quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Como lidar com as alergias a animais de estimação

Animais de estimação e as alergias: fatos e mitos
Nosso caso de amor com os peludos e penosos produziram uma nação de proprietários de donos de animais de estimação, muitos dos quais precisam de lencinhos de papel e medicamentos para enfrentar a alergia a animais de estimação. Os animais de estimação podem causar alergia? Neste artigo, vamos contar a verdade sobre os animais de estimação e as alergias e dar alguns conselhos no caso de você ter que tomar a difícil decisão de se livrar do seu bichinho para o bem de sua saúde. Vamos começar com as informações básicas sobre as alergias a animais de estimação.

Sofrendo por amor

Como todas as reações alérgicas, as alergias a animais de estimação são reações do sistema imunológico a uma substância prejudicial. Nesse caso, a reação é à proteína de descamação do animal (flocos de pele morta) e possivelmente à saliva e urina (dependendo da raça). Diferente dos alérgenos do ar que vêm de criaturas indesejáveis, os alérgenos de animais de estimação vêm de um animal bonitinho e gostoso de abraçar, um amigo de quatro patas ou de penas que adoramos e que nos adora.


Mas é difícil para os alérgicos a animais de estimação tolerar surtos intermináveis de tristeza por causa do amor que têm pelos animais de estimação. Depois de um contato crítico, muitos parecem ter perdido uma luta de boxe: olhos lacrimejantes e inchados, nariz escorrendo e uma pele vermelha e irritada. Tais reações nem sempre são imediatas, especialmente quando a sensibilidade é menor ou o nível de alergia é baixo. Você pode passar o dia todo cuidando do gato de sua irmã e ter apenas uma coceirinha.

Mas, às 2 horas da manhã, o sistema imunológico desperta e logo você acorda esfregando os olhos, assoando o nariz e maldizendo o gato. Pessoas altamente sensíveis geralmente não precisam esperar até às 2 da manhã para que as reações comecem. Parece que eles apenas olham para o gato e começam as irritações da pele, congestão nasal e dificuldades respiratórias. Para as pessoas com asma, o contato com um gato pode provocar uma crise grave.

Mitos e conceitos errados sobre alergias a animais de estimação

A questão maior é a carga emocional. Muitas vezes, quando a emoção encombre a razão, as pessoas tendem a acreditar mais nos mitos. Antes de discutirmos o lado emocional das alergias a animais de estimação, especialmente a decisão de manter ou não o animal em casa, vamos acabar com alguns mitos sobre as alergias e os animais de estimação.

O mito do pêlo: algumas pessoas temem mais o pêlo do animal do que o que realmente causa os espirros: descamação. Um dos conceitos errados mais comuns sobre as alergias a animais de estimação é que o pêlo deles causa as alergias. O pêlo curto ou longo do animal não é considerado como um alérgeno muito importante. Os animais de pêlo curto não são diferentes dos animais de pêlo longo no tocante à causa de coriza. O que os animais de pêlo longo podem fazer, entretanto, é juntar mais partículas de descamação. E os animais de pêlo longo que andam fora de casa tocam mais alérgenos do ar, como pólen, poeira e germes de mofo... exatamente como os humanos com cabelos longos e soltos.

O mito do animal de estimação hipoalergênico: outro conceito errado é a existência do animal de estimação hipoalergênico ou um cão de raça que não faz as pessoas alérgicas espirrarem. Dentro das espécies, alguns animais produzem muito mais alergênicos do que outros e há grande variação entre os cães. As pessoas alérgicas a gatos, entretanto, geralmente são alérgicas a todos eles. Infelizmente, apesar de algumas reclamações, não há raças específicas de cães ou gatos que possam ser consideradas "hipoalergênicas". Comprar um cão ou gato caro e "sem pêlo" pode ser apenas isso: caro.

Por que as alergias a gatos são tão comuns?
Gatos são criaturas difíceis de contentar, geralmente causam as alergias de tão limpos que são! O maior alérgeno do gato doméstico é produzido na saliva e nas glândulas sebáceas (óleo) da pele. A limpeza constante do gato faz com que esse alérgeno se espalhe pelo pêlo. Quando seca, se descama com o menor movimento. Os alérgenos do gato são tão grudentos como fita adesiva, e aderem facilmente em roupas, tapetes e móveis. Por serem tão transportáveis, esses alérgenos podem ser descobertos em lugares onde o gato nunca esteve: carros, escritórios, aviões e mesmo banheiras.

Culpa do mito dos gatos e cachorros: não deve ser uma grande surpresa que os mais populares animais de estimação entre os americanos sejam os gatos e cachorros, que são as mais comuns causas de alergias. Desses dois, os gatos são responsabilizados por serem a fonte da maioria das alergias a animais.

Mesmo assim, o Totó e o Bichano não devem levar toda a culpa. Todo animal de sangue quente, de estimação ou não, produz os flocos de pele morta que são a causa potencial das reações alérgicas. Os pássaros, por exemplo, são produtores notórios de alérgenos, graças à mistura de penas, flocos de pele morta e excrementos. Os nunca agradáveis excrementos de pássaros (bem como os de outros animais engaiolados) se tornam ainda mais desagradáveis pelo fato de as bactérias, poeira, fungos e mofo ficarem espreitando de dentro e ao redor de suas gaiolas. As pequenas criaturas engaioladas, como gerbos, hamsters, camundongos, ratos e porquinhos-da-índia podem provocar sintomas alérgicos, da mesma forma que se agrupam em um terreno ao redor de um celeiro com cavalos, vacas, bodes, galinhas, patos e gansos. Alguns animais, particularmente os cavalos, são um problema maior. Os estábulos mal ventilados e fechados são ótimos para os germes de mofo que têm seu auge no feno dos cavalos. Uma coisa boa é que os cavalos não têm penas, ou os alérgicos estariam com um problema mais grave ainda.

Os animais também têm alergias

Os humanos não são os únicos que sofrem com as alergias. Os cães muito freqüentemente têm alergias em razão dos alérgenos do ambiente ou da comida. Entretanto, em vez de fungar ou espirrar, eles se coçam. Se um cão se coça muito (e ele não está com pulgas) ou lambe suas patas, ou se sua pele está vermelha e irritada, ele pode estar sofrendo de alergia. Pode ser difícil distinguir entre um alérgeno ambiental ou de comida, mas se o comportamento for sazonal (geralmente no verão), pode apostar que seu cão está com a forma canina da "febre do feno". Seu veterinário pode sugerir maneiras diferentes para ajudar o Totó, que pode ser mudar a alimentação e dar anti-histamínicos, ácidos graxos ômega ou mesmo injeções antialérgicas.

Os felinos podem ter alergias ambientais e a comidas também. Os gatos podem ficar se coçando, especialmente ao redor da face e acabam se machucando de tanto se coçar. Os gatos também têm asma que, como nos humanos, precisa de tratamento para a vida inteira quando grave e provocado por condições similares, como estresse e viver em uma casa onde há fumantes.

A febre do feno é comum entre os cavalos, que sofrem de alergias ao feno molhado (exatamente como os humanos). Isso causa asma nos cavalos, levando à dificuldade para respirar. Como os cavalos e os gatos têm alergias respiratórias similares à asma, geralmente são tratados com os mesmos medicamentos inalatórios que as pessoas usam para controlar a asma. O problema é: como dizer a um animal para inspirar quando você quer que ele inale um medicamento? A resposta é: usando capuzes (ou máscaras faciais), colocados sobre o nariz e a boca dele. Depois que o inalador estiver colocado, as pequenas abas se movem para dentro e para fora, para que o dono saiba quando o animal está inspirando. Assim que o animal começa a inspirar, você empurra o inalador e uma dose do medicamento é administrada.

O ideal seria que todos os alérgicos pudessem manter seus animais. Mas o que acontece quando a alergia de um membro da família o obriga a se desfazer do amigo peludo? Continue lendo este artigo, e veja alguns conselhos sobre como lidar com essa situação.

Dicas de banho para gatos

Entre tudo o que as pessoas fazem para reduzir os alérgenos dos animais, dar banho em gato está no topo. Garras e dentes afiados combinados com uma atitude nervosa não fazem do banho do gato uma experiência agradável para os humanos. Você pode evitar tais atitudes exageradas se condicionar o gato a tolerar os banhos quando é um filhote (note bem, a palavra é "tolerar" e não "gostar"). Sem o benefício do condicionamento, a pessoa que dá o banho tem de fazer todo o possível para que molhar em água com sabão seja menos traumático para o gato medroso.

Fale com uma voz suave e gentil, evite movimentos bruscos, coloque o gato na água quente devagar, lave-o e enxagüe-o gentilmente. Depois, termine o tratamento; isto é, se o gato não fugiu. Idealmente, uma pessoa não alérgica deve dar o banho, mas encontrar uma pessoa disposta é tão fácil como dar banho no gato. A pessoa responsável pelo árduo trabalho deve estar vestida com armadura, ou pelo menos usando uma camisa de mangas longas e óculos de proteção, apenas para o caso de as patas e garras se transformarem em hélices. Para reduzir adequadamente os flocos de pele morta, os gatos devem ser banhados pelo menos uma vez por semana, com água morna e xampu suave. Boa sorte.

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