quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Como funcionam os remédios genéricos

Cerca de metade das receitas são preenchidas com um equivalente genérico de um remédio de marca. Já perguntaram para muitos de nós se queremos um genérico para nosso medicamento de marca. Em virtude do preço menor, a maioria das pessoas opta por fazer esta troca, imaginando que o genérico deve ser tão bom quanto o remédio de marca. Mas isso é verdade? E se sim, por que são tão mais baratos do que remédios de marca?
Vamos começar com uma definição simples de remédio genérico. Qualquer remédio identificado como um equivalente genérico de um medicamento de marca tem uma formulação química ou medicamentosa similar que age no organismo com a mesma força e o mesmo processo de absorção que o remédio de marca. Portanto, o medicamento genérico é o bioequivalente do remédio de marca. O medicamento genérico também deve ser igual em termos de segurança, potência, via de administração (comprimido, líquido, etc), qualidade, desempenho e ter a mesma indicação que o seu equivalente de marca.

Então, se a versão genérica tem exatamente o mesmo efeito no organismo que a versão de marca, qual é a vantagem dos remédios genéricos? Uma palavra: preço.

A Secretaria de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos estima que os consumidores economizam cerca de US$10 bilhões por ano com o uso de medicamentos genéricos. É possível comprar o popular antidepressivo Prozac por US$40 por mês (em pagamento compartilhado), mas você poderia comprar seu equivalente genérico (cloridrato de fluoxetina) por US$10 (em pagamento compartilhado), economizando US$360 por ano.

Por que os medicamentos genéricos são tão mais baratos que seus equivalentes de marca? O principal motivo é que as empresas que fabricam as versões genéricas de um remédio de marca têm despesas gerais menores do que os criadores da droga. Isto acontece porque a criação de uma droga pode levar muitos anos, além de muitos milhões de dólares. Quando uma empresa cria um medicamento, deve conduzir testes clínicos caros para garantir a segurança e eficácia da droga. Então, quando o FDA aprova uma droga nos Estados Unidos, a empresa farmacêutica já gastou milhões - e aí ela precisa fazer o trabalho de marketing com o público, as farmácias, os convênios médicos e os profissionais da saúde. O custo total pode alcançar bilhões até chegar às mãos dos consumidores.

Por que escolher a marca?

Se os remédios genéricos são mais baratos do que os equivalentes de marca mas têm a mesma segurança, eficácia e princípios ativos, por que as pessoas continuam usando os remédios de marca?
Basicamente, por marketing. Se a indústria farmacêutica consegue convencer o paciente médio de que o genérico é a versão "barata" e que ele merece o melhor, muitos pacientes compram o de marca. Além disso, se um paciente finalmente encontrou um remédio que funciona, é menos provável que ele mude para a versão genérica por medo de perder o efeito do medicamento. E há princípios inativos nas drogas genéricas que podem ser diferentes daqueles das drogas de marca. Eles não afetam a maneira como a droga funciona, mas podem alterar a aparência e o sabor, fazendo as pessoas pensarem que falta alguma coisa no remédio genérico.



Em um esforço para recuperar a maior parte possível deste dinheiro, as indústrias farmacêuticas fabricantes dos remédios de marca vão cobrar mais caro pelo seu medicamento já que têm o monopólio da sua produção e venda. As fabricantes de genéricos, por outro lado, só pagam pela produção do medicamento, então podem cobrar preços mais baixos. A primeira versão genérica de um medicamento de marca reduz drasticamente o preço da droga, mas a redução maior acontece quando a segunda versão chega ao mercado.

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