quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Efeitos cardiovasculares do envelhecimento

O envelhecimento aumenta a rigidez da parede torácica, diminui o fluxo sangüíneo através dos pulmões e reduz a força dos batimentos cardíacos. De fato, o índice cardíaco máximo por minuto diminui anualmente e pode ser estimado subtraindo-se sua idade de 220, no entanto, não se preocupe muito com isso. Seu coração bombeia mais sangue por batimento para compensar a diminuição do índice cardíaco.

Pessoas mais velhas demoram mais para se recuperar de estresse, choque ou surpresa. Após esforço, como um exercício, mais tempo se passa antes que seu corpo retorne ao índice cardíaco e à pressão sangüínea de repouso. Pessoas mais velhas geralmente sentem mais frio que as mais jovens principalmente devido à diminuição da circulação. Os vasos sangüíneos também mudam. As paredes arteriais lentamente engrossam e se tornam menos elásticas, aumentando sua vulnerabilidade ao desgaste normal.

Considera-se normal o engrossamento da artérias, mas isso pode predispor você a um acúmulo de placas dentro das artérias. As placas restringem o fluxo do sangue para o coração e o cérebro, o que pode levar a um ataque do coração ou acidente vascular cerebral.

O acúmulo de placas aumenta com a idade, mas é agravado por níveis de colesterol total elevados e por níveis de LDL elevados (lipoproteínas de baixa densidade, o colesterol "ruim") no sangue. Uma dieta rica em gorduras saturadas e colesterol, assim como uma baixa ingestão de fibras, aliadas a uma vida sedentária contribuem para altos níveis de colesterol total e colesterol LDL no sangue.

Até por volta dos 50 anos, os homens têm concentrações mais altas de colesterol no sangue do que as mulheres. Acredita-se que isso seja o resultado da função protetora do estrogênio, um hormônio feminino que ajuda a manter os níveis de colesterol do sangue sob controle. Mesmo quando os níveis de estrogênio caem e os níveis de colesterol do sangue aumentam após a menopausa, as mulheres ainda correm um risco menor de ataque cardíaco em razão das artérias obstruídas do que os homens.

Como não sofrem os mesmos danos dos altos níveis de colesterol dos homens, as mulheres sofrem ataques cardíacos e AVCs, em média, dez anos mais tarde na vida do que os homens. Quando a menopausa começa, porém, o risco de uma mulher ter ataque cardíaco e AVC aumenta significantemente a cada ano. Cerca de 40 a 50% das pessoas acima dos 65 têm hipertensão, porém os cientistas ainda não sabem o motivo ao certo.

Em cerca de 95% dos casos a causa permanece um mistério. A diminuição da elasticidade dos vasos sangüíneos quando envelhecemos pode ser, pelo menos parcialmente, responsável pela hipertensão, mas o estilo de vida também pode ser igualmente, se não mais, responsável. Estudos mostram que países menos avançados tecnologicamente não apresentam hipertensão com o avanço da idade, ao passo que as nações industrializadas, como os Estados Unidos, mostram um forte aumento.

Por que isso interessa? A pressão sangüínea elevada prejudica os vasos sangüíneos. Você pode se sentir bem, mas uma pressão sangüínea descontrolada é uma condição que o coloca na faixa de risco para AVCs, doenças cardíacas, disfunções renais e outras doenças.

Na próxima seção, aprenda sobre os efeitos gastronômicos do envelhecimento.
Envelhecimento e temperatura corpórea


Nem tão quente nem tão frio? À medida que envelhecemos, perdemos parte de nossa capacidade de regular a temperatura corpórea. Uma sala em que um jovem de vinte anos esteja usando um pulôver pesado ou suando em bicas pode ser perfeitamente confortável para um avô. As mudanças físicas discutidas anteriormente, como a perda muscular, assim como a produção de energia reduzida, são parcialmente responsáveis pela percepção diminuída do frio.
Além disso, os vasos sangüíneos na pele não têm a mesma habilidade da juventude para conservar o calor e você pode não estar apto a tremer, o que produz calor.

Pessoas mais velhas também não têm a habilidade de dissipar o calor do corpo de maneira normal e, devido à diminuição da sede são mais propensos a sofrer de falta de fluido. A doença da tireóide, que é mais comum em adultos mais velhos, também pode ser responsável por insensibilidade térmica.

Todas essas mudanças tornam as pessoas mais velhas mais suscetíveis tanto à hipotermia (condição na qual a temperatura do corpo cai abaixo de 35°C) quanto à insolação. Ambas as condições ameaçam a vida.

Pessoas com 75 anos ou mais têm cinco vezes mais probabilidade de morrer de hipotermia do que pessoas jovens. Os sintomas da hipotermia incluem sonolência, confusão, rigidez de pernas ou braços, fala lenta e indistinta e pulsação baixa.

A insolação é fatal para 10% das pessoas mais velhas que adquirem essa condição. Os sintomas da insolação incluem temperatura alta, alterações na função mental e respiração e batimentos cardíacos rápidos

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