O procedimento de Cirurgia de derivação gástrica e o estômago

Essa cirurgia é realizada com anestesia geral e leva cerca de quatro horas. No primeiro passo do procedimento, o cirurgião diminui o tamanho do estômago, que normalmente assemelha-se a uma bola de futebol americano, ao tamanho de um ovo. Para fazer isso, o cirurgião grampeia o estômago, deixando apenas uma pequena bolsa na parte superior. Ele, então, corta o intestino delgado no jejuno e liga-o à bolsa do novo estômago formado. Essa derivação gástrica de Roux garante que o alimento desviará da parte remanescente do estômago e da primeira parte do intestino delgado.

A seção do intestino delgado ainda ligada à parte inferior do estômago - o duodeno - é ligada novamente à parte intermediária do intestino delgado, criando uma formação em Y logo abaixo do estômago. Essa religação permite que o estômago continue a secretar os sucos digestivos, que são levados à parte intermediária do intestino delgado para auxiliar na digestão.

Esses passos fazem com que os pacientes que se submeteram a cirurgias de derivação gástrica se sintam logo saciados, assim, não consomem tantas calorias. Eles também absorvem menos calorias através do intestino delgado. Os pacientes, então, gastam mais calorias do que absorvem e, conseqüentemente, perdem peso.

Quando os cirurgiões passaram a realizar a cirurgia de derivação gástrica, começavam fazendo uma grande incisão no abdome. Agora, muitos fazem a cirurgia através de um corte muito pequeno. Na incisão é inserida uma ferramenta estreita chamada laparoscópio. O cirurgião consegue guiar uma minúscula câmera através desse tubo para ver o que está acontecendo dentro do abdome. Médicos e pacientes geralmente preferem essa técnica laparoscópica devido a sua recuperação mais rápida e ao menor risco.

Durante o procedimento, os pacientes também recebem um tubo no nariz, que segue até a bolsa do novo estômago menor. O tubo liga-se a um dispositivo de sucção que mantém a bolsa vazia, ajudando-a a cicatrizar-se corretamente. Essa cirurgia normalmente leva cerca de quatro horas, e a maioria dos pacientes permanece no hospital de dois a seis dias para ser monitorada em caso de qualquer complicação.