tecidos, o coração deve circular o sangue com mais freqüência. Esse trabalho excessivo pode causar a falha cardíaca;

doenças que afetam o músculo cardíaco (cardiomiopatias) resultam na contração inadequada do coração. Isso reduz o bombeamento cardíaco, o que leva à ICC. Tecnicamente, a palavra cardiomiopatia representa somente as doenças que se originam e afetam o miocárdio. Contudo, muitos médicos também usam o termo para se referir à "cardiomiopatia isquêmica", uma condição que resulta das cicatrizes causadas pela doença arterial coronariana. Fatores que causam a cardiomiopatia incluem:
infecções (virais, bacterianas, Aids, doença de Lyme, febre reumática, etc.)
toxinas (álcool, cocaína, radiação, quimioterapia, etc.)
deficiências nutricionais
problemas nos tecidos conjuntivos (lúpus, artrite reumatóide, etc.)
doenças neuromusculares (distrofia muscular)
infiltrações (amiloidose, sarcoidose, câncer)
causas idiopáticas (desconhecidas)
cardiomiopatia pré-natal
causas familiares

doenças que afetam o pericárdio (membrana que protege o coração) restringem a capacidade do coração de se estirar, permitindo que o sangue retorne ao coração. O enchimento é reduzido, o que diminui também o bombeamento cardíaco. Uma membrana mais fina ou com cicatrizes (pericardite constritiva) ou a presença de fluidos entre as duas partes da membrana (tamponamento cardíaco) podem reduzir a capacidade de enchimento do coração;

defeitos na formação do coração (doença cardíaca congênita) fazem com que o coração tenha que trabalhar mais. Esses defeitos envolvem alterações anatômicas das paredes que ficam entre as câmaras cardíacas (comunicação intracardíaca), alterações das válvulas cardíacas, ou posições alteradas das veias e artérias que levam e trazem o sangue do coração.
Uma série de outros fatores, chamados fatores precipitantes, sobrecarregam o coração já danificado. Identificar o fator precipitante e a causa inicial da ICC é importante para descobrir qual é o melhor tratamento. Fatores precipitantes incluem:
abandono de tratamento com medicação prescrita
ingestão excessiva de sal e líquidos
hipertensão descontrolada
infecções
infarto
isquemia (falta de sangue no músculo cardíaco)
arritmia cardíaca (ritmo cardíaco anormal)
anemia
embolia pulmonar (coágulo dentro dos vasos do pulmão)
hipertireoidismo (tireóide hiperativa)
hipóxia (baixo nível de oxigênio no sangue, geralmente causada por doenças pulmonares)
mal funcionamento de válvula cardíaca
A ICC, em geral, se desenvolve lentamente com o passar dos anos. À medida que o coração começa a falhar, o corpo procura se adaptar para manter o bombeamento cardíaco e o fluxo sangüíneo para os órgãos. Apesar de esses mecanismos serem úteis, eles acabam causando ainda mais estragos no coração e piorando a ICC. Essa tentativa de adaptação agrava o quadro, gerando sintomas.

Sistema nervoso simpático

O sistema nervoso simpático faz parte do sistema nervoso autônomo, que trabalha em nível subconsciente e controla o trabalho de diversos órgãos (por exemplo, o coração, as artérias, glândulas, intestinos e bexiga). Os nervos simpáticos secretam uma substância química chamada noradrenalina, que pertence à classe das catecolaminas ou adrenérgicos. A noradrenalina se liga a diversos receptores em vários órgãos e pode causar uma série de efeitos nesses órgãos. Esses receptores são:
receptores alfa-adrenérgicos - esses receptores constringem os vasos sangüíneos (veias e artérias) e aumentam (dilatam) as pupilas;
receptores beta-1 adrenérgicos - esses receptores aumentam o ritmo cardíaco e a força das contrações cardíacas;
receptores beta-2 adrenérgicos - esses receptores dilatam os vasos sangüíneos e as vias aéreas (broncodilatação) .


Quando o coração começa a falhar, a primeira coisa que o sangue faz é liberar adrenalina. O estímulo aos nervos simpáticos aumenta o ritmo cardíaco e a força das contrações e constringe os vasos. Esses fatores atuam juntos para aumentar o bombeamento do sangue. Contudo, o estímulo dos nervos simpáticos também constringe as artérias, o que aumenta a pressão arterial. O aumento da pressão força o coração a trabalhar mais e usar mais oxigênio. Os especialistas imaginam que isso cause danos ao coração com o passar do tempo.

O corpo, pela constrição dos vasos, reduz o fluxo do sangue para os rins. Isso ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona. O fluxo sangüíneo reduzido faz com que o rim produza uma enzima chamada renina. A renina converte uma proteína plasmática inativa, o angiotensinogênio, em um hormônio ativo chamado angiotensina II. A angiotensina II é um poderoso constritor de veias e artérias e estimula a glândula adrenal a secretar um hormônio chamado aldosterona. A aldosterona faz com que os rins retenham sal e água, o que gera aumento no volume sangüíneo. O volume sangüíneo aumentado ajuda a manter o bombeamento cardíaco, pois aumenta o retorno venoso do coração. Contudo, o maior volume sangüíneo, em conjunto com a vasoconstrição, também aumenta a pressão arterial. Essa pressão aumentada causa edema e um excesso de trabalho, o que pode, futuramente, enfraquecer o coração.

O corpo também aumenta a secreção de um hormônio da hipófise, chamado hormônio anti-diurético (ADH). Ele faz com que o rim retenha mais líquidos, o que aumenta o volume sangüíneo e ajuda no bombeamento cardíaco, mas também aumenta a pressão arterial. Isso faz com que o coração enfraquecido tenha que trabalhar ainda mais.

Também há mudanças no músculo cardíaco. A espessura da camada muscular aumenta (hipertrofia), permitindo que o coração se contraia com mais força para manter o bombeamento cardíaco. Isso, porém, aumenta a necessidade de oxigênio e, eventualmente, leva a mais deterioração. O coração também pode aumentar por dilatar suas paredes (dilatação). Inicialmente isso pode ajudar a aumentar o bombeamento, por aumentar a quantidade de sangue que o coração consegue receber, mas a dilatação acaba levando a uma piora da doença.

Como funciona a insuficiência cardíaca congestiva

A insuficiência cardíaca, ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC), é uma doença muito comum, que atinge aproximadamente 4,8 milhões de americanos. Enquanto outras doenças cardíacas se tornaram menos comuns nos últimos anos, a incidência de ICC está cada dia maior. A causa disso pode ser o fato de que pessoas com outras doenças cardíacas sobrevivem por mais tempo, mas seus corações ficam prejudicados e isso causa a ICC. Além disso, com o crescimento da população idosa, há mais pessoas com risco de desenvolver ICC. Aproximadamente 400 mil novos casos de ICC ocorrem a cada ano e essa doença é o diagnóstico mais comum em pacientes hospitalizados com mais de 65 anos.
Nesse artigo, vamos discutir a insuficiência cardíaca congestiva - suas causas, sinais de alerta e tratamentos.

A função do coração é bombear o sangue, que contém oxigênio e nutrientes, para todo o corpo. A ICC é simplesmente a falha do coração em desempenhar essa função corretamente. É claro que uma escassez do sangue bombeado para o corpo só será considerada ICC se o coração estiver recebendo o volume adequado de sangue dos vasos (ou seja, se a pressão arterial estiver normal). Quando não há sangue suficiente para o coração bombear, o problema não é ICC. Fluxo do sangue no coração


O sangue das veias, carentes de oxigênio, entra pelo lado direito do coração.
O ventrículo direito bombeia o sangue até os pulmões, onde ele é oxigenado.
O sangue que volta dos pulmões entra pelo lado esquerdo do coração.
O ventrículo esquerdo bombeia o sangue através das artérias para o corpo.


A ICC ocorre quando o fluxo do sangue saindo do coração (sístole cardíaca) reduz, ou então quando os fluidos se acumulam atrás do ventrículo que falha, ou ambos. Os médicos têm formas diferentes de classificar a insuficiência cardíaca.

De acordo com o ventrículo acometido: como o coração é formado por basicamente duas bombas (esquerda e direita) em uma, um lado pode falhar independentemente do outro.

Insuficiência cardíaca ventricular esquerda: quando o ventrículo esquerdo não consegue bombear sangue suficiente, o sangue reflui para os pulmões (atrás do ventrículo esquerdo), causando edema pulmonar, uma acumulação de fluidos nos pulmões. Entre outras coisas, o edema faz com que a pessoa fique sem fôlego, isto é, sinta falta de ar. A falha cardíaca ventricular esquerda geralmente leva à falha cardíaca ventricular direita.
Insuficiência cardíaca ventricular direita: o ventrículo direito não pode bombear sangue suficiente para o pulmão. Sendo assim, os fluidos recuam para as veias e capilares (a montante do ventrículo direito). Por causa desse acúmulo, o fluido vaza dos capilares e acumula-se nos tecidos. Essa condição é conhecida como edema sistêmico. O edema pode ser percebido principalmente nas pernas, por causa da força da gravidade. No paciente deitado, pode se acumular nas costas e outras partes do corpo em contato com a cama.

De acordo com a localização

Insuficiência cardíaca anterógrada: a falha ocorre na contração do coração com dificuldades para ejeção do sangue e baixo débito.
Insuficiência cardíaca retrógrada: a falha ocorre no retorno venoso do sangue ao coração com edema pulmonar ou sistêmico.
De acordo com a o tempo de evolução

Insuficiência cardíaca aguda: essa é a falha cardíaca que ocorre de repente. Um infarto pode causar falha cardíaca aguda se grande parte do músculo cardíaco morrer. Quando isso acontece, o coração não consegue bombear sangue suficiente, causando edema pulmonar. Isso torna a respiração muito difícil e pode levar à morte. A falha cardíaca aguda também pode ocorrer quando uma válvula cardíaca pára de funcionar repentinamente ou quando a corda tendínea (o músculo e o tendão que ajudam a válvula mitral a funcionar corretamente) de repente se rompe.
Insuficiência cardíaca crônica: essa é a falha cardíaca que se desenvolve gradualmente. Os sintomas são sutis no começo, mas se tornam mais graves com o passar do tempo.

De acordo com a fase do ciclo cardíaco: o coração pode falhar em qualquer fase do ciclo cardíaco - contração (sístole) ou distensão (diástole).

Insuficiência cardíaca sistólica: o coração tem dificuldade para contrair e bombear sangue suficiente. Essa condição causa fraqueza, fadiga e diminui a capacidade de realizar exercícios físicos.
Insuficiência cardíaca diastólica: o sangue não consegue retornar ao coração durante a diástole, geralmente devido à pressão elevada por uma dificuldade de relaxamento do coração durante a diástole. Essa condição causa edema sistêmico, pulmonar ou ambos.

De acordo com a relação oferta/demanda

Falha cardíaca por excesso de bombeamento: o bombeamento cardíaco está normal ou um pouco superior, mas a demanda pelo fluxo sangüíneo é alta demais (hipertireoidismo, anemia, infecções graves). O coração não é capaz de distribuir o sangue necessário e falha.
Falha cardíaca por redução de bombeamento: o bombeamento está baixo, mas a demanda de sangue está normal. O coração não é capaz de suprir essa demanda e falha. A falha por redução é mais comum que a por excesso.

O infarto do miocárdio

Infarto
O infarto do miocárdio ou IM acontece quando uma artéria coronária está completamente obstruída e o sangue não consegue fluir por ela. O resultado é que parte do músculo cardíaco morre. Esta obstrução é provocada por um coágulo e ocorre em uma artéria que já possuía uma placa ateroesclerótica.




De acordo com a American Heart Association (Associação Americana do Coração), acontecem mais de um milhão de infartos por ano nos Estados Unidos.

Algumas pessoas pensam que qualquer angina ou dor no peito é um infarto. Isto não é correto; a angina é reversível e não causa a morte das células musculares do coração. Também é errado pensar que em todo infarto o coração pára de bater. Mesmo que isso aconteça, o termo correto para este fato é parada cardíaca.

Dores no peito são os sintomas mais comuns de um IM. A dor, neste caso, é parecida com a que acontece na angina, mas normalmente mais grave e mais prolongada. É normalmente descrita como um aperto, uma compressão, uma pressão ou mesmo um sentimento de peso no peito. A dor se localiza na região do esterno (parte central e posterior do peito) e pode atingir o braço esquerdo, as costas, o pescoço e a mandíbula. Sintomas associados incluem dificuldade na respiração, náusea, vômitos, suor intenso e algumas vezes, uma sensação de opressão torácia e morte iminente.

Para confirmar o diagnóstico de um IM, são feitos testes de sangue e um eletrocardiograma (ECG ou EKG).

ECG
Durante um IM, o ECG mostra diversas alterações. A inicial é chamada de onda T invertida. Esta é uma onda T mais elevada e mais pontiaguda do que a normal. Esta anomalia dura pouco sendo seguida pela elevação do segmento ST. Esta é a marca registrada de um IM agudo, que acontece quando um músculo cardíaco está sendo isquêmico. Isto também é chamado de corrente de lesão. Com o passar do tempo, quando as células musculares cardíacas morrem, aparecem as ondas Q. No entanto, nem todo paciente tem todas estas alterações. Na verdade, mesmo nos pacientes com infarto, a elevação do ST pode não ultrapassar os 40%. Quando uma onda Q se desenvolve logo após o IM, geralmente corresponde ao IM transmural , ou seja, toda a espessura da parede do músculo cardíaco morreu. Ao contrário, quando uma onda Q não aparece após o IM, normalmente significa que não houve morte de toda a espessura da parede muscular, caso chamado de IM subendocardico, onde apenas a camada interior está morta. Um eletrocardiograma não indica apenas ao médico se o IM está acontecendo, mas também em que parte do coração ele ocorre e qual artéria está envolvida. O IM pode ser correlacionado a uma parte específica do coração, como mostra a tabela abaixo:

Paramêtros do ECG Localização do IM Artéria coronária
II, III, aVF IM inferior Artéria coronária direita
V1-V4 IM anterior ou anteroseptal Artéria descendente anterior esquerda
V5-V6, I,aVL IM lateral Artéria circunflexa esquerda
Depressão no ST em V1, V2 IM posterior Artéria circunflexa esquerda ou artéria coronária direita

Nota: existem muitas variações anatômicas.


Testes de laboratório
Após um IM, alguns exames de sangue identificam certas "anormalidades" devido à liberação de compostos químicos na corrente sanguínea, em conseqüência da morte das células musculares do coração. Isso não ocorre instantaneamente, geralmente leva algumas horas e é por isso que o médico nem sempre pode garantir que a pessoa esteja passando por um IM no exato momento em que a atende. Como os resultados podem demorar a sair, a internação em um hospital, além de vários exames de sangue e algumas sessões de eletrocardiogramas, podem ser necessárias para que se confirme o diagnóstico de IM.
Estes compostos químicos são chamados de marcadores de IM e incluem a CPK, CPK-MB, troponina e a mioglobina. Alguns destes marcadores são encontrados em outras células e têm uma utilidade limitada no diagnóstico do IM.


Teste de laboratório Começa a aumentar Pico Duração Encontrado no
CPK 4-8 horas - 48-72 horas Coração, cérebro, músculo esquelético
CPK-MB 3-4 horas 12-24 horas 48 horas Coração
Mioglobina 1-2 horas 4-6 horas 24 horas Coração, músculo esquelético
Troponina 3-6 horas 12-24 horas 1 semana Coração

Tratamento do IM
Inicialmente, o paciente é colocado em um monitor cardíaco devido ao risco de arritmias. A fibrilação ventricular, um exemplo de arritmia e freqüente causa de morte dos pacientes que não conseguem chegar no hospital em tempo, mata em poucos minutos se não for contida. Por ano, aproximadamente 250 mil pessoas morrem de infarto antes de chegar no hospital. A dor no peito é tratada principalmente com nitroglicerina, seja por via sublingual ou intravenosa, a morfina é utilizada apenas se a dor persistir. Uma aspirina também deve ser administrada pelos paramédicos ou algum familiar. Betabloqueadores e inibidores da enzima de conversão são administrados depois do IM e diminuem o risco de morte.

Trombolíticos
Estreptoquinase, TPA (ativador do plasminogênio tissular) e reteplase são medicamentos trombolíticos que dissolvem os coágulos de sangue nas artérias coronárias, causadores dos IM. Estes medicamentos diminuem as mortes por infarto, portanto é importante que sejam ministrados o mais rápido possível, assim que o IM for diagnosticado. A demora causa a morte das células, fato permanente e que não pode ser revertido nem com a posterior dissolução do coágulo e restauração do fluxo. Existe um famoso ditado na medicina que ilustra essa urgência, "tempo é músculo" quer dizer exatamente isso, quanto maior o tempo que a musculatura passar sem receber o fluxo de sangue, mais rapidamente ela morre. Existem diversos debates sobre qual destes medicamentos é mais eficiente, além de inúmeras contra-indicações ao seu uso, como em pacientes com:

hemorragia interna ativa
histórico de derrame
câncer ou aneurisma cerebral
cirurgia intracraniana ou medular recente
diátese hemorrágica
hipertensão grave
Estes medicamentos possuem efeitos colaterais, sendo a hemorragia a mais comum. Se ocorrer hemorragias no cérebro, pode causar um derrame com risco de morte.
Angioplastia no IM
Outro tratamento para o IM é a angioplastia. A obstrução é mecanicamente aberta com um balão durante o cateterismo cardíaco. Muitos cardiologistas acreditam que esta terapia possui vantagens sob o uso dos trombolíticos. No entanto, para ser efetiva, a angioplastia precisa ser realizada dentro dos primeiros 60 minutos do IM, em um hospital com experiência no procedimento. Menos de 20% dos hospitais dos EUA atendem estas condições.

Obviamente, existem diversas complicações provenientes de IM. As mais comuns são:

Arritmias - variação da batida normal do coração
contrações ventriculares prematuras
taquicardia ventricular
fibrilação ventricular
ritmo idioventricular acelerado
bloqueio no nó atrioventricular
bradicardia
taquicardia supraventricular
Insuficiência cardíaca - a incapacidade do coração de bombear o sangue que o corpo necessita. Se 20-25% do ventrículo esquerdo ficar danificado por causa do IM, ocorrerá insuficiência cardíaca. A morte geralmente acontece se mais de 40% do coração sofrer o infarto.
Ruptura cardíaca - o coração se rompe nos músculos papilares (anexos à válvula Mitral) ou no Septo Ventricular (parede entre os ventrículos esquerdo e direito)
aneurisma no ventrículo esquerdo
pericardites
embolias
um novo IM
Depois de um infarto do miocárdio, recomenda-se vários dias de repouso no hospital. Um programa de reabilitação cardíaca é um dos procedimentos indicados para a recuperação após o IM. A reabilitação inclui exercícios programados e educação sobre doenças cardíacas e fatores de risco. Um teste de estresse também é feito algum tempo depois para indicar o grau de tolerância aos exercícios e à isquemia. Se a isquemia persistir acompanhada de dores no peito, pode ser necessário um cateterismo cardíaco para saber se a angioplastia ou se uma ponte de safena serão necessárias.

Alguns medicamentos ministrados após o IM são: a aspirina, betabloqueadores e inibidores da enzima de conversão.

Após ler este artigo, uma das coisas que provavelmente estará pensando é "eu não quero ter aterosclerose!". Uma das melhores características desta doença é que você pode fazer algumas coisas para diminuir os fatores de risco. Aqui estão alguns exemplos:

parar de fumar
reduzir os níveis de colesterol
reduzir a pressão arterial
perder peso
fazer exercícios
Esperamos que este artigo tenha ajudado na compreensão de como funcionam as doenças cardíacas mais comuns. Quem sabe isso pode ser o empurrão inicial necessário para um maior controle dos fatores de risco que levam a estas doenças. Caso você desenvolva uma DC (doença coronariana), possuir um conhecimento sobre o que está acontecendo irá ajudar no tratamento.

Angina Pectoris uma doença arterial coronária

Angina

Quando uma doença arterial coronária (DAC) causa dores no peito, é chamada de Angina Pectoris. Aproximadamente 6,2 milhões de pessoas nos EUA são diagnosticadas com esta doença. É normalmente descrita como um aperto, uma compressão, uma pressão ou mesmo um sentimento de peso na região do subesternol (área central do peito). Angina podem irradiar para o ombro e posteriormente para o braço esquerdo, costas, pescoço, mandíbula, e em alguns casos, para o braço direito. Esta dor desencadeada pelo esforço, melhora com o repouso e dura, normalmente, poucos minutos. Podem acontecer, também, após uma crise de estresse emocional. A dor da angina não deve ser agravada por respirações fundas, quando a pessoa se abaixa, pressão no peito ou virar em certas posições. Por isso, algumas vezes, pode ser confundida com a azia.
O exame físico de alguém com angina pode ser normal mas a história típica e os sintomas relacionados aos fatores de risco alertam para esse diagnóstico.

Alguns exames de laboratório, devido à morte das células musculares cardíacas, mostram- se alterados (CPK, CPK-MB, troponina, mioglobina). No entanto, no caso da angina, onde a falta de oxigênio é temporária e a morte celular não ocorre, estes testes são normais. Seu médico pode querer verificar seu nível total de colesterol e os níveis de HDL (lipoproteínas de alta densidade) e LDL (lipoproteínas de baixa densidade); além da quantidade de açúcar no sangue, para saber se existe a possibilidade de diabetes ou de alteração dos níveis de colesterol, que são fatores de risco para o infarto.

ECG
Depressões no segmento ST (a linha entre o complexo QRS e as ondas T) e alterações nas ondas T (normalmente inversões) são as marcas registradas da isquemia. Mesmo assim, um ECG em alguém com histórico de DC e angina pode ser normal. Mas, se o eletro é feito durante uma crise de angina, pode ser possível visualizar a depressão do segmento ST.

Teste de estresse
Como o resultado de um ECG em repouso pode ser normal, mesmo em pacientes com angina, o médico responsável pode requisitar um teste de estresse para analisar a presença de uma DC. Como descrito anteriormente, se a depressão do segmento S, durante este teste, especialmente se for acompanhada de dores no peito, é considerado como teste "positivo".

Cateterização cardíaca
A cateterização cardíaca pode ser usada para determinar a presença de uma DC, sua gravidade e se uma ponte de safena é necessária. O teste pode excluir a possibilidade de DC. Ele é realizado por diversas razões, mas se torna especialmente importante se:

os sintomas da angina persistirem, mesmo que o paciente esteja recebendo tratamento médico;
presença de isquemia grave no teste de estresse para avaliar a gravidade da lesão;
paciente com quadro clínico compatível porém sem infarto, mas ainda com risco de doença coronariana.
Durante uma cateterização cardíaca, bloqueios são tratados com um balão inflado dentro das artérias coronárias, com a intenção de abrir passagem. Este procedimento é chamado de angioplastia transluminal percutânea coronária (ATPC) ou apenas angioplastia.

Os fatores mais importantes que determinam a evolução de uma doença arterial coronária (DC) são a funcionalidade do ventrículo esquerdo e o número, a localidade da obstrução. Mesmo que tudo isto possa levar a um infarto e posteriormente à morte, muitas pessoas têm vidas longas e produtivas apesar das DC.

O tratamento das DC consiste na prescrição de medicamentos, controle dos fatores de risco e, em alguns casos, angioplastia ou cirurgia para a colocação de pontes de safena. As doenças que agravam as DC são anemia, doenças no pulmão, hipertensão, obesidade e hipertiroidismo. Tratar tanto estas doenças, como os fatores de risco, ajuda não apenas a amenizar as DC, mas também a evitá-las e até conter o seu progresso.

Abaixo alguns medicamentos usados para o tratamento de angina.

Nitratos - nitratos são medicamentos que podem ser encontrados de diversas formas, como em pílulas ou spray sublinguais (aplicação embaixo da língua), pílulas de nitrato e adesivos de nitroglicerina. Estes medicamentos dilatam as veias e as artérias coronárias, diminuem as exigências de oxigênio do coração e aumentam o fluxo de sangue nos músculos do coração. A nitroglicerina sublingual é usada durante a crise de angina. Um comprimido ou uma borrifada do spray pode ser usado a cada cinco minutos, até três vezes. Uma sensação de aquecimento no local da aplicação e a dor de cabeça são efeitos colaterais comuns. A dor no peito da angina, no entanto, tende a sumir em alguns minutos. Pílulas de nitrato e adesivos também podem ser usados para o tratamento desta doença. Estes medicamentos tendem a diminuir a efetividade após o uso prolongado, portanto, para evitar esta tolerância, um período de 8-12 horas de intervalo diário entre as doses é recomendado. São medicamentos que só devem ser utilizados quando prescritos pelo médico.

Betabloqueadores - betabloqueadores diminuem o ritmo das batidas cardíacas e a força das contrações, bloqueando os efeitos do sistema nervoso simpático no coração. Este tipo de medicamento reduz a chance de infarto e a mortalidade de pacientes que já o tiveram. Exemplos de betabloqueadores são Propranolol, Metoprolol e Atenolol. Apesar de sua grande utilidade, estes medicamentos possuem alguns efeitos colaterais que podem limitar seu uso em alguns casos.

Aspirina - plaquetas são necessárias para a coagulação. A aspirina é um medicamento anti-agregante planetário que previne a trombose. A dose exata de aspirina não é fixa, mas normalmente uma aspirina infantil, meio ou um comprimido são indicados como dose diária. A aspirina pode apresentar efeitos colaterais como sangramento e dores no estômago ou alergias. Para as pessoas que têm alergia à aspirina, recomenda-se a prescrição de outra medicação anti-agregante plaquetária, chamada Ticlopidine.
Angina instável
Normalmente, uma pessoa com angina começa a sentir dores após uma quantidade previsível de esforço, isto se chama angina estável. Quando a doença se torna mais grave fica bastante instável, neste caso as dores começam a se manifestar depois de esforços menores ou mesmo em períodos de descanso. Este fato está, quase sempre, relacionado ao agravamento da DC, ou seja, de obstruções maiores nos vasos sanguíneos. Esta condição pode levar a um ataque do coração, principalmente se vier acompanhada de certas mudanças no ECG. Ao ter esses sintomas, a pessoa deve procurar um pronto-socorro para tratamento especializado.

Nitratos (como a nitroglicerina) são usados para aliviar as dores no peito. Eles podem ser aplicados por via sublingual ou intravenosa (através da veia). Heparina, uma potente droga anti-coagulante, é usada para prevenir a completa obstrução nas artérias coronárias. Recentemente, novos medicamentos anti-agregante plaquetário foram adicionados à lista. Chamados de inibidores IIb/IIIa (Abciximab ou Tirofiban), eles são usados nos casos de angina instável. Outros medicamentos, como aspirina e betabloqueadores, também podem ser indicados. Se estes remédios não forem suficientes, uma cateterização cardíaca (para determinar a localidade e a gravidade da obstrução) e uma angioplastia podem ser efetuadas. Quando a angioplastia não for possível, uma cirurgia para a colocação de pontes de safena pode ser necessária.

Como funcionam as doenças cardíacas

Introdução

Doenças cardíacas são a principal causa de morte nos EUA e no Brasil também. São grandes a chances de que, em algum período de sua vida, você ou pessoas próximas sejam forçadas a tomar decisões relacionadas a essas doenças. Ter conhecimento sobre a anatomia e o funcionamento do coração, em particular de como a angina e o infarto funcionam, irá permitir que faça escolhas melhores para a sua saúde. Como as doenças cardíacas ocorrem repentinamente e necessitam de decisões rápidas, estar informado de antemão é de grande valia para você e sua família.
Neste artigo, discutiremos várias doenças cardíacas e como elas podem levar a um infarto ou mesmo a um derrame. Analisaremos também como os infartos são tratados e como estas doenças podem ser prevenidas.

Leitura adicional
Este artigo é precedido por outros dois que são de extrema importância para o entendimento sobre doenças cardíacas:
Como funciona o coração
Como funciona o diagnóstico de doenças cardíacas
Ler estes dois artigos irá lhe fornecer o conhecimento básico necessário sobre a anatomia e o funcionamento do coração.


Artérias coronárias fornecem sangue ao músculo do coração. Quando um bloqueio acontece em uma das artérias, o fluxo de sangue aos músculos cardíacos diminui. Isto se torna ainda mais evidente durante algum tipo de esforço, pois nesta situação o coração está trabalhando mais intensamente e necessita de uma quantidade maior de sangue oxigenado. Na presença de um bloqueio há falta de oxigenação e os músculos cardíacos sofrem danos. A dor no peito resultante é chamada de angina ou angina pectoris. Quando não recebe oxigênio suficiente, o músculo cardíaco fica isquêmico. Se as células morrerem, ocorre um infarto. O infarto nada mais é do que a morte das células musculares cardíacas (miocárdio) sendo chamado de infarto de miocárdio (IM). A causa da DC, angina e o infarto do miocárdio é a aterosclerose.

Aterosclerose - é o termo mais comum para o endurecimento das artérias. Na arterosclerose há acúmulo de material gorduroso (chamado de placas de ateroma) nas camadas mais internas da artérias. Dependendo do local que estes bloqueios acontecem, podem causar resultados bastante variados.

Se o bloqueio estiver em uma artéria coronária, causa dores no peito (angina).
Se o bloqueio for completo, pode levar a um infarto de miocárdio ou IM.
Se o bloqueio acontecer em uma das artérias próximas ao cérebro, um derrame pode acontecer.
Se o bloqueio acontecer em uma artéria da perna, causa a doença vascular periférica (DVP) que ocasiona dores ao andar, chamadas de claudicação intermitente.
Aterosclerose leva muitos anos para se desenvolver e, por isso, pode passar despercebida. Em alguns casos, sintomas como a angina podem indicar a doença; no entanto, ela pode se tornar evidente de uma maneira mais repentina e grave, na forma de um infarto do miocárdio.
Vamos ver alguns fatores de risco da aterosclerose. Alguns destes são fatores que podem ser controlados. Sendo pró-ativo você pode diminuir os seus riscos.

Você está sob risco?
Existem muitos fatores de risco que aumentam as chances do desenvolvimento da aterosclerose e da DC. Como por exemplo:

hipertensão (pressão arterial alta)
diabetes
colesterol elevado
fumar
estilo de vida sedentário
estresse
obesidade
sexo masculino
histórico de doenças cardíacas na família
idade avançada
Obviamente, alguns destes fatores de risco podem ser controlados ou alterados (sozinho ou com a ajuda de um médico) e outros não. Muitos destes fatores podem interagir entre eles; por exemplo, a mudança de hábitos de vida como a prática de atividade física, comer menos sal pode baixar os níveis de pressão arterial. Já perder peso pode ajudar no:
controle de açúcar no sangue em casos de diabetes
controle da pressão arterial
controle do colesterol
Idade, gênero e histórico familiar

Você não pode modificar sua idade, seu histórico familiar ou seu gênero. No entanto, estes fatores de risco podem servir como um impulso para que cuide melhor dos fatores modificáveis. Como o risco de doenças cardíacas aumenta com a idade, é ainda mais importante prestar atenção em seu peso, na quantidade de açúcar no sangue, nos níveis de colesterol, na pressão sanguínea e na prática de atividade física. Homens, em geral, possuem riscos maiores para a doença coronariana. O risco se torna praticamente igual quando as mulheres chegam à menopausa, pois perdem o efeito protetor do estrogênio. DC, também, é mais comum em pessoas com parentes próximos (mãe, pai, irmão) que tenham desenvolvido a doença em idade não muito avançada.

Hipertensão
Hipertensão (pressão arterial alta), além de ser um fator de risco para DC, também pode levar a derrames, insuficiência renal e aneurismas. Por fazer o coração trabalhar mais, pode causar insuficiência congestiva cardíaca. A pressão arterial possui dois componentes. Na leitura, o valor mais elevado corresponde à pressão sistólica. Uma pressão sistólica abaixo de 140 é considerada normal. O valor mais baixo é de pressão diastólica. Uma pressão diastólica abaixo de 90 é considerada normal. Pressões que excedem apenas um pouco estas marcas são chamadas de hipertensão leve que, em muitos casos, pode ser controlada com perda de peso, parar de fumar cigarro e diminuição da ingestão de sal. No entanto, pode ser necessário usar medicamentos. Aqui estão seis classes de remédios para tratar a hipertensão arterial:

diuréticos - estes medicamentos (como o hidroclorotiazida e a clortalidona) excretam a água e o sal em excesso para abaixar a pressão arterial;
drogas anti-adrenérgicas - normalmente chamadas de alfa ou de beta bloqueadores, incluem medicamentos como o Prazosin, Terazosin, Doxazosin, Propranolol, Metoprolol e Atenolol. Eles bloqueiam uma parte do sistema nervoso que aumenta a pressão sanguínea;
vasodilatadores - medicamentos como Hidralazin e o Minoxidil relaxam os vasos para abaixar a pressão arterial;
inibidores da enzima de conversão - estes medicamentos são vasodilatadores, prevenindo a produção da angiotensina, que é um vasoconstritor. Os mais prescritos são Captopril, Enalapril e Lisinopril;
antagonistas do receptor do angiotensinogênio - medicamentos como o Losartan e o Valsartan são similares aos inibidores ACE, com menos efeitos colaterais, porém mais caros;
bloqueadores dos canais de cálcio - como eles bloqueiam o fluxo de cálcio necessário para a constrição dos vasos sanguíneos, medicamentos como o Diltiazem e o Amlodipina também agem como vasodilatadores.
Fumo
Fumar causa tanto DC como diversas outras doenças, como por exemplo, as DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) que incluem enfisema e bronquite crônica. Pode causar também câncer de pulmão, derrames e outras enfermidades. A nicotina causa o bloqueio das artérias coronárias porque facilita a trombose sobre a placa de ateroma.

Existem diversas maneiras de parar de fumar. Normalmente, a melhor opção é parar por você mesmo ou com a ajuda de um grupo de apoio, acompanhado pelo uso de chicletes ou adesivos de nicotina.

Colesterol elevado
Existe uma relação entre colesterol elevado e DC. O colesterol é transportado no sangue pelas lipoproteínas. Duas destas são, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e as lipoproteínas de alta densidade (HDL). Um nível elevado de LDL (o colesterol ruim) é associado ao alto risco de DC. Já um nível alto de HDL (o colesterol bom) é associado ao baixo risco da doença. Os níveis de colesterol podem baixar por uma dieta com pouca ingestão de carnes, ovos e laticínios. Se esta dieta não reduzir os níveis de colesterol, seu médico pode prescrever medicamentos. Existem quatro classes de remédios que ajudam neste caso:

quelantes de sais biliares, como o colestiramina ou o colestipol, se ligam aos sais da bile e evitam sua reabsorção;
ácido nicotínico (niacina) diminui a produção de LDL;
inibidores da HMG-CoA redutase - conhecemos como estatinas, diminuem a síntese do colesterol. Estes medicamentos incluem o Lovastatin, Pravastatin, Simvastatin e Atorvastatin e são os mais utilizados;
fibratos como o Gemfibrozil aumentam os níveis de HDL e diminuem os de triglicerídeos. Fibratos e as estatinas não podem ser usados simultaneamente por risco de necrose muscular.
Obesidade
Obesidade é um índice de massa corpórea IMC (IMC = (peso/altura2) ) acima de 30kg/m2. Acima de 25kg/m2 já diagnostica sobrepeso. Um IMC entre 20 e 25 é considerado bom, acima de 25 já existe um sobrepeso, se passar de 30 é obesidade. Para calcular o seu IMC visite este site (em inglês). A obesidade aumenta os riscos de uma doença cardíaca devido à elevação de outros fatores de risco como a pressão arterial, diabetes e a diminuição do HDL (o colesterol bom).

Diabetes Mellitus
A diabetes mellitus aumenta o risco de doenças cardíacas, pois eleva os níveis de colesterol e aumenta a ateroesclerose. Para piorar, grande parte das pessoas com diabetes está acima do peso e, com isso, agravam ainda mais a sua condição e os riscos provenientes dela. Existem dois tipos de diabetes, o tipo I (dependente de insulina) e o tipo II (não dependente de insulina). No primeiro tipo, nenhuma ou muito pouca insulina é produzida pelo pâncreas, por isso esta condição é tratada com insulina. No segundo, a insulina ainda é produzida, mas há uma resistência periférica aumentada à ação da insulina desencadeada e agravada pela obesidade. Esta variação da doença pode ser tratada com perda de peso, uma dieta modificada e exercícios. Se isto não for suficiente, medicamentos chamados hipoglicêmiantes orais são utilizados. Eles aumentam a secreção de insulina no pâncreas, mas nem sempre são suficientes e a insulina pode ser necessária.

Estresse
Altos níveis de estresse e ter o que se chama de "personalidade tipo A" podem ser fatores de risco para doenças cardíacas. O estresse provoca liberação adrenérgica forçando seu coração a trabalhar mais e, com isso, aumentar sua pressão arterial e sua pulsação. Aprender a se acalmar, a diminuir o ritmo e a relaxar podem ajudar a diminuir os efeitos do estresse. Também é benéfico evitar a cafeína e a nicotina, além de incorporar algum tipo de exercício em sua rotina diária.

Estilo de vida sedentário
Ter um estilo de vida sedentário leva ao sobrepeso, que pode resultar em diabetes e na elevação da pressão arterial, ambos fatores de risco para as DC. Exercícios também podem abaixar os níveis de LDL e aumentar os de HDL, além de fortalecer o coração e aumentar não só sua eficiência, como a do uso de oxigênio pelo corpo. Pessoas que se exercitam, normalmente, possuem um pulso mais lento e, assim, forçam menos os seus corações.

Como funciona o coração

Todo sabemos que o coração é um órgão vital. Não podemos viver sem nosso coração. Porém, sendo muito direto, o coração é apenas uma bomba. Uma bomba importante e complexa, mas ainda assim, apenas uma bomba e, como qualquer outra bomba, pode entupir, quebrar e precisar de conserto. É por isso que é importante saber como funciona o coração. Com um pouco de conhecimento sobre o que é bom ou ruim para ele, você pode reduzir significativamente o risco de ter uma doença cardíaca.
As doenças cardíacas são a causa principal de mortes nos EUA e no Brasil 300 mil brasileiros morrem do coração todos os anos. Isso significa uma morte a cada 44 segundos. A boa notícia é que essa taxa está caindo. Infelizmente, as doenças cardíacas causam morte súbita e muitas pessoas morrem antes de chegar ao hospital.

O coração também tem um lugar especial em nossa psique coletiva. Ele é sinônimo de amor, mas tem outras associações também. Veja aqui alguns exemplos:

ter coração - ser piedoso
mudar o coração - mudar de idéia
saber algo de cor (de coração) - memorizar algo
coração partido - perder um amor
sentir do fundo do coração - sentir profundamente
ter um bom coração - ser bom
sem coração - maldoso
coração pesado - tristeza
ouvir seu coração - seguir sua intuição
Certamente nenhum outro órgão do corpo traz à tona tanto sentimento.
Neste artigo, estudaremos este órgão importante para que possamos entender o que faz seu coração bater.

O coração é músculo oco em forma de cone, localizado entre os pulmões e atrás do esterno (osso do peito). Dois terços do coração fica ao lado esquerdo da linha mediana do corpo e 1/3 à direita
O ápice (ponta final) aponta para baixo e para a esquerda. Ele tem 12 cm de comprimento, 8-9 cm de largura e 6 cm da frente para trás e é mais ou menos do tamanho do seu punho. O peso médio do coração de uma mulher é 250 g e de um homem 300 g. O coração representa menos de 0,5% do peso total do corpo.

Ele tem três camadas: a camada lisa, dentro do coração, é chamada endocárdio, a camada média do músculo cardíaco é chamada miocárdio, ele é rodeado por uma película chamada pericárdio.

Câmaras e válvulas
O coração é dividido em quatro câmaras: (veja a figura 2)

átrio direito (AD)
ventrículo direito (VD)
átrio esquerdo (AE)
ventrículo esquerdo (VE)
Cada câmara tem um tipo de válvula de uma direção em sua saída que evita que o sangue retorne. Quando cada câmara contrai, a válvula em sua saída abre. Quando a contração termina, a válvula fecha evitando que o sangue retorne na direção contrária.

a válvula tricúspide fica na saída do átrio direito.
a válvula pulmonar fica na saída do ventrículo direito.
a válvula mitral fica na saída do átrio esquerdo.
a válvula aórtica fica na saída do ventrículo esquerdo.
Quando o músculo cardíaco se contrai ou bate (chamada sístole), ele bombeia o sangue para fora do coração. O coração contrai em dois estágios. No primeiro estágio, os átrios se contraem ao mesmo tempo, bombeando o sangue para os ventrículos. Então os ventrículos se contraem juntos para empurrar o sangue para fora do coração. Depois o músculo cardíaco relaxa (chamada diástole) antes da próxima batida. Isso permite que o sangue preencha o coração novamente.

Os lados direito e esquerdo do coração têm funções separadas. O lado direito coleta sangue venoso (pobre em oxigênio) do coração e bombeia para os pulmões, onde o sangue pega oxigênio e libera dióxido de carbono. O lado esquerdo do coração coleta o sangue arterial (rico em oxigênio) dos pulmões e bombeia para o corpo, para que todas as células recebam oxigênio adequadamente.
Cada câmara tem um tipo de válvula de uma direção em sua saída que evita que o sangue retorne. Quando cada câmara contrai, a válvula em sua saída abre. Quando a contração termina, a válvula fecha evitando que o sangue retorne na direção contrária.

a válvula tricúspide fica na saída do átrio direito.
a válvula pulmonar fica na saída do ventrículo direito.
a válvula mitral fica na saída do átrio esquerdo.
a válvula aórtica fica na saída do ventrículo esquerdo.
Quando o músculo cardíaco se contrai ou bate (chamada sístole), ele bombeia o sangue para fora do coração. O coração contrai em dois estágios. No primeiro estágio, os átrios se contraem ao mesmo tempo, bombeando o sangue para os ventrículos. Então os ventrículos se contraem juntos para empurrar o sangue para fora do coração. Depois o músculo cardíaco relaxa (chamada diástole) antes da próxima batida. Isso permite que o sangue preencha o coração novamente.

Os lados direito e esquerdo do coração têm funções separadas. O lado direito coleta sangue venoso (pobre em oxigênio) do coração e bombeia para os pulmões, onde o sangue pega oxigênio e libera dióxido de carbono. O lado esquerdo do coração coleta o sangue arterial (rico em oxigênio) dos pulmões e bombeia para o corpo, para que todas as células recebam oxigênio adequadamente.
Cada câmara tem um tipo de válvula de uma direção em sua saída que evita que o sangue retorne. Quando cada câmara contrai, a válvula em sua saída abre. Quando a contração termina, a válvula fecha evitando que o sangue retorne na direção contrária.

a válvula tricúspide fica na saída do átrio direito.
a válvula pulmonar fica na saída do ventrículo direito.
a válvula mitral fica na saída do átrio esquerdo.
a válvula aórtica fica na saída do ventrículo esquerdo.
Quando o músculo cardíaco se contrai ou bate (chamada sístole), ele bombeia o sangue para fora do coração. O coração contrai em dois estágios. No primeiro estágio, os átrios se contraem ao mesmo tempo, bombeando o sangue para os ventrículos. Então os ventrículos se contraem juntos para empurrar o sangue para fora do coração. Depois o músculo cardíaco relaxa (chamada diástole) antes da próxima batida. Isso permite que o sangue preencha o coração novamente.

Os lados direito e esquerdo do coração têm funções separadas. O lado direito coleta sangue venoso (pobre em oxigênio) do coração e bombeia para os pulmões, onde o sangue pega oxigênio e libera dióxido de carbono. O lado esquerdo do coração coleta o sangue arterial (rico em oxigênio) dos pulmões e bombeia para o corpo, para que todas as células recebam oxigênio adequadamente.

Aqui está uma recapitulação do que já discutimos. O sangue do corpo flui:

para a veia cava superior e inferior
então para o átrio direito
pela válvula tricúspide
para o ventrículo direito
pela válvula pulmonar
para a artéria pulmonar
para os pulmões

O sangue pega oxigênio nos pulmões e vai:
para as veias pulmonares
para o átrio esquerdo
pela válvula mitral
para o ventrículo esquerdo
pela válvula aórtica
para a aorta
para o corpo

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