terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Como reduzir a pressão alta

Princípios básicos sobre a pressão alta

E se você soubesse que há um assassino silencioso à espreita, só esperando para atacar a próxima vítima? E, pior, se soubesse que há 25% de chance de essa vítima ser você, ficaria preocupado? Faria tudo o que pudesse para se proteger? Claro que faria. Pois bem, tudo isso é verdade e o assassino misterioso é a pressão alta em seu sangue.

E por que a pressão alta (também chamada de hipertensão) é tão perigosa? A pressão sangüínea fora de controle pode levar a vários problemas de saúde graves. Um terço das pessoas que têm pressão alta nem sabe disso, e quando descobre já é tarde demais.

Cada vez que seu coração bate, ele bombeia cerca de 60 a 90 mililitros de sangue. Quando você está relaxado, ele faz isso de 60 a 80 vezes por minuto (ou mais de 100 mil vezes por dia). Fazendo as contas, seu coração bombeia, todos os dias, mais ou menos 7.500 litros de sangue através dos cerca de 96.500 km de vasos sangüíneos de seu corpo! Se o sangue encontra qualquer resistência enquanto flui pelos vasos, ele faz mais força contra as paredes de suas artérias, aumentando a pressão sangüínea e fazendo com que seu coração tenha de bater ainda mais forte. E é aí que começam os problemas.

Neste artigo, vamos explorar as causas, sintomas e fatores de risco da pressão alta, assim como as diversas opções de tratamento, desde a medicina tradicional até as curas alternativas. Vamos começar olhando o problema pelo lado científico:

Definição

A hipertensão, ou pressão alta, refere-se à constante pressão elevada nas artérias, que carregam o sangue do coração para o corpo todo. O excesso de força nas paredes das artérias pode danificá-las e acabar restringindo o fluxo sangüíneo para o coração, rins e cérebro, o que leva a ataques cardíacos, insuficiência renal e derrame.

Causas

Apesar de muitas pessoas acreditarem que a hipertensão é causada por atividade ou tensão extremas, essa teoria nunca foi comprovada.

Quando não se descobre nenhuma causa subjacente para a hipertensão, ela é chamada de hipertensão primária ou essencial. Se outra doença, como doença renal ou endócrina, causar o aumento da pressão sangüínea, ela é chamada de hipertensão secundária.

Fatores de risco

Ao contrário das crenças populares, não há um tipo definido de pessoa hipertensa. No entanto, algumas pessoas são mais suscetíveis a desenvolver pressão alta do que outras. A hereditariedade parece ser um fator importante: pessoas cujos pais têm hipertensão têm um risco maior de ter a doença. No passado, a hipertensão era atribuída ao envelhecimento, mas evidências atuais indicam que a idade não é um fator principal. A incidência de hipertensão em mulheres negras, crianças ou adultas, é duas vezes maior do que em mulheres brancas.

Excesso de peso, estresse prolongado, fumo, bebidas e excesso de sódio na alimentação (que causa retenção de líquidos) também podem aumentar a pressão sangüínea, especialmente em pessoas com tendência à hipertensão. Também há indícios de que o uso de pílulas anticoncepcionais pode contribuir para o aumento da pressão. No entanto, a probabilidade disso é maior em mulheres que estão acima do peso, que têm outros fatores de risco para a hipertensão (como o fumo) ou cujos pais têm hipertensão.

Sintomas

Como mencionamos anteriormente, a hipertensão também é chamada de "o assassino silencioso", pois costuma não apresentar sintomas óbvios. Uma pessoa pode ter pressão sangüínea alta por anos, sem perceber quaisquer sinais externos. Os sintomas possíveis incluem dor de cabeça, fadiga, tontura, rubor da face, zunido no ouvido e freqüentes sangramentos no nariz. No entanto, esses sintomas também podem ser causados por outros problemas.

Diagnóstico

Para diagnosticar a hipertensão, basta fazer um teste simples, sem riscos e sem dor, usando um estetoscópio e um esfigmomanômetro (aparelho que mede a pressão sangüínea). A pressão sangüínea é medida em uma artéria principal do braço. O fluxo de sangue nessa artéria é fechado (com a faixa inflável do esfigmomanômetro) e depois liberado, enquanto se ouve a pulsação arterial com o estetoscópio.

Os resultados dessa medição apresentam a relação entre a pressão sistólica (a pressão em que a primeira batida do pulso pode ser ouvida quando a deflação gradual da faixa começa) e a pressão diastólica (a pressão em que o fluxo permanente que passa pela artéria pode ser ouvido) - por exemplo, 150/95. Basicamente, a pressão sistólica mede a pressão do coração durante uma contração, e a diastólica é a pressão quando o coração está recebendo sangue entre uma batida e outra.

Apesar de a pressão diastólica ser consideravelmente menor do que a sistólica, ainda há pressão no corpo quando o coração está enchendo. Ambos os valores são importantes para o diagnóstico. Uma pressão sistólica estranhamente alta pode significar que o coração está bombeando forte demais ou que as artérias estão rígidas. Já a pressão diastólica significa que as artérias estão com o tônus muscular ou resistência altos demais.

A pressão sangüínea normal é de cerca de 80/46 no nascimento e sobe conforme vamos envelhecendo. A pressão normal em adultos é de aproximadamente 120/80.

Tratamento

Felizmente, a hipertensão costuma responder bem aos tratamentos. Quando o problema é leve (pressão de cerca de 140/90) e não há indicações de outras doenças, um médico pode sugerir mudanças no estilo de vida antes de receitar medicamentos. Essas mudanças podem incluir perda de peso, um programa de exercícios regulares e limitação da ingestão de sódio - que afeta o equilíbrio e volume de líquidos e, conseqüentemente, a pressão. Controlar o sódio na alimentação requer a diminuição do sal de mesa e a leitura cuidadosa dos rótulos de alimentos e remédios. Caso seja necessário um remédio, o médico pode receitar um ou vários medicamentos. As drogas normalmente receitadas incluem diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ACE), betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio.

Antes de esclarecermos sobre algumas das outras mudanças de hábitos que podem ser feitas para reduzir a pressão alta, vamos olhar a doença e seu impacto mais de perto. Vá para a próxima seção para obter mais informações sobre a gravidade da hipertensão.

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