terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Princípios básicos sobre a asma

Se você tem asma, conhece a temida sensação de asfixia, fraqueza, ansiedade. Você se sente como se alguém o fizesse correr em volta do quarteirão, depois apertasse seu nariz e forçasse a respirar por um canudinho. Você sabe muito bem que quando o ataque de asma começa, ele não vai embora sozinho.

Cerca de 20 milhões de americanos sofrem de asma. Mesmo que duas pessoas não tenham sintomas parecidos, uma coisa elas têm em comum: dificuldade de respirar por causa do estreitamento ou bloqueio das vias aéreas dos pulmões, que ficam inflamados e hipersensíveis. Eles são levados à contração por uma variedade de fatores externos, chamados de "gatilhos" (estímulos), que geralmente não causam problemas às pessoas que não têm a doença.

Neste artigo, daremos informações a respeito da asma e o que ocorre exatamente no corpo durante uma crise. Também examinaremos os vários tratamentos. Vamos começar com uma análise da doença.

Definição

A asma é uma doença respiratória marcada por momentos de falta de ar aguda e chiado. As crises podem durar menos de uma hora ou até uma semana ou mais. Os ataques podem ser freqüentes ou demorar anos para acontecer. Eles podem ocorrer a qualquer hora, até mesmo durante o sono.

A respiração se torna difícil quando pequenos tubos respiratórios, chamados bronquíolos, se contraem ou são obstruídos com muco. Também ocorre quando as membranas que revestem os bronquíolos ficam inchadas. Quando isso acontece, o ar não consegue ser totalmente expelido, permanecendo preso nos pulmões e fazendo com que menos ar puro possa ser inalado.

Causas

Os ataques de asma podem ser resultado da hipersensibilidade do sistema bronquial a uma variedade de substâncias externas ou condições. Cerca da metade das crises são desencadeadas por alergias a substâncias como poeira, fumaça, pólen, penas, pêlos, insetos, esporos de mofo, comidas e remédios.

Ataques não relacionados a alergias podem ser desencadeados por exercícios vigorosos, por respirar ar frio, por estresse emocional e por inflamação ou infecção do trato respiratório. A hereditariedade desempenha um papel importante na tendência de desenvolver asma. Se um dos pais ou ambos tiverem asma, a criança tem até 50% de chances de desenvolver a doença.

A asma raramente é fatal, mas pode se tornar uma doença séria, especialmente em crianças. Às vezes, as crises se tornam menos freqüentes e menos severas à medida que a criança cresce.

Sintomas

Os sintomas da asma incluem aperto no peito, dificuldade em respirar, tosse e chiado. Este último fator é causado pelo esforço de fazer passar o ar pelos bronquíolos apertados. À medida que o ataque continua, os músculos que envolvem os bronquíolos se contraem ainda mais, a respiração se torna mais difícil e o muco se acumula nas vias aéreas.

Diagnóstico

O diagnóstico pode incluir um exame físico completo, uma análise do histórico clínico, raios X dos pulmões e teste de alergia.

Tratamento

Na maioria dos casos, a asma não pode ser curada, mas pode ser controlada com medicamentos. Os corticosteróides podem controlar ataques severos e agudos. Entretanto, em uma crise demorada, os pacientes podem ter efeitos colaterais indesejados, tais como ganho de peso, úlceras, pressão alta e atraso no crescimento. Para evitar esses efeitos, corticosteróides como a prednisona são usados em grandes doses em ataques agudos e, então, a dose é reduzida o mais rápido possível. Alguns indivíduos, entretanto, necessitam constantemente de doses mais baixas, para evitar o surgimento de ataques.

Durante uma crise aguda, a epinefrina ou o soproterenol podem ser administrados por injeção ou inalados por aerosol para dilatar os bronquíolos. Entretanto, esses medicamentos podem superestimular o coração. O uso não é recomendado por longos períodos ou por pessoas com doenças cardíacas.

Remédios similares, tais como o albuterol e a terbutalina, exercem menos efeito estimulante no coração. Esses medicamentos podem ser tomados em comprimidos por via oral, porém, são mais comumente usados em forma de aerosol. Isso proporciona melhor efeito no sistema bronquial. Eles atuam causando dilatação ou alívio do espasmo nos tubos bronquiais.

Em terapias de longo prazo, as formas inaláveis de corticosteróides são usadas para manter o asmático livre de ataques tanto quanto possível. Uma vez que há menos absorção da cortisona pelo organismo nessas formas, a probabilidade de efeitos colaterais é diminuída.

Outros medicamentos também podem ser usados. Em alguns casos, a droga teofilina pode ser adicionada à prescrição.

Se uma alergia está provocando os ataques, a substância causadora deve ser retirada do ambiente. Se não puder ser removida ou evitada, ou se existem múltiplas alergias, injeções com quantidades mínimas de alergênico podem ajudar o corpo a fortalecer a tolerância à substância.

Prevenção

Embora não exista uma maneira de prevenir a asma, diversos cuidados podem ser tomados para reduzir a possibilidade da ocorrência dos ataques. Testes de alergia para determinar a sensibilidade a agentes comuns do ambiente tais como poeira, mofo, pêlos de animais e pólen podem ser feitos por um médico. Uma vez que a alergia é determinada, pode-se tentar o tratamento com injeções de substâncias desensibilizantes.

O tratamento rápido das infecções do trato respiratório superior pode ajudar a prevenir crises agudas. Terapias preventivas contínuas com inalação de corticosteróides podem diminuir a freqüência e a severidade dos ataques. Com o uso de terapia clínica apropriada e supervisão, a maioria das pessoas com asma pode conduzir sua vida normalmente.

0 comentários:

Design konnio.com