terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Dermatite alérgica de contato

Algumas pessoas espirram se entram em contato com pólen ou com escamação de pele de animais. Outras desenvolvem a dermatite alérgica de contato, que aparece quando a pele entra em contato direto com certas substâncias, que normalmente são inofensivas para a maioria das pessoas, como por exemplo, alguns componentes de maquiagem ou metal de jóias.

Na dermatite alérgica de contato, o sistema imunológico reage ao contato direto com um alérgeno, que é uma substância que o corpo identifica incorretamente como perigoso, produzindo uma urticária no local em que o contato ocorreu. Então, uma pessoa com alergia ao níquel (de um bracelete, por exemplo) vai desenvolver uma lesão no local onde foi usada a bijuteria.

O alérgeno mais comum na dermatite alérgica de contato é a hera venenosa, que causa reações em pelo menos metade das pessoas expostas a ela. Outro alérgeno de contato muito comum é o níquel, um metal normalmente usado em bijuterias. Aproximadamente 10% da população pode ter reações alérgicas a este metal.

Outras possíveis causas de dermatite alérgica de contato são:

neomicina ou benzocaína em anestésicos locais;
couro;
formaldeído, que é usado em xampus, detergentes, fortalecedores de unhas, lenços para limpeza a seco e anti-sépticos bucais;
pastas de dentes e doces com sabor de canela;
ácido paraaminobenzóico ou PABA, ingrediente ativo de alguns protetores solares;
produtos químicos em tinturas para cabelo;
conservantes usados em cosméticos.
No entanto, identificar a urticária como uma dermatite alérgica de contato nem sempre é fácil. Um alérgeno trazido pelo ar, como pólen ou escamação de pele de animais, normalmente causa espirros ou coriza em até quinze minutos após a exposição. Pode demorar até 72 horas (após o contato com a substância sensibilizante) para que apareça reação na pele. Isso pode fazer com que seja difícil identificar a causa.

O fato de se precisar ficar sensível a uma substância antes que ela cause a urticária complica ainda mais o diagnóstico. Isso significa que é necessário ter entrado em contato com a substância pelo menos uma vez antes de surgir a reação alérgica. E, algumas vezes, são necessários vários contatos com a substância antes de o corpo ficar sensível a ela. Isto significa que aquele bracelete contendo níquel pode ser usado várias vezes sem que ocorra nenhum problema, mas um dia, de repente, ele pode causar uma reação alérgica.

Isolar a causa da urticária pode ser um desafio, pois ela pode ser causada por pequenas quantidades do químico agressor. Graças a nossa preocupação com higiene e aparência, nos expomos diariamente a uma infinidade de substâncias potencialmente ofensivas. As mulheres, por exemplo usam produtos diferentes para os cabelos, rosto e corpo diariamente.

Como lidar com a dermatite alérgica de contato?

Elimine a causa - se a urticária não desaparece ou continua reaparecendo no mesmo lugar, será preciso descobrir qual é a causa. Caso contrário, você ficará limitado a tratar apenas os sintomas. Pode ser útil fazer uma lista de tudo com que se que entrou em contato com a área afetada nos últimos três dias, incluindo produtos de higiene, cosméticos, perfumes, bijuterias e até mesmo roupas. O problema pode não estar na roupa, mas no sabão, detergente ou o amaciante usados para lavá-las. Se você está tendo problemas para descobrir a causa, um dermatologista ou alergista pode ajudar. Normalmente, é feito um teste usando os alérgenos mais comuns e um questionário específico na tentativa de descobrir a causa.

Fique longe - assim que determinar a causa, evite o contato. A urticária vai continuar enquanto sua pele estiver em contato com o alérgeno e vai retornar todas as vezes que você entrar em contato com a substância agressora.

Evite a transpiração - se você é sensível ao níquel, usar um objeto contendo esta substância em um ambiente quente e úmido vai piorar muito a alergia, pois o suor vai espalhar o níquel. Então, antes de começar a malhar ou sentir calor, retire qualquer bijuteria que contenha níquel.


Tome cuidados com furos nas orelhas - se você decidir furar as orelhas, mas for alérgico ao níquel, tome cuidado ao escolher o primeiro par de brincos a ser usado, veja se ele não contém níquel ou se tem uma camada de aço inoxidável. Verifique também se a agulha usada é de aço inoxidável. Se o brinco ou a agulha contiverem níquel, você corre o risco de ter uma reação alérgica no lóbulo da orelha.

Pinte os objetos de níquel - pinte as superfícies que entram em contato com a pele com esmalte de unhas transparente.

Troque as bijuterias por jóias - até mesmo jóias de ouro de 14 quilates têm um pouco de níquel, portanto, se a sua pele reage fortemente a ele, você pode precisar usar apenas jóias de 24 quilates, ou seja, ouro puro. Outras opções seguras são a platina e o aço inoxidável.

Leia os rótulos - se a sua pele começa a coçar quando entra em contato com PABA ou outra substância química, leia cuidadosamente as listas de ingredientes e escolha apenas aqueles sem os agentes agressores. Alguns produtos são até mesmo convenientemente rotulados como "livres" de certas substâncias conhecidas por causarem reações alérgicas. Um exemplo disto são os protetores solares, anunciados ou rotulados como "não contém PABA".

Não acredite em rótulos que dizem "hipoalergênico" - este é um termo ambíguo sem nenhum significado legal. A Food and Drug Administration ainda não estabeleceu um padrão para definir o que significa "hipoalergênico". Se você não tem como saber se um produto contém a substância que causa a reação alérgica, tente entrar em contato com o fabricante ou faça um teste aplicando um pouco do produto na dobra do braço e esperando de três a quatro horas para ver se há alguma reação.

Proteja a sua pele - evite a exposição a plantas venenosas usando camisas de mangas compridas e calças se estiver em áreas onde estas plantas podem ser encontradas.

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