quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Efeitos sensoriais do envelhecimento

O envelhecimento também pode danificar seus cinco sentidos. Leia para aprender como a visão, a audição e mesmo o paladar podem se deteriorar com a idade.
Visão e envelhecimento


Você está segurando o jornal no comprimento do braço? Apertando os olhos ao ler documentos com letras pequenas? Você precisa de mais luz para enxergar claramente? Cada década vivida acrescenta mudanças que enfraquecem a visão, incluindo a lenta perda da habilidade de focar objetos próximos ou letras pequenas.

A presbiopia, o motivo mais comum para o uso de óculos de leitura, caracteriza-se pela diminuição da capacidade de focar objetos próximos. Geralmente essa condição surge por volta dos 40 anos, mas freqüentemente se desenvolve décadas antes disso.

Algumas das mudanças visuais relacionadas à idade são óbvias, ao passo que outras passam despercebidas até que a visão esteja limitada de alguma forma. Por exemplo, os tecidos ao redor dos olhos perdem seu tônus, e também ocorre perda de gordura, o que resulta na queda das pálpebras superiores e da parte interna e externa da pálpebra inferior.

Por outro lado, a catarata, que embaça a visão evitando que a luz atinja o cristalino do olho, raramente é detectável porque se forma lentamente, não provoca dor e não resulta em vermelhidão ou lacrimejamento do olho. Com os anos, a íris, a parte colorida do globo ocular, perde a flexibilidade.

Suas pupilas (os círculos pretos da íris que respondem à luz) ficam menores e a lente do cristalino começa a acumular substâncias amarelas, possivelmente como resultado da exposição à luz solar. Essas mudanças predispõem ao glaucoma, resultado da pressão excessiva dentro do globo ocular, o que pode levar à perda de visão ou cegueira. Ninguém conhece a causa do glaucoma, mas ele ocorre com mais freqüência em idosos, afro-americanos e pessoas com histórico familiar da doença.

O glaucoma basicamente não apresenta sintomas, até que seja tarde demais. Depois que o glaucoma danifica o nervo óptico, responsável por transmitir as informações visuais do olho para o cérebro, você passa do ponto de tratamento. É por isso que a Fundação do Glaucoma recomenda teste de glaucoma de quatro em quatro anos até os 45 anos e de dois em dois anos depois disso. Faça o teste de dois em dois anos independentemente da idade se:

você é descendente de afro-americanos
há ocorrência de glaucoma em sua família
você é míope
você tem hipertensão
você usa cortisona há muito tempo
A diminuição do fluxo sangüíneo para a retina, o tecido fino como papel que reveste a parte de trás do globo ocular, pode levar à degeneração macular. A degeneração macular destrói, de maneira acentuada, a visão central.

Audição e envelhecimento


Você já se pegou falando "o quê?" muitas vezes? Talvez você não goste tanto de multidões desde que passou a não detectar tão bem as nuanças das conversas. A perda de audição é uma das reclamações mais comuns do envelhecimento, especialmente para homens, que são mais propensos a ela com o tempo.

O envelhecimento produz uma perda de audição progressiva em todas as freqüências, conhecida como presbiacusia. Após os 55 anos, sua habilidade de detectar alterações no tom dos sons cai drasticamente, o que pode tornar sua fala menos compreensível para os outros. Além disso, as paredes de seu canal auditivo se afinam e a produção de cera diminui.

Seu tímpano engrossa. Você pode até ter artrite nas juntas que conectam os ossos localizados no canal interno. Ninguém sabe ao certo, porém, se essas mudanças na audição podem ser atribuídas ao processo de envelhecimento. É certo, contudo, que a perda de células capilares é o que mais diminui a audição.

As células capilares fazem parte do ouvido interno, que ajuda a transmitir impulsos para um nervo que os transfere para seu cérebro para que sejam processados. Danos em nervos, ferimentos e exposição a ruído alto e a certos medicamentos podem causar a perda das células capilares.

Envelhecimento e paladar

Você deve agradecer a seu nariz pelo sentido do paladar, apesar das milhares de papilas gustativas existentes em sua língua: elas apenas detectam quatro dos milhares de possíveis sabores nos alimentos.

A língua reconhece apenas os sabores doce, salgado, amargo e azedo. É por isso que a degustação do alimento é limitada sem um sentido olfativo saudável. Quando você mastiga alimentos e ingere bebidas, seus aromas são liberados em sua boca.

A saliva dissolve as substâncias que produzem o sabor no alimento e na bebida que entram em contato com as papilas gustativas de sua língua. Mais importante ainda, os compostos de sabor dissolvidos vão para a parte de trás de sua garganta, indo para as células receptoras em seu nariz. A partir daí, os nervos transmitem as mensagens de sabor ao cérebro, permitindo que você os perceba e os aprecie.

Se você está tendo problemas para saborear a comida, isso é em decorrência do olfato diminuído. O tempo diminui seu olfato, mas geralmente não antes de você atingir 60 anos, mas isso varia de pessoa para pessoa. Cerca de metade dos adultos acima dos 65 anos sofre alguma diminuição no olfato. Por outro lado, seu paladar para alimentos doces, salgados, amargos ou azedos pode permanecer incrivelmente intacto até você atingir os 70 anos.

Uma deficiência de zinco também pode causar uma diminuição do paladar. A suplementação de zinco pode ajudar se você tem uma deficiência. As infecções ameaçam o olfato e, como resultado, sua capacidade de saborear alimentos. Alguns dos danos da gripe, resfriado ou hepatite podem ser permanentes. Mais freqüentemente, doenças agudas, incluindo infecções e alergias sazonais, bloqueiam aromas das células receptoras que transmitem as informações de sabor para o cérebro.

Como resultado, você não tem tanta capacidade de sentir os sabores da comida. As pílulas que você ingere todos os dias para controlar condições médicas como pressão alta e artrite podem afetar o paladar, principalmente porque atingem as áreas do cérebro em que você percebe os sabores. As drogas quimioterápicas e a radiação de cabeça e pescoço também ameaçam a percepção do paladar, às vezes permanentemente.

Efeitos metabólicos do envelhecimento

Conforme você envelhece, é normal ganhar peso, certo? Isso pode ser normal (se você definir "normal" como "comum"), mas não é desejável e também não é uma coisa inevitável. Muito provavelmente você está pesando mais do que estava há dez anos. Ou talvez sua cintura tenha aumentado, mas a proporção permaneça a mesma.

Entender o que acontece com o peso à medida que seu corpo envelhece o ajudará a controlá-lo. A partir dos 25 anos, a gordura total do corpo começa a aumentar, ao passo que a massa muscular e a água do corpo diminuem. Como resultado, você pode pesar mais com a idade e perder parte do tônus muscular de sua juventude.

Por que há um declínio da massa muscular? Uma taxa metabólica basal mais lenta (BMR) é a culpada. A BMR é o número de calorias que você queima diariamente para alimentar funções involuntárias do corpo, como os batimentos cardíacos, função cerebral e digestão. A BMR depende da composição do corpo. Quanto mais músculos você tiver, mais calorias você queima, 24 horas por dia. É por isso que o músculo é um tecido de alta manutenção e requer mais calorias que a gordura para se sustentar.

O declínio na massa muscular que começa por volta dos 25 anos, juntamente com um declínio no nível de atividade, significa que você precisa de menos calorias aos 60 anos do que precisava aos 10. Por exemplo, o BMR de um homem com 90 quilos é de cerca de 1.930 calorias por dia entre 18 e 30 anos.

Após os 60, seu corpo precisa de cerca de 350 calorias a menos para manter seu peso e boa saúde. Se você ainda está comendo como um adolescente aos 60 e não aumentou sua atividade física, definitivamente você está engordando.

Para as mulheres, a menopausa geralmente significa ganho de peso. Quando os ovários param de produzir o hormônio estrogênio, a massa muscular pode diminuir a ponto de reduzir o BMR. Quando isso ocorre, as mulheres ganham uma significante quantidade de gordura, geralmente no abdômen, mesmo sem consumir mais calorias.

Falando do abdômen, o local onde você armazena a gordura extra, ele também afeta sua saúde.

Se você tem a forma de uma maçã (gordura concentrada no meio do corpo), tem mais chance de ter doenças cardíacas do que se você tiver a forma de uma pêra (peso extra ao redor de seus quadris e nádegas). O peso em excesso em qualquer local também aumenta as chances de desenvolvimento de certos cânceres e diabetes e isso também agrava a artrite nos quadris e joelhos.

Alterações respiratórias
Com o envelhecimento, seus pulmões se tornam menos elásticos e a parede torácica do peito enrijece. Além disso, a expansão de sua traquéia contribui para uma diminuição da superfície de seus pulmões. Você não consegue tossir com tanta força, o que também diminui sua capacidade de expulsar germes de seus pulmões. É por isso que as pessoas mais velhas são mais propensas a infecções respiratórias, como resfriados, por exemplo.

Se você já fumou, seu potencial respiratório é reduzido em seus últimos anos. Adultos mais velhos também têm alguma dificuldade para engolir, o que aumenta as chances de aspirar partículas de comida e outras substâncias para dentro dos pulmões. A aspiração é uma causa comum de pneumonia em adultos mais velhos.

A capacidade e o funcionamento dos pulmões decresce com o tempo e isso significa que você pode se sentir mais ofegante após subir um lance de escadas ou após uma caminhada hoje do que há 20 anos. A boa notícia é que exercícios minimizam algumas das mudanças nos pulmões e no sistema respiratório inteiro.

Idosos fisicamente ativos, praticantes de exercícios aeróbicos regulares como caminhadas e ciclismo, mantêm uma capacidade aeróbica melhor do que a de seus colegas que não se exercitam, e melhor do que a de pessoas mais jovens, porém sedentárias. De fato, pessoas idosas bem condicionadas podem atingir níveis de desempenho pulmonar que excedem o de pessoas muito mais jovens. A perda de função pulmonar é um grande prognóstico de doença e morte de adultos mais velhos.

Exercite sua perspicácia
Se novas situações o deixam desconfortável, talvez você deva se exercitar mais freqüentemente. Qual é a conexão? Com a idade, o cérebro precisa de mais tempo para processar novas informações; assim, você pode evitar situações não familiares em prol do conforto. Isso, porém, limita seu mundo.

O exercício regular pode ajudá-lo a expandir seus horizontes. Estudos mostram que quanto mais fisicamente condicionados os idosos estão, mais eles toleram situações novas. O condicionamento físico o ajuda a reagir mais rapidamente a novas situações, novos rostos ou um novo ajuste social, talvez se adaptando tão rapidamente quanto alguém bem mais jovem.

Efeitos imunológicos do envelhecimento

O sistema imunológico é como um exército maciço em prontidão, defendendo o corpo 24 horas por dia. Uma rede sofisticada de células e órgãos situados ao redor do corpo protege você de invasores como bactérias, vírus, fungos e parasitas.

Essa rede produz e hospeda os materiais para a defesa contra qualquer ameaça à boa saúde, incluindo a produção celular descontrolada que pode evoluir para um tumor cancerígeno. O que o sistema imunológico não consegue repelir, ele busca e destrói.

Se o sistema imunológico é um exército, as células brancas são os soldados. As células brancas e os anticorpos produzidos por elas são as máquinas do sistema imunológico. Elas realizam seu percurso pela corrente sangüínea. Quando os invasores entram no corpo ou quando células mutantes se formam, seu corpo arma a defesa gerando um anticorpo específico.

Os anticorpos são produzidos pelas células brancas que residem em seu baço e em seus nódulos linfáticos. Um anticorpo pode exterminar germes e células ruins ou pode destiná-las à destruição por um tipo de células brancas chamadas macrófagos, responsáveis por envolver e destruir células indesejadas.

O envelhecimento diminui a imunidade, prejudicando a produção de anticorpos do corpo. Menos anticorpos significa um sistema imunológico mais lento para responder a elementos estranhos e a potenciais células cancerígenas.

Existe um órgão pouco comentado que os cientistas dizem que pode ser a chave para a preservação da função imunológica: é o timo, que infelizmente diminui com o avanço da idade. Quando você nasce, o timo pesa cerca de 200 gramas, mas ele encolhe para uma fração de grama aos 60 anos. Em resumo, ele praticamente desaparece.

Podemos, porém, precisar do timo para ajudar a evitar que nosso sistema imunológico se deteriore. O timo produz hormônios que podem ser responsáveis por manter nosso sistema imunológico intacto, assim como estimular e controlar a produção de neurotransmissores, mensageiros químicos que servem como intermediários entre as células nervosas.

O tempo também traz com ele sutis mudanças no corpo que podem confundir seu sistema imunológico. Essa confusão resulta na produção de anticorpos contra o próprio corpo, já que ele acredita que suas próprias células podem ser uma ameaça a seu bem-estar. Em essência, o envelhecimento aumenta as chances do corpo de se voltar contra ele mesmo e destruir seus próprios tecidos. Doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide ou lúpus, podem ser o resultado.

Efeitos gastronômicos do envelhecimento

Você pode não considerar sua boca como sendo parte do sistema gastrointestinal, mas, ela é o ponto inicial do processo pelo qual você digere alimentos e absorve nutrientes. À medida que você envelhece, a mastigação pode ser tornar mais difícil: você pode mastigar mais lentamente e não mastigar seu alimento tão eficientemente. E isso acontece especialmente se você usa dentaduras ou tem uma dentição precária.

A mastigação, porém, é importante porque tritura o alimento para que o ácido estomacal e as enzimas do intestino possam digeri-lo em seus menores componentes para que sejam absorvidos pelo intestino. Quando você engole pedaços maiores de alimento, são necessários cerca de 50 a 100% a mais de tempo para ele chegar ao estômago porque seu esôfago, que conecta sua boca ao estômago, não se contrai com tanta força como quando você era mais jovem.

Como resultado, você fica mais vulnerável a engasgamentos. Mastigar os alimentos lenta e completamente ajudará a eliminar alguns dos problemas causados por engolir grandes pedaços de alimento. Até 30% dos americanos acima dos 60 anos não produzem ácido estomacal suficiente devido a dois fatores: gastrite hipotrófica (produção reduzida de ácido estomacal) ou gastrite atrófica (a ausência de ácido estomacal).

Pouco ácido estomacal resulta na falha de absorção da vitamina B12. Uma deficiência de vitamina B12 em sua corrente sangüínea e tecidos pode levar à anemia perniciosa e danos irreversíveis ao sistema nervoso, contribuindo para altos níveis de homocisteína no sangue. A homocisteína alta é um dos fatores de risco para doenças cardíacas.

Pessoas acima dos 60 anos correm mais riscos de desenvolver cálculo biliar, talvez em razão do estreitamento do duto da bile na abertura do intestino. Uma dieta altamente gordurosa aumenta os riscos. Quando você digere gordura, precisa de bile, uma substância produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Os cálculos biliares se formam quando o líquido armazenado na vesícula biliar se enrijece e forma materiais duros como pedra.

À medida que você envelhece, produz menos lactase, a enzima digestiva que quebra o carboidrato em produto lácteo conhecido como lactose. É difícil dizer quantas pessoas mais velhas têm intolerância a produtos como leite, queijo e sorvete. Se você, contudo, apresenta inchaço e desconforto que começam horas após ingerir laticínios, provavelmente tem uma tolerância diminuída à lactose.

A intolerância à lactose é individual. É por isso que você pode ser capaz de tolerar alguns laticínios e outros, não. Por exemplo, muitas pessoas com intolerância à lactose podem tomar iogurte, que tem menos lactose do que um copo de leite. Além disso, o consumo de leite ou outros laticínios juntamente com o alimento ajuda a diminuir os efeitos da intolerância à lactose, assim como consumir pequenas quantidades por vez.

À medida que você envelhece, seu intestino (particularmente seu cólon) pode se tornar mais lento e menos tonificado. Uma em cada três pessoas com 60 anos ou mais tem diverticulite, que são bolsas no revestimento do intestino grosso. Essas bolsas são o resultado da pressão aumentada dentro do intestino, causada pela diminuição do tônus muscular. Além disso, quando seu intestino se torna mais lento, você se torna mais vulnerável à constipação.

Seu fígado é o maior órgão interno, pesando cerca de 1,5 quilo. No entanto, ele fica menor com o tempo, por volta dos 50 anos. O encolhimento do fígado começa ao mesmo tempo que o peso do corpo e a massa muscular iniciam seu declínio. Em idade bem avançada, contudo, o fígado se torna desproporcionalmente pequeno. Ter menos tecido de fígado e fluxo sangüíneo diminuído para esse órgão significa que seu corpo pode lidar com certos medicamentos diferentemente.

É por isso que, quanto mais você envelhece, mais freqüentemente você e seu médico devem avaliar o efeito de todos os medicamentos que você ingere e discutir a ingestão de álcool.

Você não pode viver sem seu fígado, mas provavelmente sabe muito pouco sobre por que ele é tão importante. O fígado:

produz a bile, que ajuda a digerir gordura;


ajuda a determinar a quantidade de nutrientes enviados para o restante de seu corpo;


armazena glicogênio, um carboidrato complexo convertido em açúcar e liberado dentro da corrente sangüínea, proporcionando combustível para seu corpo quando o nível de açúcar do sangue cai;


sintetiza muitas proteínas;


processa drogas que foram absorvidas pelo trato digestivo em formas fáceis de o corpo usar;


desintoxica e se livra de substâncias que poderiam ser venenosas, como os produtos residuais da quebra de medicamentos e álcool.
Com o tempo, você pode se infectar com Helicobacter pylori (H. pylori): uma bactéria irritante que se fixa no revestimento do estômago e é a causa de quase todas as úlceras. As úlceras são feridas ou buracos no revestimento do estômago ou duodeno, uma parte do intestino delgado. Elas causam dor quando o estômago está vazio, como entre as refeições e nas primeiras horas da manhã, mas a irritação pode surgir a qualquer momento.
Às vezes, a dor dura minutos; outras vezes, pode durar horas. Comer ou ingerir antiácido pode aliviar a dor, mas somente temporariamente. A H. Pylori infecta cerca de 60% dos adultos americanos por volta dos 60 anos, mas a infecção com a bactéria não necessariamente significa que você desenvolverá uma úlcera.

No entanto, a presença da H. Pylori aumenta as chances de desenvolver a úlcera, porque enfraquece a mucosa protetora que reveste o trato digestivo e a torna vulnerável aos efeitos corrosivos do ácido estomacal. A infecção por H. pylori é facilmente curada com antibióticos, às vezes em combinação com medicamentos ácido-supressores, que aliviam os sintomas e curam a úlcera.

Como você sabe se a H. pylori o infectou? Seu médico pode usar qualquer um dos seguintes testes para diagnosticar a infecção por H. pylori:

exames de sangue: um exame de sangue pode confirmar a infecção por H. pylori;


teste de hálito: esse teste envolve ingerir um líquido inofensivo e extrair uma amostra de seu hálito uma hora depois para detectar a H. pylori;


endoscopia: um pequeno tubo (chamado endoscópio) com uma câmera dentro é inserido através de sua boca, para dentro do estômago para procurar úlceras. Durante esse procedimento, pequenas amostras do revestimento do estômago podem ser obtidas para testes de H. pylori.
Você tem dois deles e eles são um par bastante ocupado: os rins. Todo o sangue de seu corpo é constantemente filtrado pelos rins, que determina quais elementos devem ser mantidos e quais devem ser eliminados na urina. Sem o funcionamento adequado dos rins, você não consegue se livrar de subprodutos tóxicos do metabolismo normal ou daqueles oriundos da interrupção de medicação.
E também não conseguiria regular o equilíbrio de água e pressão sangüínea. Na realidade, os rins também participam da saúde dos ossos, finalizando a produção de vitamina D que se inicia na pele e regulando a perda de cálcio e fósforo na urina.

Quando você nasce, cada rim pesa apenas pouco mais de 45 gramas. À medida que você cresce, eles também crescem e atingem cerca de 150 gramas cada um. À medida que você envelhece, porém, eles começam a diminuir de tamanho. Aos 80 anos, eles encolhem para cerca de 100 gramas cada um. Gradualmente os rins também se tornam menos eficientes na filtragem do sangue e na produção de urina (começando por volta dos 30 anos). E, ao envelhecer, menos sangue alcança os rins.

Enquanto os cientistas concordam que a função dos rins decai com a idade, eles não conseguem concordar sobre as razões que levam a isso. Isso pode ocorrer em razão da perda de néfrons (células dos rins), o que diminui as capacidades dos órgãos. Alguns dizem que infecções não detectadas, ferimentos e reações à medicação e um decréscimo no fluxo sangüíneo causado por doença vascular podem ser razões para a diminuição da função dos rins.

Seja qual for a causa, você pode preservar a função dos rins ingerindo grandes quantidades de fluidos, controlando ao máximo as doenças cardiovasculares, incluindo hipertensão e os níveis de glicose do sangue, especialmente se você for diabético. A ocorrência crônica de altas taxas de glicose no sangue destrói os finos vasos sangüíneos que alimentam os rins, causando danos às células e morte.

Efeitos cardiovasculares do envelhecimento

O envelhecimento aumenta a rigidez da parede torácica, diminui o fluxo sangüíneo através dos pulmões e reduz a força dos batimentos cardíacos. De fato, o índice cardíaco máximo por minuto diminui anualmente e pode ser estimado subtraindo-se sua idade de 220, no entanto, não se preocupe muito com isso. Seu coração bombeia mais sangue por batimento para compensar a diminuição do índice cardíaco.

Pessoas mais velhas demoram mais para se recuperar de estresse, choque ou surpresa. Após esforço, como um exercício, mais tempo se passa antes que seu corpo retorne ao índice cardíaco e à pressão sangüínea de repouso. Pessoas mais velhas geralmente sentem mais frio que as mais jovens principalmente devido à diminuição da circulação. Os vasos sangüíneos também mudam. As paredes arteriais lentamente engrossam e se tornam menos elásticas, aumentando sua vulnerabilidade ao desgaste normal.

Considera-se normal o engrossamento da artérias, mas isso pode predispor você a um acúmulo de placas dentro das artérias. As placas restringem o fluxo do sangue para o coração e o cérebro, o que pode levar a um ataque do coração ou acidente vascular cerebral.

O acúmulo de placas aumenta com a idade, mas é agravado por níveis de colesterol total elevados e por níveis de LDL elevados (lipoproteínas de baixa densidade, o colesterol "ruim") no sangue. Uma dieta rica em gorduras saturadas e colesterol, assim como uma baixa ingestão de fibras, aliadas a uma vida sedentária contribuem para altos níveis de colesterol total e colesterol LDL no sangue.

Até por volta dos 50 anos, os homens têm concentrações mais altas de colesterol no sangue do que as mulheres. Acredita-se que isso seja o resultado da função protetora do estrogênio, um hormônio feminino que ajuda a manter os níveis de colesterol do sangue sob controle. Mesmo quando os níveis de estrogênio caem e os níveis de colesterol do sangue aumentam após a menopausa, as mulheres ainda correm um risco menor de ataque cardíaco em razão das artérias obstruídas do que os homens.

Como não sofrem os mesmos danos dos altos níveis de colesterol dos homens, as mulheres sofrem ataques cardíacos e AVCs, em média, dez anos mais tarde na vida do que os homens. Quando a menopausa começa, porém, o risco de uma mulher ter ataque cardíaco e AVC aumenta significantemente a cada ano. Cerca de 40 a 50% das pessoas acima dos 65 têm hipertensão, porém os cientistas ainda não sabem o motivo ao certo.

Em cerca de 95% dos casos a causa permanece um mistério. A diminuição da elasticidade dos vasos sangüíneos quando envelhecemos pode ser, pelo menos parcialmente, responsável pela hipertensão, mas o estilo de vida também pode ser igualmente, se não mais, responsável. Estudos mostram que países menos avançados tecnologicamente não apresentam hipertensão com o avanço da idade, ao passo que as nações industrializadas, como os Estados Unidos, mostram um forte aumento.

Por que isso interessa? A pressão sangüínea elevada prejudica os vasos sangüíneos. Você pode se sentir bem, mas uma pressão sangüínea descontrolada é uma condição que o coloca na faixa de risco para AVCs, doenças cardíacas, disfunções renais e outras doenças.

Na próxima seção, aprenda sobre os efeitos gastronômicos do envelhecimento.
Envelhecimento e temperatura corpórea


Nem tão quente nem tão frio? À medida que envelhecemos, perdemos parte de nossa capacidade de regular a temperatura corpórea. Uma sala em que um jovem de vinte anos esteja usando um pulôver pesado ou suando em bicas pode ser perfeitamente confortável para um avô. As mudanças físicas discutidas anteriormente, como a perda muscular, assim como a produção de energia reduzida, são parcialmente responsáveis pela percepção diminuída do frio.
Além disso, os vasos sangüíneos na pele não têm a mesma habilidade da juventude para conservar o calor e você pode não estar apto a tremer, o que produz calor.

Pessoas mais velhas também não têm a habilidade de dissipar o calor do corpo de maneira normal e, devido à diminuição da sede são mais propensos a sofrer de falta de fluido. A doença da tireóide, que é mais comum em adultos mais velhos, também pode ser responsável por insensibilidade térmica.

Todas essas mudanças tornam as pessoas mais velhas mais suscetíveis tanto à hipotermia (condição na qual a temperatura do corpo cai abaixo de 35°C) quanto à insolação. Ambas as condições ameaçam a vida.

Pessoas com 75 anos ou mais têm cinco vezes mais probabilidade de morrer de hipotermia do que pessoas jovens. Os sintomas da hipotermia incluem sonolência, confusão, rigidez de pernas ou braços, fala lenta e indistinta e pulsação baixa.

A insolação é fatal para 10% das pessoas mais velhas que adquirem essa condição. Os sintomas da insolação incluem temperatura alta, alterações na função mental e respiração e batimentos cardíacos rápidos

Efeitos anatômicos do envelhecimento

Os ossos enganam: por fora, parecem duros e estagnados, porém, eles são muito afetados com a atividade. Seu exterior duro esconde uma vasta rede de vasos sangüíneos que transportam nutrientes para as células ósseas e extraem resíduos delas. Os ossos estão constantemente sendo remodelados: estão em um ciclo contínuo de desgaste e renovação até o dia de sua morte.

O problema é que, com o passar do tempo, você perde mais osso do que produz. Como resultado, os ossos se afinam e começam a ficar cada vez mais suscetíveis a fraturas. Como esse processo se acelera após os 50 anos, a osteoporose se torna mais comum. A osteoporose é uma condição de perda óssea progressiva dolorosa, desfigurante e debilitante.

Ela enfraquece os ossos a ponto de as fraturas ocorrerem facilmente. Mesmo tossir, puxar uma porta de armário e, especialmente, levar uma queda pode causar uma fratura nas pessoas que sofrem de osteoporose avançada. Alguma perda óssea com a idade é inevitável, mas o índice dessa perda é diferente em cada indivíduo.

A genética desempenha seu papel no desenvolvimento da osteoporose: mulheres caucasianas e asiáticas são mais propensas a desenvolver osteoropose, assim como aquelas que têm parentes com a doença. A menopausa também é culpada: a perda óssea se acelera cerca de cinco anos após a menopausa.

Maus hábitos, como o fumo e o uso excessivo de álcool, também contribuem para a perda óssea, assim como um estilo de vida sedentário e a ingestão inadequada de cálcio e vitamina D. Certos medicamentos, como drogas parecidas com a cortisona e a colestiramina (droga usada para abaixar os níveis de colesterol do sangue) também aceleram a perda óssea, assim como algumas condições médicas, como a artrite reumatóide.

Muitas pesquisas, porém, provam que realizar exercícios de sustentação de peso regularmente, como caminhar e levantar pesos, além da ingestão de uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D pode manter os ossos fortes por mais tempo, formando ossos e reduzindo o risco de osteoporose, mesmo nas pessoas mais velhas.

Se você acha que está ficando mais baixo, provavelmente está certo. Todas as pessoas encolhem com a idade. Somos mais altos ao final dos 40 anos, depois perdemos até cinco centímetros de altura por volta dos 80 anos. A perda na altura é gradual, mas se acelera no fim da vida. Por que ficamos mais baixos com a idade? Existe uma série de razões, incluindo músculos mais fracos, perda de água, mudanças de postura e deterioração dos discos esponjosos que separam as vértebras em nossa espinha dorsal, causando uma compressão da espinha.

As mulheres tendem a perder mais altura que os homens porque são vítimas mais freqüentes da osteoporose, o que resulta na perda de tecido ósseo nas vértebras da coluna vertebral, comprimindo-a e tornando-a mais curta. Por isso é tão importante manter a saúde e a força dos ossos durante toda a vida. Sentar-se corretamente também é muito importante.

As juntas se tornam menos resistentes ao desgaste com o tempo. Isso ocorre, em parte, devido às alterações na cartilagem, o tecido que amortece as extremidades dos ossos em suas juntas. O envelhecimento provoca a perda de água das cartilagens, tornando-as mais vulneráveis a ferimentos em razão de movimentos repetitivos e estresse.

A artrite é caracterizada por dor e rigidez nas juntas e, em algumas formas, inchaço, vermelhidão e calor. É uma doença que se torna mais comum com a passagem de cada década. A osteoartrite, a forma mais comum de artrite, ocorre quando a cartilagem começa a se desgastar e se decompor. A osteoartrite geralmente ocorre na coluna vertebral, nos quadris, joelhos e mãos.

Transportar peso em excesso agrava a osteoartrite nos joelhos e quadris, que suportam o peso. De fato, o sobrepeso aumenta o risco de desenvolver osteoartrite. A atividade física regular pode ajudar a reduzir a dor e rigidez nas juntas e a aumentar a flexibilidade, a força muscular e a resistência.

Você pode ter notado que não consegue erguer tanto peso quanto conseguia há cinco ou dez anos. O envelhecimento causa uma diminuição na força, no tamanho e na resistência do tecido muscular, talvez em parte, devido à diminuição do fluxo sangüíneo para o tecido muscular. Não atribua, contudo, a força e o tônus diminuídos à idade: a inatividade causa muito mais danos aos músculos do que o tempo.

Sentar-se acelera a perda muscular. Os especialistas dizem que a perda de força e vigor que atribuímos à idade é, em parte, causada pela redução da atividade física. Aos 75 anos, um a cada três homens e metade das mulheres não fazem exercícios regulares, o que agrava a perda muscular causada pela idade.

A pele é composta de duas camadas principais: a epiderme, a camada exterior da pele, e a derme, que se encontra diretamente abaixo da epiderme e da qual se originam as glândulas dos pêlos e o suor. As células dérmicas e epidérmicas diminuem com o envelhecimento. A derme, de fato, afina cerca de 20% e o suprimento de sangue para ela cai com o tempo. As rugas se desenvolvem, principalmente em razão da perda de colágeno, proteína que age como um cimento que mantém as células juntas.
Quando ela acaba, a elasticidade também acaba e ela é a propriedade que oferece resiliência à pele, que ajuda a evitar linhas de expressão ao sorrir e rugas ao redor da boca. A exposição ao sol também contribui muito para o desenvolvimento de rugas. De fato, o sol causa o maior dano à pele, incluindo "manchas de senilidade" marrons e cânceres de pele.

À medida que a pele afina e perde elasticidade, torna-se mais frágil, ferindo-se e rompendo-se mais facilmente e demorando mais para se curar. A perda de algumas glândulas de suor e de óleo da derme pode resultar em pele cronicamente seca. O afinamento da pele também compromete sua capacidade de agir como uma barreira às infecções. Os ferimentos de pele, mais comuns com a idade, também aumentam a vulnerabilidade a infecções.

Sem contar a estética, o afinamento da pele também tem implicações para sua saúde. Sua pele participa da produção de vitamina D do corpo. A vitamina D é parceira do cálcio na manutenção de ossos fortes. Ela começa a agir na pele exposta à luz ultravioleta forte.

Como a pele envelhecida tem capacidade limitada de iniciar a produção de vitamina D, a deficiência de vitamina D é mais comum em pessoas mais velhas, especialmente aquelas que moram em climas do norte, em que o sol é muito fraco para formar a vitamina D durante metade do ano. Aplicar um protetor solar com fator de proteção (SPF) 8 ou mais alto ajuda a proteger sua pele, mas bloqueia os raios ultravioleta tão necessários.
Na próxima seção, aprenda sobre os efeitos cardiovasculares do envelhecimento e como lidar com eles.

O cérebro e o líquido cefalorraquidiano

O cérebro é o centro de controle do corpo. Ele envia mensagens a todas as partes do corpo e recebe estímulo das mesmas. Mais de 10 bilhões de células cerebrais interligadas comandam o funcionamento do corpo dia e noite.

Áreas diferentes do cérebro controlam diferentes funções do corpo. Atrás do crânio está o cerebelo, que controla a coordenação dos movimentos, o equilíbrio e a postura. Dentro do cérebro está o tálamo, que é a estação de transmissão dos impulsos que chegam do resto do corpo, conduzindo as sensações de dor, toque e temperatura a outras partes do cérebro.

Ao redor do tálamo está o hipotálamo, que comanda as atividades involuntárias do corpo (automáticas), como batimentos cardíacos e circulação sangüínea. A glândula hipófise está ligada ao hipotálamo por um fino pedúnculo. Já que a glândula pituitária controla a maioria dos hormônios no corpo, o hipotálamo é considerado uma grande influência nas principais atividades controladas pelos hormônios, como fome, sede e desejo
sexual.

Cobrindo as partes internas do cérebro está o córtex cerebral, que consiste de dois hemisférios cerebrais. Localizados nesses hemisférios estão os centros nervosos, que controlam as idéias e a ação voluntária. Conectando os hemisférios esquerdo e direito do cérebro está uma faixa larga de fibras chamada de corpo caloso. Como as fibras nervosas dos dois hemisférios cruzam-se em uma estrutura chamada de medula, na base do cérebro, antes de avançar para a medula espinhal, cada hemisfério geralmente controla as funções do lado oposto do corpo. Por exemplo, uma região no hemisfério esquerdo controla o movimento do braço direito.

O cérebro é o órgão mais complexo no corpo. Embora a pesquisa tenha identificado muitas de suas capacidades nos processos de memória, raciocínio e criatividade, muitas funções do cérebro permanecem um mistério.

Líquido cefalorraquidiano

O líquido cefalorraquidiano (LCR) é claro e incolor, e envolve o cérebro e a medula espinhal, protegendo-os contra lesões.

O LCR é constituído de água, que contém pequenas quantidades de minerais e substâncias orgânicas (especialmente proteína). É produzido continuamente por uma rede especializada de vasos capilares (minúsculos vasos sangüíneos) conhecidos como plexo coróide, localizados nos ventrículos (câmaras) do cérebro. É produzido cerca de 0,5 litro a cada 24 horas, e aproximadamente 140 g circulam o tempo todo.

Dos dois ventrículos laterais, o LCR circula no terceiro e quarto ventrículos do cérebro. Ele passa no espaço entre a segunda membrana de revestimento do cérebro (piamater) e a camada mais profunda do tecido que reveste o cérebro (aracnóide), envolvendo toda sua superfície externa no líquido antes de descer ao redor da medula espinhal. Finalmente, o líquido volta para cima, é absorvido no tecido especial entre as membranas que revestem o cérebro e passa para os vasos sangüíneos.

As amostras do LCR (tiradas ao redor da medula espinhal com uma agulha inserida na região lombar - procedimento conhecido como punção lombar) podem ser valiosas no diagnóstico de doenças do cérebro e da medula. As amostras podem indicar uma hemorragia ou coágulo de sangue no cérebro, vários tipos de meningite, um abscesso cerebral ou um tumor no cérebro ou na medula.

As células nervosas e o sistema nervoso

O elemento básico do sistema nervoso é a célula nervosa, ou neurônio. Em conjunto, os neurônios formam os nervos, fibras que transmitem os impulsos pelo corpo. Uma cobertura protetora de mielina, uma substância gordurosa, isola partes das fibras.

A ação das células nervosas é elétrica e química. Nas extremidades de cada célula nervosa existem regiões especializadas chamadas de terminais sinápticos, que contêm grande quantidade de minúsculos sacos membranosos que retém as substâncias químicas neurotransmissoras. Essas substâncias transmitem os impulsos nervosos de uma célula nervosa a outra. Após um impulso nervoso elétrico ter percorrido um neurônio, ele chega ao terminal e estimula a liberação de neurotransmissores de seus sacos.

Os neurotransmissores atravessam a sinapse (junção entre os neurônios vizinhos) e estimulam a produção de uma carga elétrica, que leva o impulso nervoso adiante. Esse processo é repetido várias vezes até que um músculo se mova ou relaxe ou uma impressão sensorial seja notada pelo cérebro. Esses eventos eletroquímicos podem ser considerados a "linguagem" do sistema nervoso, pela qual as informações são transmitidas de uma parte do corpo a outra.

Sistema nervoso

Existem duas divisões principais do sistema nervoso: o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central consiste do cérebro e da medula espinhal. O cérebro está dentro do crânio e comanda as funções do corpo enviando e recebendo mensagens através da medula. Protegendo o cérebro e a medula estão os ossos, as camadas de tecido e o líquido cefalorraquidiano.

Uma vez que as mensagens deixam o sistema nervoso central, elas são conduzidas pelo sistema nervoso periférico. O sistema periférico inclui os nervos cranianos (nervos que se ramificam do cérebro) e os nervos espinhais (nervos que se ramificam da medula espinhal). Esses nervos transmitem mensagens sensoriais das células receptoras no corpo para o sistema nervoso central. Eles também conduzem os impulsos motores do sistema central para fora do corpo, onde os músculos e as glândulas podem responder a eles.

O sistema nervoso autônomo, que faz parte do sistema nervoso periférico, comanda todas as atividades involuntárias, mas necessárias à vida, incluindo a atividade dos órgãos internos e das glândulas.

Trabalhando juntas, essas divisões coordenam o ajuste e a reação do corpo às condições ambientais internas e externas.

Levar medicamentos na sua bagagem

Cuidados especiais com medicamentos
Levar medicamentos na sua bagagem e comprá-los fora, enseja cuidados especiais:

Lembre que nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão há duas categorias de medicamentos: as vendidas fora do balcão sem receita médica e aquelas aviadas somente com prescrição. Na língua inglesa, o primeiro tipo é denominado OTC (over the counter, fora do balcão ) e as demais prescriptions. O farmacêutico está sempre presente na loja (as farmácias costumam ficar em supermercados) em horário pré-estabelecido e, podem orientá-lo. Em alguns países, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos há uma fração de remédios que podem ser vendidos somente pelo farmacêutico, trata-se da comercialização behind the counter;


Não insista em comprar medicamentos do tipo prescriptions porque pode ser entendido que você está procurando algum tipo de narcótico;


Caso não domine a língua, acrescente ao vocabulário de sobrevivência, o nome de sintomas como febre, cólica, diarréia, dismenorréia, por exemplo. Em várias farmácias, os medicamentos OTC estão nomeados pelo sintoma que trata;


Medicamentos de uso continuado devem ser comprados no Brasil em quantidade suficiente para a viagem, além de margem de segurança caso a viagem se estenda por período maior;


Na compra desses medicamentos, solicite ao farmacêutico orientá-lo como transportar os remédios, para evitar danos provocados por calor ou iluminação;


Leve sempre consigo, a receita brasileira, sem tradução mesmo, somente para provar, se for necessário que o medicamento é para seu uso;


Nunca forneça seus remédios para colegas de viagem, principalmente em excursões. Na maioria dos países, isso é considerado exercício ilegal da medicina e da farmácia e, dependendo do medicamento será considerado como tráfico de droga.

Medicina do Viajante: a viagem tranqüila

Alguns tópicos são fundamentais para uma viagem tranqüila.

1. As condições epidemiológicas variam muito no tempo e no espaço. Além de verificar o exigido nos consulados ou nas páginas do ministério de turismo dos países a serem visitados, consulte sempre os serviços brasileiros apresentados no Box 1. Essas consultas podem orientar você a planejar a sua viagem de forma mais tranqüila.


2. Verifique com precisão o percurso que irá realizar e o tempo de permanência no local. Não basta saber o país, mas sim sobre a cidade e a localidade. Além, obviamente da atividade que será desenvolvida como, por exemplo, pescaria.


3. Verifique também qual o tipo de visto que obterá no país a ser visitado. Há exigências diferentes ao turista em relação a um bolsista de média ou longa duração, por exemplo.


4. No caso de viagem para estudo ou de permanência de crianças por período longo há necessidade de apresentar a carteira de vacinação brasileira com versão traduzida. A maioria das clínicas de imunização e as clínicas de viajantes estão aptas a fornecer a declaração – ao menos – em inglês.


5. Viagens favorecem o contato sexual, por isso não esqueça de usar ou exigir o uso de preservativo.


6. O clínico geral ou pediatra de sua confiança deverá ser consultado previamente porque sempre há especificidade, por exemplo, nas orientações para vacinação em crianças de um país para outro. Por exemplo, nos EUA a vacina da hepatite A é obrigatória nas crianças ao contrário do Brasil. Se você vai como bolsista junto com a sua família fazer um doutorado ou pós-doutorado e as crianças vão freqüentar a escola, elas terão que seguir as regras do país para vacinação. É mais fácil você providenciar isso no Brasil do que no exterior em termos de preço e perda de tempo.


7. Antes de viajar, ligue para um médico que cuida da sua família e pergunte que remédios levar e como e para que eles devem ser usados. Assim, você está preparado para qualquer emergência. Por exemplo, se você vai viajar de navio, o enjôo pode ser um sintoma que vai atrapalhar toda a sua viagem. Fale com o seu médico antes da viagem e vá preparado. De uma maneira geral, peça para seu médico indicar um antibiótico para as infecções respiratórias mais comuns e remédios para dor.


8. Hoje, com as facilidades de comunicação não economize a ligação telefônica ao clínico ou pediatra no Brasil. Mesmo à distância, ele poderá ajudá-lo. Para facilitar a comunicação, antes de viajar pergunte o email do seu médico ou o seu nome skype. Isso barateia em muito a comunicação. No exterior, nunca ligue do hotel, compre sempre um cartão que permita ligações para o Brasil por preço baixo. Eles costumam ser vendidos em supermecados, mercearias, jornaleiros e revistarias.


9. Se você tiver plano de saúde, verifique a cobertura dele fora do país e, peça quais são as clínicas e hospitais referenciados. No caso de atendimento em outro país, guarde o recibo para ressarcimento.


10. Nos Estados Unidos, se você não tiver plano de saúde, opte por pagar a consulta médica. Utilizar os serviços gratuitos poderá registrá-lo como indigente e, dificultará visto futuro. No Canadá e Europa, o cidadão brasileiro é atendido nos serviços públicos como um local, com restrição para procedimentos de alto custo e rotineiros.


11. Mesmo para quem domina o idioma, o momento de doença produz estresse intenso e, ser atendido por quem entende a língua e a cultura brasileira é importante. Se você precisar de consulta, os consulados brasileiros têm a relação de médicos que atendem brasileiros falando em português. Alguns médicos anunciam na Internet e, nos grandes hospitais há intérpretes.

Outras formas de intoxicação alimentar, Preparação dos alimentos e cogumelos

Preparação dos alimentos e cogumelos
Outras formas de intoxicação alimentar podem ocorrer quando o alimento não é adequadamente cozido ou quando cogumelos silvestres são consumidos. Vamos rever algumas dessas condições.

A gastrenterite causada pela bactéria staphylococcus aureus é uma forma muito comum de intoxicação alimentar. Os alimentos cozidos em fogo baixo e mantidos em temperatura ambiente por um longo período são freqüentemente fonte de proliferação de tal bactéria. Cremes e molhos feitos à base de maionese normalmente contêm a bactéria que causa a infecção.

Os sintomas - excesso de salivação, náusea, diarréia, cólicas abdominais e vômito - geralmente aparecem dentro de duas a quatro horas após a ingestão dos alimentos contaminados. A doença costuma durar menos de 24 horas e não requer tratamento em indivíduos saudáveis. Antibióticos e medicações anti-diarréia podem, de fato, prolongar a doença. Em caso de idosos e pessoas doentes, será necessária a hospitalização e a reposição intravenosa dos líquidos perdidos. As vítimas que apresentam sintomas de desidratação, como secura na boca e tontura, devem receber pronto atendimento médico.

Outras causas bacterianas

A clostridium perfringens é a bactéria normalmente encontrada em carnes e aves cruas. Seu crescimento nos alimentos é estimulado pelo cozimento lento em fogo baixo. Os sintomas da infecção por essa bactéria - cólicas abdominais, náusea e diarréia - aparecem aproximadamente 8 a 12 horas após a ingestão do alimento contaminado, mas podem demorar até 24 horas. A doença geralmente dura menos que um dia e não requer tratamento específico, apenas a ingestão de muito líquido.

A infecção pela bactéria vibrio para-haemolyticus é freqüentemente associada à ingestão de frutos do mar crus ou mal refrigerados.Essa doença costuma ocorrer durante os meses mais quentes e é mais comum nas regiões quentes. O primeiro sintoma - diarréia grave, aquosa, e ocasionalmente com vestígios de sangue - geralmente aparece 12 a 24 horas após a ingestão do alimento contaminado. A doença raramente dura mais de dois dias. Nos casos mais graves, antibióticos poderão ser necessários. Pode acontecer morte por desidratação estando recomendado reposição volêmica intensa.

A infecção por bacillus cereus é geralmente associada ao arroz, particularmente ao arroz frito ou cozido e não refrigerado. Os primeiros sintomas - náusea e vômito - são geralmente moderados.

Intoxicação por cogumelo

Não consuma cogumelos silvestres. Somente um especialista consegue diferenciar os cogumelos não tóxicos das mais de 50 variedades de cogumelos tóxicos.

Os sintomas da intoxicação por cogumelos geralmente aparecem de 6 a 24 horas após a sua ingestão, começando com uma cólica abdominal aguda, náusea, vômito e diarréia. A doença progride rapidamente atacando o fígado, os rins e o coração. A intoxicação por cogumelos pode ser fatal.

Agora que você já aprendeu as causas de diversas formas da intoxicação alimentar, você poderá reduzir o risco da doença.

Intoxicação alimentar

Botulismo e Salmonelose
O termo intoxicação alimentar se refere, normalmente, às doenças causadas pela ingestão de alimentos que são ou tóxicos por si só (como por exemplo, certos tipos de cogumelos silvestres) ou foram contaminados por bactérias ou por outras substâncias tóxicas.

Muitos dos sintomas normalmente associados à intoxicação alimentar - náusea, vômito e diarréia - são desagradáveis, mas geralmente não trazem riscos de morte e desaparecem dentro de um período relativamente curto, sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, para alguns grupos - particularmente os idosos, os jovens e os gravemente doentes - a intoxicação alimentar pode ser extremamente grave e, em algumas ocasiões, como no caso do botulismo e do envenenamento por cogumelos, potencialmente fatal.

Em geral, a contaminação bacteriana por alimentos pode ser evitada com alguns cuidados na preparação dos alimentos. Deve ser dada especial atenção na hora de lavar as mãos antes de manusear os alimentos, de refrigerar os alimentos corretamente, e de limpar as áreas onde os alimentos são preparados.

Botulismo

A bactéria clostridium botulinum produz uma toxina que, quando ingerida, impede a transmissão de impulsos nervosos aos músculos. Náusea, vômitos e cólicas abdominais são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso começam na cabeça, causando visão dupla ou turva e dificuldade para engolir; e depois migram em direção ao tronco, causando paralisia nos braços, nos músculos que auxiliam a respiração e, eventualmente, nas pernas. Esses sintomas normalmente aparecem de 4 a 36 horas após a ingestão da toxina, mas podem demorar até oito dias.

Os alimentos enlatados são os que mais causam o botulismo. Além disso, o mel também pode causar botulismo em bebês, chegando até a ser fatal para essa faixa etária. A melhor maneira de evitar o botulismo é seguir estritamente as orientações de preparo e conserva dos alimentos em casa. Alimentos contaminados muitas vezes tem um odor fétido, mas tal característica nem sempre está presente.

Com a disponibilidade da antitoxina botulínica, menos de 10% dos casos são hoje fatais. Entretanto, a suspeita de botulismo deve ser tratada como uma situação de emergência.

Salmonelose

A salmonelose se refere a uma série de doenças causadas pela bactéria chamada salmonela. Uma dessas doenças é a febre tifóide que, felizmente, é muito rara, hoje em dia, nos Estados Unidos. Uma forma comum da salmonelose é a gastrenterite.

Os alimentos que mais comumente contêm a bactéria salmonela são carnes, aves, leite e ovos. A salmonela é freqüentemente transmitida pelo contato com material fecal humano ou animal ou pela ingestão de alimentos contaminados pelo material fecal. Os sintomas da gastrenterite causada pela salmonela incluem náusea, cólicas abdominais e diarréia. Nos casos mais graves, as fezes apresentam muco e sangue.

Os sintomas da salmonelose normalmente aparecem 12 a 24 horas após a ingestão dos alimentos contaminados. Muitos casos ocorrem em crianças durante o verão e no começo do outono. A doença não costuma ser grave e geralmente dura de dois a cinco dias. No entanto, a salmonelose pode ser fatal para os bebês, pacientes gravemente doentes e idosos.

O tratamento da maioria das infecções causadas pela salmonela envolve a reposição dos líquidos perdidos por causa da diarréia. Caso a vítima perca muito líquido, ela deverá ser hospitalizada para tomar soro intravenoso. O uso de antibióticos somente é recomendado em pacientes com sintomas graves, pois, se usados indiscriminadamente, eles podem prolongar a doença. Medicações anti-diarréia devem ser usadas apenas para controlar os sintomas mais graves. Análises laboratoriais das fezes e sangue poderão ser necessárias para estabelecer o diagnóstico e prescrever o tratamento adequado. A análise de culturas de fezes deverá ser feita após a cura da doença a fim de verificar se a bactéria ainda está presente no organismo, podendo, conseqüentemente, alastrar a infecção.

Inseminação artificial

A inseminação artificial é a introdução do sêmen (o fluído que contém os espermatozóides) dentro da vagina ou do útero de uma mulher por outros meios que não a relação sexual (normalmente com uma seringa especial) no momento ou antes da ovulação, com o intuito de realizar a fertilização. O sêmen pode ser do parceiro da mulher, ou de um doador.

A inseminação artificial usando o sêmen do parceiro algumas vezes é feita quando ele tem baixa contagem de espermatozóides - ou seja, quando não há espermatozóides suficientes por unidade de fluído para uma provável fertilização do óvulo. Para obter um número suficiente de espermatozóides, várias coletas podem ser feitas durante um período de dias ou semanas; o esperma obtido é congelado, com posterior junção das várias amostras e inseminado na mulher.

A inseminação artificial usando sêmen de um doador pode ser uma alternativa à adoção quando um homem não pode ser pai de uma criança, ou por causa de baixa contagem de espermatozóides, por ausência de esperma, por baixa qualidade do esperma, por deficiências de movimentação dos espermatozóides, ou por incapacidade para o desempenho do intercurso sexual. Isso pode também ser considerado quando o homem é portador de defeito genético e não quer transmitir à criança.

Vimos os principais aspectos da infertilidade feminina e masculina, ambos assuntos muito complexos.

Infertilidade: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de infertilidade normalmente começará com uma avaliação clínica e os históricos médico e sexual de ambos os parceiros.

Uma amostra recente do sêmen do homem será examinada no microscópio para determinar a quantidade e a qualidade do esperma. Os resultados do exame fornecerão uma contagem do número de espermatozóides e também indicará se o esperma está adequadamente móvel e se suas cabeças são ovais, ambas características necessárias à concepção.

Para determinar se a ovulação está acontecendo na mulher, a temperatura basal do corpo (temperatura do corpo ao acordar, antes de comer ou beber alguma coisa) será medida todas as manhãs por alguns meses. Se a temperatura subir (para) 0,6oC é um sinal da ovulação.

Infertilidade: introdução e causas

A infertilidade é definida como um insucesso do casal para conceber uma criança após um ano de relações sexuais freqüentes sem controle de natalidade. Em cerca de 40% de todos os casos de infertilidade, o problema está no homem; em 60% está na mulher ou em ambos os parceiros.

Infertilidade não é esterilidade. O termo infertilidade implica que a condição pode ser tratada e revertida - implica que pode ser um problema temporário. O termo esterilidade é aplicado a uma incapacidade permanente e irreversível de ter uma criança.

Pesquisa recente mostrou que a fertilidade de uma mulher declina gradual e significativamente entre as idades de 31 e 35 anos e continua a declinar daí em diante até a menopausa, quando cessa totalmente. A fertilidade de um homem também declina após os 40 anos, embora os homens possam permanecer férteis até a velhice.

Causas da infertilidade masculina

Uma das principais causas da infertilidade masculina é uma baixa contagem de espermatozóides. Isso é medido pelo número de espermatozóides ativos presentes em um mililitro (há aproximadamente cinco mililitros em uma colher de chá) de sêmen (o fluído eliminado pelo pênis durante a relação sexual). Uma contagem média de espermatozóides é de 90 milhões ou mais de espermatozóides por mililitro. Uma contagem de pelo menos 40 a 60 milhões é considerada necessária para a fertilização; quando a contagem é inferior a 20 milhões, é improvável que o homem possa ser pai de uma criança (embora, considerando que um só esperma é necessário para fertilizar um óvulo, é ainda possível).

Uma contagem baixa de espermatozóides pode ser causada por baixos níveis de testosterona (o hormônio sexual masculino); por exposição a produtos químicos, pesticidas, ou radiação; por relações sexuais muito freqüentes, que esgota o fornecimento de esperma muito rapidamente; e por calor (que desacelera a produção de esperma) gerado pelo uso de roupas íntimas ou calças apertadas, sentar por muito tempo em carros ou caminhões muito quentes, ou trabalhar perto de fornos e fornalhas.

A infertilidade pode acontecer também se o esperma não consegue se movimentar através do trato reprodutivo feminino para atingir o óvulo, ou se o esperma é apresenta alterações de forma (somente espermas com cabeças ovais podem fertilizar um óvulo).

Além dos problemas com os próprios espermatozóides, a infertilidade masculina pode ser causada por alguma obstrução nos dutos deferentes que conduzem o esperma dos testículos (os órgãos sexuais masculinos onde os espermas são produzidos) até o pênis. A infertilidade pode também ser causada pela presença de veias varicosas no escroto (a bolsa que contém os testículos), chamada de varicocele. Uma provável causa é que o fluxo sanguíneo aumentado nas veias varicosas traga calor extra para a área, ou por uma infecção ou lesão local; o problema da infertilidade provavelmente será revertido quando a varicocele for corrigida.

Além disso, a remoção cirúrgica de parte da próstata (um dos órgãos nos quais a maior parte do sêmen é produzido), bem como o uso de certos medicamentos para pressão alta, podem levar à ejaculação retrógrada (um distúrbio no qual o sêmen é levado de volta à bexiga, para sair junto com a urina).

Causas da infertilidade feminina

Uma mulher pode ser infértil por vários problemas. Pode ser que ela não esteja ovulando (liberando um óvulo por mês); isso vale para cerca de 25% de todos os casos de infertilidade feminina. As trompas de falópio (através das quais os óvulos produzidos no ovário alcançam o útero) podem estar obstruídas, freqüentemente como resultado de uma doença inflamatória pélvica (DIP) (pelvic inflammatory disease - PID), que leva à fibrose e deformação das trompas. A DIP pode ser conseqüência de uma infecção ou DST.

A endometriose é a presença de epitélio uterino em outros locais do corpo que não o próprio útero. Ela pode também causar a formação de tecido de cicatrização que bloqueia as trompas de falópio. Um desbalanceamento entre os hormônios feminino estrógeno e progesterona, ou outros hormônios produzidos pelas glândulas hipófise (pituitária) e tireóide, podem interferir no ciclo reprodutivo. Na cérvix (colo do útero) uterina pode-se criar um meio ambiente inadequado que dificulta a sobrevivência do espermatozóide, podendo também ser causa da infertilidade.

Compreendendo a hereditariedade e as doenças hereditárias

Para compreender como algumas doenças podem ser passadas de uma geração a outra, a pessoa deve primeiro compreender o papel que os genes desempenham na determinação da forma e da função de cada célula no corpo.

Os genes são as unidades básicas que determinam as características hereditárias de um organismo. Os genes, que são compostos de moléculas de ácido desoxirribonucleico (DNA), podem ser imaginados como instruções químicas. Cada gene, de acordo com a estrutura específica de sua molécula de DNA, contém o código de uma característica específica que determina o que uma célula é e como ela funciona (como se um programa de computador não apenas dissesse ao computador o que fazer, mas também ajudasse a formá-lo).

Dentro de cada célula, milhares de genes estão conectados em uma ordem específica, como as contas de um colar, para formar estruturas chamadas de cromossomos (que são, basicamente, filamentos contínuos de DNA). Foi estimado que cada célula contém cerca de 1,5 metro de filamentos de DNA enrolados, e que cada filamento é formado de cerca de 100 mil genes.

A composição específica dos genes e sua distribuição nos cromossomos se constituem no projeto genético de cada indivíduo. As células que se desenvolvem no fígado, em vez de serem células sangüíneas ou fibras nervosas, por exemplo, fazem isso porque o seu código genético manda que elas ajam como células do fígado. Assim, as células do corpo são programadas para criar uma pessoa com cor de olhos e cabelo específicos, assim como milhares de outras características que fazem com que cada ser humano seja único.

Células sexuais (gametas)

Cada célula no corpo humano contém 46 cromossomos. As únicas exceções são os gametas (o óvulo e o espermatozóide), já que cada um contém apenas 23 cromossomos. Quando esses gametas se unem na fertilização do óvulo pelo espermatozóide, o resultado é uma célula com 46 cromossomos e genes herdados tanto do pai como da mãe. Já que cada um dos pais contribui com apenas 23 cromossomos (metade do código genético que faz cada um dos pais um indivíduo único), o mapa genético de seu filho é uma mescla de componentes do código genético dos dois.

Características dominantes e recessivas

As características que os genes originam podem ser dominantes ou recessivas. Um gene recessivo produz uma característica específica somente se seus efeitos não forem cancelados pelas características de um gene dominante.

A cor dos olhos nos dá uma ilustração relativamente direta sobre como a hereditariedade de características funciona. O gene para olhos castanhos é dominante, enquanto o gene para olhos azuis é recessivo. O filho de um pai com olhos castanhos e que tem dois genes para olhos castanhos e uma mãe com olhos azuis (obrigatoriamente deve ter dois genes para olhos azuis) terá olhos castanhos, já que o pai de olhos castanhos possui apenas genes dominantes dessa cor para passar ao mapa genético da criança. Contudo, se o pai de olhos castanhos tiver um gene dominante para olhos castanhos e um recessivo para olhos azuis, a criança tem uma chance de 50% de receber um gene para olhos azuis de ambos os pais e, por isso, ter olhos azuis (na verdade, a hereditariedade nem sempre é assim tão simples. Algumas vezes, o filho de pais de olhos castanhos e azuis acaba nascendo com olhos verdes ou castanho-claro).

A união de duas pessoas de olhos azuis, já que envolve apenas genes recessivos para essa cor de olhos, sempre irá produzir filhos com olhos azuis.

O filho de pais com olhos castanhos, mas que têm um gene recessivo para olhos azuis, terá 25% de chance de receber um gene de olhos azuis de ambos os pais e, como resultado, ter olhos azuis (essa última combinação ilustra como os genes recessivos podem estar presentes sem nem mesmo percebermos, permitindo que uma característica apareça inesperadamente depois de pular algumas gerações).

Mutação

Os genes normalmente são transmitidos de uma geração para a outra sem alteração. No entanto, há momentos em que ocorrem mutações, ou seja, a estrutura do gene se altera, talvez devido ao efeito de uma substância tóxica, de uma infecção ou de exposição à radiação. Os filhos que recebem um gene com mutação irão exibir uma característica que não está presente em nenhum dos pais.

O descobrimento da estrutura da molécula de DNA deu início a uma nova era nas pesquisas médicas. Os cientistas do campo da engenharia genética estão explorando maneiras de criar mutações genéticas artificiais para que um dia possamos corrigir os erros do código genético responsáveis por várias doenças.

Aconselhamento genético

Conforme os médicos vêm aprendendo mais sobre doenças hereditárias, tornou-se possível oferecer aconselhamento genético a casais preocupados com a possibilidade de ter uma criança com doenças ou anomalias hereditárias. O aconselhamento genético é fornecido por um especialista em distúrbios genéticos. Ele pode estimar a probabilidade de o filho de um casal ser afetado por um problema devido a uma característica hereditária ou à idade dos pais. Há testes que podem determinar se um ou os dois pais são portadores de alguns desses distúrbios ou detectar se algum problema está presente em um feto.

Vacinas para alergia

A imunoterapia, também chamada de vacinação antialérgica, terapia de desensibilização e terapia de hiposensibilização, é o único tratamento para alergia que pode diminuir a longo prazo sua sensibilidade aos alérgenos. O conceito baseia-se no mesmo princípio das imunizações para gripe ou poliomielite. Doses pequenas e controladas de um alérgeno ou alérgenos são introduzidas no corpo para que você possa desenvolver tolerância. As injeções levam ao desenvolvimento de uma resposta imune protetora através do aumento das células T supressoras e do aumento de anticorpos protetores ou "bloqueadores". Quanto mais tolerante se tornar o corpo, menos sintomas você terá. A boa notícia é que a imunoterapia proporciona uma melhora significativa em mais de 90% dos pacientes com rinite alérgica periódica e em 70 a 80% daqueles com rinite alérgica perene.

Como são feitos os
soros para alergia

Em termos extremamente simplificados, em um processo de extração de soro, os soros de alergia são coletados e processados de um modo parecido com os alimentos industrializados. O pólen, por exemplo, é colhido de várias maneiras, filtrado, concentrado e processado em um soro. Um soro de pêlo de gato é extraído do pêlo de gato. Um dos processos mais repulsivos envolve os ácaros de poeira. Os ácaros são cultivados em grandes lotes até que morram. Os ácaros mortos (com seus resíduos fecais e tudo mais) são colhidos e processados para produzir um extrato. Se esse pensamento tirou o seu apetite, é melhor não pensar em como eles preparam soro de barata.

Quando considerar a vacinação antialérgica

O seu armário de remédios se parece com uma farmácia? O seu nariz escorrendo interfere nos relacionamentos amorosos? Você se sente cansado todas as horas de todos os dias? Se os medicamentos para alergia não são efetivos o suficiente para controlar seus sintomas, pergunte ao seu médico sobre a imunoterapia ou desensibilização da alergia. As vacinas impedem o desenvolvimento de novas alergias e reduzem a probabilidade de desenvolver asma de 58% para menos de 23% em crianças com rinite alérgica. As vacinas para alergia podem fazer uma grande diferença na sua vida. Combinadas com o controle ambiental, as vacinas podem diminuir seus sintomas e ajudar a ter um melhor controle sobre as alergias.

As vacinas antialérgicas são sugeridas quando:

há uma resposta incompleta aos medicamentos;
os medicamentos causam efeitos colaterais inaceitáveis;
não é possível evitar o alérgeno;
há um desejo de diminuir o uso dos medicamentos a longo prazo, como no caso de crianças ou de uma mulher que deseja engravidar daqui a alguns anos;
elas podem prevenir o desenvolvimento de alergias adicionais ou problemas de saúde relacionados. Em crianças, as vacinas têm diminuído a probabilidade de desenvolver asma.
Por que não existem vacinas
para aplicação em casa

Os alergistas não permitem que seus pacientes auto-administrem as vacinas devido ao risco de choque anafilático, uma reação séria e potencialmente fatal. Além disso, pacientes domiciliares propensos à procrastinação podem não seguir o esquema de tratamento prescrito, resultando em complicações. Mesmo se alguém na sua família é enfermeiro ou médico, eles não terão o equipamento necessário para tratar uma reação fatal em casa.

O primeiro passo na imunoterapia é fazer o teste de alergia, que conta ao médico ao que você é alérgico e o quanto você é sensível. Usando os resultados do teste e o seu histórico, o alergista prepara extratos próprios para você, feitos de um ou mais alérgenos. Como a maioria das pessoas alérgicas reage adversamente a muitos alérgenos, podem ser feitos vários extratos (colocados em frascos individuais). Algumas pessoas precisarão de apenas uma injeção por vez, enquanto outros precisarão mais de uma mistura de extratos e mais do que uma injeção, dependendo de quantos alérgenos precisarem ser cobertos.

A maioria dos extratos é para alérgenos que estão no ar, como os pólens, esporos de fungos, ácaros de poeira e escamações de animais e para alergias a picadas de insetos. A terapia de desensibilização visando as alergias a picadas de insetos é chamada de imunoterapia com veneno. Não há extratos aprovados pelo FDA para alergias alimentares, alergia ao látex e algumas alergias químicas.

Prós e contras

Como com qualquer tratamento médico, a imunoterapia tem vantagens e desvantagens. É melhor examinar ambas antes de tomar uma injeção dessas.

Uso de histamínico
Os locais onde ocorrem picadas de insetos, arranhões de gato e as injeções da vacina geralmente incham e coçam. O tratamento para pequenas reações alérgicas envolve a aplicação de uma compressa fria e o uso de um anti-histamínico oral de venda livre. Quando estiver repondo o estoque de medicamentos de casa e seu kit de primeiros socorros, lembre-se de incluir um anti-histamínico. Mas lembre-se de que os anti-histamínicos de venda livre, causam sedação.

Vantagens da imunoterapia:

a imunoterapia é o único tratamento de alergia que altera as reações do sistema imunológico e pode trazer benefícios duradouros;
as vacinas antialérgicas, aplicadas dentro de um esquema regular, ajudam a aliviar os sintomas, especialmente para quem sofre de alergias transportadas pelo ar e perenes;
a imunoterapia é um tratamento bem estabelecido e efetivo e tem sido usada desde 1900. Está constantemente avançando e melhorando. Por exemplo, há 20 anos os extratos continham pouco ou nenhum alérgeno de ácaro de poeira; atualmente isso mudou;
os extratos alergênicos não causam dependência fisiológica;
muitos pacientes encontram alívio depois de três a seis meses de tratamento;
as vacinas são seguras. Podem ser aplicadas em crianças e mulheres grávidas, embora não devam ser iniciadas durante a gravidez. Após uma injeção, os pacientes são monitorados no consultório médico caso ocorra alguma reação;
Vacinas para alergia
e gestação

Qualquer mulher grávida deve sempre consultar o médico antes de começar ou continuar um programa de tratamento de alergia. Dito isso, muitas mulheres grávidas ficarão felizes em saber que a gravidez e a imunoterapia são geralmente compatíveis se a mulher grávida já iniciou o programa de desensibilização. As injeções contêm os mesmos materiais alergênicos que a mãe respira. Os médicos podem diminuir a dose da mulher grávida para minimizar o risco de reação, mas as futuras mamães são geralmente encorajadas a continuar com a vacinação durante os nove meses. Lembre-se, as vacinas são um meio de diminuir o uso de medicamentos.

a maioria das vacinas são aplicadas com uma agulha fina dentro do tecido adiposo, não sendo dolorosas;
um programa de imunoterapia com 3 a 5 anos de duração pode dar alívio da alergia por 10 a 30 anos.
Desvantagens da imunoterapia:

inconveniência; as vacinas para alergia são geralmente aplicadas toda semana, durante vários meses, depois quinzenalmente e por fim a cada três ou quatro semanas; ter que fazer várias visitas ao consultório médico pode ser uma grande desvantagem para aqueles que têm uma agenda de trabalho agitada e vidas ocupadas; indivíduos que vivem na zona rural podem achar difícil fazer uma longa viagem até o consultório médico com tanta freqüência;
o compromisso com uma obrigação trabalhosa; dependendo da sua sensibilidade, você poderá receber vacinas por três a cinco anos;
as vacinas anti-alérgicas não são a cura para tudo, aliás, nada é. A batalha contra as alergias é multidimensional. Você não pode depender somente das vacinas para aliviar os sintomas. Se não forem tomadas medidas para evitar o alérgeno, as injeções poderão ser ineficazes;
muitas crianças e alguns adultos têm medo de injeções;
o local da injeção pode ficar dolorido e vermelho por várias horas ou dias. As doses de vacina devem ser aplicadas alternadamente em cada braço;
risco de anafilaxia; sintomas: lábios, língua ou orelhas inchados; inquietação ou agitação; face vermelha; urticária; sensações de picadas e coceira na garganta e na pele; palpitações ou zunido nos ouvidos; espirros, tosse ou dificuldade para respirar; náusea ou vômito; tontura; perda de controle da bexiga ou intestino; convulsões; pulso rápido e fraco; pele fria, úmida e pálida; falta de responsividade, que é o efeito colateral mais sério. Contudo, a maioria dos alergistas exige que o paciente permaneça no consultório por 15-30 min após receber uma injeção, uma exigência inconveniente, porém necessária. O risco é maior em pacientes com asma fora de controle;
as vacinas não controlam as alergias alimentares e podem agravar os sintomas de alergia na pele. Mas podem realmente ajudar o eczema.

Depois que você identificar seu problema de alergia, o próximo passo é escolher um tratamento. Apesar de haver muitos tratamentos efetivos, é importante escolher aquele que seja certo para você. Isso pode variar de um simples remédio vendido sem receita médica até um medicamento vendido somente com prescrição. Seu médico, depois que você encontrar um apropriado, deve ser capaz de ajudar.

Sprays nasais para alergia, tratamentos para pele e olhos

Se suas alergias estão causando irritação em uma parte específica do seu corpo (nariz, pele ou olhos), há tratamentos elaborados especificamente para aliviar esses sintomas. Aqui está o que você precisa saber:

Sprays nasais

Os anti-histamínicos e descongestionantes não são os únicos tipos de medicamentos que podem ser administrados através de sprays nasais.Os corticosteróides são hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, mas podem ser fabricados sinteticamente. Os medicamentos para alergia contendo corticosteróides têm a habilidade de interferir na reação alérgica e prevenir os sintomas.

Uso excessivo de
sprays nasais

O uso repetido de alguns sprays nasais pode causar perfuração do septo nasal (a partição de osso e cartilagem que divide as narinas, coberta por uma membrana mucosa). Para ajudar a prevenir problemas ao usar um esteróide em spray nasal, direcione o spray para o lado oposto ao septo ou em direção à parede externa da narina. Se ocorrer sangramento do nariz, pare de usar o medicamento e ligue para o médico. Peça também para seu médico examinar o seu nariz regularmente.

Os corticosteróides em spray são usados para reduzir a inflamação e congestão das vias nasais, enquanto os sprays que contêm cromolin sódico, que não é nem anti-histamínico nem corticosteróide, são usados para inibir a resposta alérgica.
Muitos alergistas prescrevem sprays nasais com corticosteróides, também chamados de sprays nasais com esteróides para dar a seus pacientes liberdade duradoura da congestão ou dos espirros. Embora a melhora possa ser observada com menos de um dia após o início do tratamento, pode levar até sete dias para o efeito atingir seu pico.


Os sprays nasais com corticosteróides não viciam, mas também não são inteiramente livres de efeitos colaterais, que podem incluir irritação e queimação das narinas, dor de garganta e sangramento do nariz. Contudo, a incidência desses efeitos colaterais é baixa. A maioria desses sprays requer apenas uma aplicação diária, fazendo com que sejam uma prescrição tão conveniente quanto os anti-histamínicos.


Irrigação nasal

A irrigação é um modo caseiro, livra o nariz do muco e alivia as membranas irritadas. Ela controla os sintomas de congestão e especialmente a drenagem pós-nasal. Sprays nasais de soro fisiológico vendidos no mercado também ajudam a umedecer o nariz e não causam dependência.

Os corticosteróides também diminuem a coceira nasal, espirros, nariz escorrendo e congestão nasal e são considerados tratamento de primeira linha para alergias. Os anti-histamínicos são tratamentos de "segunda linha".

Tratamentos para alergia de pele e olhos

Apesar de as farmácias estarem cheias de descongestionantes e anti-histamínicos, o alívio para alergias que causam irritação da pele e dos olhos não está tão prontamente disponível. Há alguns poucos produtos que podem ser encontrados e algumas precauções que você deve saber sobre seu uso.

O modo mais efetivo de prevenir a dermatite de contato é evitar tudo o que perturbe a sua pele, seja um sabão, produto de limpeza ou certo material ou metal. Quando se trata de evitar, é mais fácil falar do que fazer, já que a pele entra em contato com centenas de substâncias diariamente.

Você sabia?
Os uso de anti-histamínicos pode afetar os resultados dos testes cutâneos de alergia.

Para dermatite atópica ou eczema, use luvas sem látex para lavar louça e mexer com produtos de limpeza. Mantenha sua pele hidratada usando um creme hidratante ou vaselina, especialmente depois do banho, pois isso retém a umidade. Não use loção com álcool ou água, pois esses ingredientes podem ressecar a pele.

Muitos dermatologistas e alergistas prescrevem corticosteróides tópicos (para serem aplicados na pele), um meio popular de reduzir a inflamação e parar a coceira. Os anti-histamínicos orais também são usados no tratamento de reações alérgicas cutâneas leves e os efeitos de sedação resultantes podem ajudar uma pessoa que esteja com dificuldades de pegar no sono. Quando rachaduras da pele resultam em infecção, podem ser prescritos antibióticos.
Colírios

Olhos lacrimejantes, vermelhos e coçando são sintomas alérgicos comuns e podem levar motoristas alérgicos a se distraírem. Colírios vendidos sem receita médica, a maioria deles descongestionantes que causam constrição dos vasos sangüíneos, podem aliviar temporariamente o sofrimento, mas não devem ser usados regularmente. Siga as instruções da embalagem cuidadosamente. O uso excessivo de colírios de venda livre causa um efeito rebote, parecido com o uso excessivo do spray nasal. Com freqüência, os alergistas prescrevem um clírio anti-histamínico ou antiinflamatório para aqueles que sofrem com a irritação prolongada dos olhos. Esfregar os olhos irritados pode levar a uma infecção do olho, pois bactérias podem ser introduzidas através das mãos. Você pode saber se está com uma conjuntivite alérgica e não uma infecção, pela natureza da secreção. A conjuntivite alérgica geralmente está presente nos dois olhos e a secreção é normalmente viscosa ao invés de purulenta.

Escolhendo um medicamento para alergia

Os remédios para alergia podem ser vendidos com ou sem receita médica, ser caros ou ter um preço razoável, ter ação rápida ou ser de liberação lenta. Vêm na forma de comprimidos, cápsulas, líquidos e sprays nasais. Novas drogas parecem chegar às prateleiras quase que mensalmente, enquanto as drogas já estabelecidas são às vezes removidas do mercado depois de descobrirem tardiamente efeitos colaterais perigosos.

Termos de alergia para entender as definições
Histamina: um composto liberado pelas células do sistema imunológico em uma reação alérgica. A histamina liberada provoca, entre outras coisas, coceira, espirros, nariz escorrendo, estimulação de secreções do estômago, dilatação (expansão) dos vasos sangüíneos, aumento da secreção de muco, diminuição da pressão arterial e contração dos músculos das vias aéreas.

Anti-histamínica: uma droga usada para neutralizar a histamina, bloqueando a ligação da histamina com seus receptores.

Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos são a linha de defesa primária e inicial contra sintomas de alergia como espirros, nariz escorrendo, coceira nos olhos e na garganta. Eles vêm sendo acompanhados há bastante tempo (mais de 50 anos) e têm se mostrado efetivos no controle dos sintomas alérgicos, particularmente quando usados antes do início dos sintomas.

Os anti-histamínicos funcionam impedindo que a histamina, uma das substâncias químicas principais na resposta alérgica do corpo, se ligue ao seu receptor. Os anti-histamínicos são menos efetivos depois que os sintomas estão presentes, mas ainda podem diminuir temporariamente sua gravidade. Alguns anti-histamínicos funcionam bem mesmo depois que os sintomas apareceram. Contudo, podem perder a efetividade se forem usados diariamente por longos períodos de tempo.


Remédios de venda livre ou prescritos pelo médico?


Aqueles que sofrem de alergia muitas vezes se voltam primeiro para os medicamentos de venda livre. Isso porque estão prontamente disponíveis em qualquer farmácia e não requerem uma consulta médica. Não há nada inerentemente errado em usar um produto de venda livre. Mas há várias considerações importantes a fazer.

Riscos no trabalho
e os anti-histamínicos
Um estudo clínico conduzido pelo Group Health Cooperative of Puget Sound (Grupo de Saúde Corporativa de Puget Sound) afirma que pessoas que usam anti-histamínicos de venda livre que causam sedação têm 50% mais probabilidade de sofrer um acidente de trabalho do que pessoas que usam anti-histamínicos que não causam sedação.

Em primeiro lugar, os anti-histamínicos de venda livre são para uso temporário e jamais devem ser auto-administrados como parte de seu programa de tratamento a longo prazo para alergia. Mesmo o uso limitado pode causar efeitos colaterais. Alguns anti-histamínicos de venda livre são sedativos, o que significa que causam sonolência e lentidão de reflexos, comprometendo sua habilidade de dirigir, operar máquinas pesadas ou participar de qualquer atividade que exija reflexos rápidos. O álcool pode agravar esses efeitos. Outros efeitos colaterais incluem boca seca, seios da face secos, olhos secos e mal estar estomacal.

Em segundo lugar, enquanto os anti-histamínicos funcionam como jogadores de defesa, bloqueando as histaminas que estão tentando fazer um ataque alérgico, os anti-histamínicos de venda livre geralmente vêm com seu próprio árbitro: um descongestionante (identificado como pseudo-efedrina no rótulo). Os descongestionantes ajudam a desobstruir áreas problemáticas, principalmente o nariz, mas trazem seu próprio conjunto de efeito colaterais, incluindo nervosismo, insônia, aumento da pressão arterial, palpitações cardíacas e, nos homens, problemas de próstata. Apesar de alguns acreditarem que esses efeitos colaterais anulam a sonolência causada pelo anti-histamínico, eles podem ser perigosos, particularmente se você tiver uma condição médica pré-existente. A maioria dos médicos recomenda o uso somente de produtos com um único ingrediente. Se você estiver espirrando e coçando, use um anti-histamínico. Se estiver com constipação nasal, use um descongestionante por um ou dois dias. E sempre certifique-se de seguir as instruções da bula.

Como escolher um anti-histamínico de venda livre

É bom chegar na farmácia como um consumidor bem informado para que você possa escolher o melhor anti-histamínico de venda livre.

Interação medicamentosa: alerta!
Tomar comprimidos indiscriminadamente é perigoso. Leia sempre as bulas dos remédios de venda livre e daqueles que foram prescritos para ver se há recomendações quanto à interação de drogas. Quando conversar com um médico, relacione todos os medicamentos e suplementos que você usa: de venda livre, prescritos, fitoterápicos, homeopáticos. Algo que ajuda é fazer uma lista escrita. Caso exista alguma dúvida ou incerteza, pegue o telefone e fale com seu farmacêutico ou médico. Uma rápida verificação pode salvar você de uma experiência fatal.


Quando for escolher e usar um anti-histamínico de venda livre, siga estas orientações:

leia as bulas e siga todas as instruções;
não exceda a dosagem recomendada;
não os use por um período de tempo prolongado;
consulte o farmacêutico e verifique se há interações medicamentosas com o produto que você escolheu;
enfoque os seus sintomas e compre uma droga elaborada para tratar aquele sintoma; drogas que tentam aliviar todos os sintomas podem expor você a riscos e substâncias desnecessárias;
seja especialmente cuidadoso se você tem mais idade. Pessoas idosas são mais suscetíveis aos efeitos colaterais dos anti-histamínicos e podem sofrer embaçamento da visão, tontura, secura da boca, confusão e sonolência;
não tome anti-histamínicos de venda livre se você tiver problemas respiratórios, problemas cardíacos, pressão alta, diabetes, glaucoma, problemas de próstata, dificuldade para urinar, úlcera péptica ou danos no fígado ou rins; mulheres grávidas ou amamentando devem sempre consultar o médico antes de tomar qualquer remédio;
para uma solução rápida para um sofrimento periódico curto, os anti-histamínicos de venda livre ajudam a aliviar os sintomas. Contudo, se eles não amenizarem o suficiente os seus sintomas ou se os efeitos colaterais aumentarem o seu sofrimento, consulte um médico para obter uma solução a longo prazo.

Anti-histamínicos vendidos com prescrição médica

Muitos anti-histamínicos vendidos com prescrição não causam sedação, funcionam por mais tempo e mais rápido e têm efeitos colaterais em menor número e menos observáveis do que seus similares vendidos livremente. Esses benefícios significam que os anti-histamínicos vendidos com prescrição, particularmente aqueles chamados de "anti-histamínicos de segunda geração" são mais seguros e se adequarão melhor ao seu estilo de vida porque você precisará tomá-los somente uma ou duas vezes ao dia.

Os benefícios dos anti-histamínicos vendidos com prescrição têm um custo, já que eles às vezes são mais caros que seus equivalentes de venda livre.

Contudo, alguns anti-histamínicos vendidos com prescrição podem ser encontrados como genéricos mais baratos. Como você precisará de menos comprimidos se estiver tomando um anti-histamínico vendido com prescrição, eles talvez não sejam tão caros como podem parecer à primeira vista.

Há outros tratamentos para alergia além dos medicamentos vendidos com prescrição. Entre eles estão os sprays nasais, tratamentos de pele e colírios. Veremos esses três na próxima seção.


Direção e anti-histamínicos

Não pense que os motoristas embriagados são o único perigo da estrada. Pessoas comuns sofrendo de alergia que tomam anti-histamínicos de venda livre podem ser igualmente perigosas, de acordo com um estudo publicado no Annals of Internal Medicine. O estudo foi custeado por organizações de pesquisa e indústrias farmacêuticas.

O estudo concluiu que tomar a dosagem recomendada dos anti-histamínicos de venda livre (particularmente aqueles contendo difenidramina), pode comprometer a habilidade de dirigir, mais até do que uma pessoa embriagada. Um resultado mais alarmante desse estudo, contudo, foi o fato de que aqueles que tomam anti-histamínicos de venda livre não se sentem sonolentos ou afetados. A auto-avaliação, portanto, não é um indicador de sonolência.

O que isso significa para quem sofre de alergia? Nunca dirija se estiver usando anti-histamínicos de venda livre, mesmo que você se sinta alerta. Você está colocando você e os outros em risco e também pode receber uma multa por dirigir sob o efeito de drogas. As leis diferem em cada lugar, mas muitas leis para direção sob efeito de drogas se aplicam aos motoristas afetados por medicamentos de venda livre usados para tratar alergias e sintomas de resfriado.


para uma solução rápida para um sofrimento periódico curto, os anti-histamínicos de venda livre ajudam a aliviar os sintomas. Contudo, se eles não amenizarem o suficiente os seus sintomas ou se os efeitos colaterais aumentarem o seu sofrimento, consulte um médico para obter uma solução a longo prazo.

Anti-histamínicos vendidos com prescrição médica

Muitos anti-histamínicos vendidos com prescrição não causam sedação, funcionam por mais tempo e mais rápido e têm efeitos colaterais em menor número e menos observáveis do que seus similares vendidos livremente. Esses benefícios significam que os anti-histamínicos vendidos com prescrição, particularmente aqueles chamados de "anti-histamínicos de segunda geração" são mais seguros e se adequarão melhor ao seu estilo de vida porque você precisará tomá-los somente uma ou duas vezes ao dia.

Os benefícios dos anti-histamínicos vendidos com prescrição têm um custo, já que eles às vezes são mais caros que seus equivalentes de venda livre.

Contudo, alguns anti-histamínicos vendidos com prescrição podem ser encontrados como genéricos mais baratos. Como você precisará de menos comprimidos se estiver tomando um anti-histamínico vendido com prescrição, eles talvez não sejam tão caros como podem parecer à primeira vista.

Há outros tratamentos para alergia além dos medicamentos vendidos com prescrição. Entre eles estão os sprays nasais, tratamentos de pele e colírios. Veremos esses três na próxima seção.


Direção e anti-histamínicos

Não pense que os motoristas embriagados são o único perigo da estrada. Pessoas comuns sofrendo de alergia que tomam anti-histamínicos de venda livre podem ser igualmente perigosas, de acordo com um estudo publicado no Annals of Internal Medicine. O estudo foi custeado por organizações de pesquisa e indústrias farmacêuticas.

O estudo concluiu que tomar a dosagem recomendada dos anti-histamínicos de venda livre (particularmente aqueles contendo difenidramina), pode comprometer a habilidade de dirigir, mais até do que uma pessoa embriagada. Um resultado mais alarmante desse estudo, contudo, foi o fato de que aqueles que tomam anti-histamínicos de venda livre não se sentem sonolentos ou afetados. A auto-avaliação, portanto, não é um indicador de sonolência.

O que isso significa para quem sofre de alergia? Nunca dirija se estiver usando anti-histamínicos de venda livre, mesmo que você se sinta alerta. Você está colocando você e os outros em risco e também pode receber uma multa por dirigir sob o efeito de drogas. As leis diferem em cada lugar, mas muitas leis para direção sob efeito de drogas se aplicam aos motoristas afetados por medicamentos de venda livre usados para tratar alergias e sintomas de resfriado.

Guia para os testes de alergia

Há vários tipos de testes de alergia, os mais comuns são os cutâneos e de sangue. Se seu médico quiser fazer testes cutâneos, você provavelmente terá de marcar outra consulta com ele, já que leva algum tempo para fazer a aplicação e leitura do teste. Você também pode precisar marcar outra consulta caso tenha tomado um anti-histamínico ou outro medicamento recentemente, já que esses podem interferir nos resultados.

Esta seção explica os vários tipos de testes de alergia e o que eles podem dizer a você e ao seu médico.

Testes por escarificação ou puntura

Esses testes cutâneos envolvem aplicar na pele pequenas gotas diluídas do alérgeno suspeito e então esfregar ou beliscar a pele para que o alérgeno seja absorvido. São testados vários alérgenos de cada vez e a maioria dos alergistas usa combinações baseadas nos alérgenos encontrados na sua convivência. O braço é usado para um número menor de testes; as costas são usadas para testes mais extensos. Se você é alérgico a um alérgeno em particular, terá uma reação a ele na forma de vermelhidão e/ou bolha em menos de 20 minutos. O médico ou um assistente inspecionará as áreas onde foi feita a aplicação e escreverá um número correspondente ao tamanho e extensão da reação. Os testes cutâneos não são dolorosos, mas podem coçar. Ocasionalmente, o braço fica inchado.

Testes intradérmicos

Outro tipo de teste cutâneo, o teste intradérmico, envolve injetar uma minúscula quantidade do alérgeno irritante sob a pele. Os testes intradérmicos são mais sensíveis e podem identificar melhor as substâncias que você tem alergia fraca. A maioria dos alergistas certificados faz os testes por escarificação primeiro e depois faz o acompanhamento com um teste intradérmico. As pessoas geralmente têm medo desse tipo de teste por causa da agulha, mas ela é pequena e só escorrega de leve por baixo da pele.

Cada tipo de teste cutâneo tem suas vantagens e desvantagens. Os testes por escarificação/puntura permitem que o médico teste um grande número de alérgenos de uma vez. Os testes intradérmicos proporcionam mais precisão na determinação de certos alérgenos. Os dois tipos de testes são usados para determinar alergias comuns, como a pêlos de gato, esporos de fungos e plantas. Eles nem sempre são válidos para alergias a alimentos ou produtos químicos.

Se você fizer um teste por escarificação ou intradérmico, não poderá sair do consultório logo em seguida. Pedirão para você esperar pelo menos 30 minutos para o caso de você desenvolver uma reação mais forte.

Testes de contato

Os testes de contato são geralmente usados para determinar a fonte da dermatite de contato. O médico aplicará nas suas costas adesivos quadrados, cada um contendo possíveis alérgenos. Os pacientes geralmente usam esses adesivos por cerca de 48 horas porque as reações a eles podem se desenvolver lentamente. Você não pode tomar banho enquanto estiver com os adesivos. Como nos testes por escarificação e puntura, a área exposta ao alérgeno ficará inchada e vermelha se você for alérgico. Poderá coçar um pouco.

Testes sangüíneos

Os testes de sangue são geralmente feitos em pessoas com reações alérgicas fatais ou que têm erupções de pele extensas ou problemas na pele que tornam o teste cutâneo impraticável. Se você tem alergia alimentar, os testes de sangue podem revelar os alérgenos específicos. Chamado de RAST (ou teste radioalergosorbente), o teste de sangue mede a quantidade de anticorpos IgE que seu corpo produziu como resultado da exposição a um certo alérgeno. Nenhum teste é perfeito e o RAST pode tanto fazer um diagnóstico exagerado quanto deixar passar certas alergias.

Além disso, é mais caro que o teste cutâneo. Os testes RAST variam de laboratório para laboratório. Dados recentes sugerem que o CAP RAST é a forma mais confiável desse teste.

Desencadeamento alimentar controlado duplo-cego

Outra maneira de detectar alergia a alimentos é com o desencadeamento alimentar controlado. As proteínas encontradas na comida são escondidas em cápsulas de gel e o paciente recebe essas cápsulas assim como cápsulas de placebo. As reações às várias cápsulas são anotadas. Esse teste elimina conclusões subjetivas por parte do paciente ou do médico, porque nenhum deles sabe quais cápsulas contêm as proteínas alimentares antes que o paciente as tome (por isso é chamado de "duplo-cego"). Contudo, o teste consome tempo, é complicado, caro e o médico pode não observar as reações tardias.

Um método menos invasivo, embora consuma mais tempo e esteja sujeito à subjetividade e erro do paciente, é o método de tentativa e eliminação. Uma seleção limitada de alimentos é eliminada da dieta durante um período de três dias a três semanas. Cada alimento então é gradualmente recolocado à dieta e qualquer reação que ocorra é anotada.

Todos os testes de alergia, apesar de serem efetivos, podem dar resultados enganosos. Os resultados precisam sempre ser interpretados no contexto do histórico do paciente. É por isso que seu histórico e seu trabalho de investigação são tão cruciais para o diagnóstico apropriado.

Contudo, há testes que você deve evitar por terem efetividade questionável.

Testes de alergia a serem evitados

Alguns testes de alergia continuam sendo questionáveis aos olhos dos profissionais médicos (e das suas pesquisas). Muitos são baseados em tratamentos cuja segurança e efetividade não são comprovadas. Esta seção cobrirá alguns testes de alergia considerados questionáveis. Antes de iniciar qualquer tratamento, é melhor consultar seu médico.

Teste citotóxico

Nesse teste para alergia alimentar, as células brancas do paciente são misturadas com o antígeno alimentar. As células são examinadas em busca de alterações, o que determina se há uma alergia alimentar. Problemas: o teste pode mostrar um resultado negativo se o alimento não foi comido recentemente. A habilidade do técnico que lê os resultados pode afetar a precisão do teste. E por último, é caro.

Cinesiologia aplicada

O alérgeno é colocado na mão do paciente e o examinador empurra o outro braço para determinar a resposta muscular. Se a pessoa for alérgica ao alérgeno, o examinador será capaz em empurrar o braço para baixo com pouca resistência. Se a pessoa não for alérgica, o examinador terá grande dificuldade para empurrar o braço para baixo.

Teste do pulso

Nesse teste, a freqüência cardíaca é medida após a exposição a um alérgeno em particular.

Teste de provocação-neutralização, também conhecido como Técnica de Provocação Intradérmica ou Provocação Sublingual e Neutralização.

A parte da provocação: doses cada vez mais fortes de um alérgeno são dadas por injeção (intradérmica) ou sob a língua (sublingual) até que os sintomas apareçam. A parte da neutralização: as doses são diminuídas até que os sintomas desapareçam.

Teste RAST IgG

Os que defendem esse teste alegam que essa é outra resposta alérgica, mas isso não foi comprovado. Na verdade, as respostas da IgG são geralmente protetoras. Esse é um dos testes usados para medir a efetividade da imunoterapia com veneno de animais. O significado do teste é, na melhor das hipóteses, questionável e sujeito a má interpretação.

Se o labirinto de testes para alergia já é difícil de percorrer, pode também ser uma árdua tarefa escolher um remédio para alergia. A próxima seção dará a você as informações necessárias para escolher o medicamento apropriado.

Como escolher um alergista

Escolhendo um médico
Pode ser difícil escolher um médico para tratar suas alergias. Ele deve ser seu clínico geral ou especialista em doenças internas? Ou deve ser um alergista, um médico que se especializou no tratamento de alergias? Esta seção ajudará você a escolher o médico certo.

Encontrando o médico certo

Você pode começar sua jornada de tratamento da alergia visitando seu clínico geral. Afinal, vocês já estabeleceram um relacionamento e ele está familiarizado com seu histórico médico - ou pelo menos tem o seu registro. Isso vale também para o pediatra, se for o seu filho quem tem alergias. Seu clínico geral pode ajudar a determinar se os sintomas são resultado de uma reação do sistema imunológico (ou seja, uma alergia) ou um problema não imunológico, como uma infecção, intolerância ou doença específica.

Muitos clínicos gerais têm bons conhecimentos de alergias e asma e são plenamente capazes de tratar esses problemas. Contudo, às vezes o clínico geral pode recomendar que você consulte um alergista, que é um médico especializado no diagnóstico e tratamento de asma e alergias. Depois de se formar em medicina e fazer três anos de residência em medicina interna ou pediatria, os alergistas fazem mais dois anos de estudos em alergia e imunologia. Um alergista credenciado é um médico que, depois de passar por tudo isso, foi aprovado em um exame minucioso na sua especialidade. Você também pode decidir buscar os conhecimentos de um alergista se o seu clínico geral não estiver conseguindo controlar ou tratar adequadamente os seus sintomas.

Quando procurar um médico

Se você estiver passando por qualquer um dos problemas a seguir, marque logo uma consulta com um médico:

se precisou recentemente receber tratamento de emergência para anafilaxia, uma reação alérgica grave e potencialmente fatal caracterizada por edema da garganta e constrição da vias aéreas;

se está tendo os sinais da asma, como dificuldade para recuperar o fôlego, chiado e tosse, especialmente à noite e após exercícios físicos; falta de ar; sensação de aperto no peito (esses sintomas exigem atenção médica imediata);

se seus problemas nasais estão causando sintomas secundários, como infecções crônicas ou recorrentes nos seios da face, congestão nasal ou dificuldade para respirar;

se você tem rinite alérgica sazonal ou outros sintomas alérgicos durante vários meses do ano;

anti-histamínicos e outros medicamentos obtidos sem receita médica não controlam seus sintomas alérgicos ou criam efeitos colaterais inaceitáveis, como sonolência;

se os sintomas estão interferindo na sua habilidade de desempenhar atividades cotidianas;

se os sintomas diminuem sua qualidade de vida.
Você também pode considerar a possibilidade de consultar um especialista:

para receber um aconselhamento específico sobre controle ambiental;

se você acha que pode ser um candidato para a imunoterapia (vacinas).
Agora que você sabe que tipo de médico escolher e quando marcar uma consulta, é importante saber como conversar com o seu médico. A próxima seção se concentra em perguntas que você deve fazer a você mesmo antes de marcar a primeira consulta.


Como escolher um alergista
Começar o tratamento com um médico novo pode ser intimidador. Estas dicas ajudarão você a escolher o alergologista certo para você:

peça uma recomendação ao seu clínico geral;
peça a amigos e parentes a indicação de um médico;
pergunte para qual problema ele foi consultado, o método de tratamento e como o médico respondeu às preocupações e dúvidas. Descubra se o médico tem convênio com seu plano de assistência médica.

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