terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Como prevenir defeitos de nascença com o ácido fólico

Existe aquele velho ditado de que a mulher grávida está comendo por dois. Essa velha frase, porém, mudou (dessa vez, com o apoio de sólida pesquisa) e diz agora que uma mulher deveria comer por dois antes de engravidar - certamente em termos da qualidade de sua dieta, e não da quantidade. Boas fontes de ácido fólico

Os alimentos descritos a seguir são ricos em ácido fólico e são uma boa opção se você quiser melhorar sua dieta:
aspargo
abacate
feijão seco (preto, grão de bico, de lima, rajado, branco)
beterraba
brócolis
couve de Bruxelas
cenoura
couve-flor
verduras cozidas (mostarda, nabo)
verduras em salada (chicória, endívia, escarola, alface romana)
repolho
lentilha
fígado (vitela, galinha, porco, peru)
laranja, suco de laranja
amendoim
ervilha seca e verde
espinafre
suco de tomate
germe de trigo


Foi apenas recentemente que a ciência mostrou como é perigoso para o bebê se a mulher não comer quantidades adequadas de ácido fólico na época de engravidar. Certos aspectos do desenvolvimento normal do feto dependem muito da nutrição da mãe antes dela engravidar. Uma das ligações mais importantes está entre o consumo de ácido fólico da futura mamãe e os defeitos de nascença do tubo neural do bebê. Se a mulher estiver no peso ideal, saudável, para sua altura quando engravidar, isso também parece ter um efeito benéfico no bebê.

Nesse artigo, veremos como as mulheres podem diminuir o risco de defeitos de nascença do tubo neural fazendo uma dieta mais saudável e aumentando seu consumo de ácido fólico. Esse tratamento alternativo pode ser feito antes da gravidez e durante a mesma.

Naturalmente, a nutrição e o estilo de vida de uma mulher durante a gestação podem influenciar muito suas chances de ter um bebê saudável. O ganho de peso adequado na gravidez é importante para diminuir a probabilidade de ter um bebê de baixo peso ao nascimento, que tem um risco maior de problemas de saúde como conseqüência. Evitar substâncias tóxicas - como álcool, cigarro, maconha e outras drogas ilegais, e até muitos medicamentos legais - durante a gravidez também aumenta a chance de nascer um bebê sadio.

Ácido fólico e defeitos do tubo neural

Consumindo quantidade suficiente de ácido fólico, uma das vitaminas B durante um mês antes de engravidar e durante as primeiras semanas da gestação, uma mulher pode ajudar a prevenir uma série de defeitos de nascença em seu bebê conhecidos coletivamente como defeitos do tubo neural. Nessas malformações, o sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal) e/ou parte de suas células não terminam de se desenvolver apropriadamente. Normalmente, uma parte do cérebro ou da medula não se desenvolve ou fica exposta de forma perigosa.

Na anencefalia, o cérebro quase não se desenvolve. Na spina bifida, parte da medula espinhal fica exposta ou está incompleta. A spina bifida é atualmente o defeito de nascença que mais leva à incapacidade. A esperança é que, com o conhecimento da ligação do ácido fólico, muitas futuras tragédias desse tipo poderão ser evitadas.

Os defeitos do tubo neural são as únicas malformações tão diretamente ligados à situação nutricional da mãe. Mas, ironicamente, os cuidados pré-natais tradicionais podem não prevenir essas malformações; geralmente, quando a gestante visita seu médico e começa a tomar os suplementos que possuem ácido fólico, já é tarde demais para prevenir uma malformação. Isso porque todos as malformações ocorrem nas primeiras quatro semanas após a concepção. Depois disso, o desenvolvimento da medula espinhal está completo.

A maioria das mulheres, entretanto, nem sabe que está grávida até, no mínimo, três semanas após a concepção, e muitas só procuram um médico dias ou semanas depois. Por isso, fica claro que: qualquer mulher que pode engravidar (quase metade de todas as gestações não é planejada) deveria consumir quantidade suficiente de ácido fólico através de dieta e/ou suplementos. Na verdade, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos recomenda que qualquer mulher capaz de engravidar consuma 0,4 miligramas (400 microgramas) de ácido fólico por dia. No Brasil, os comprimidos são de 5 mg.

Além dos polivitamímicos ou vitaminas pré-natais, as fontes de ácido fólico dos alimentos incluem pães enriquecidos, cereais, arroz, massa e outros grãos. O FDA (responsável por controlar os alimentos e medicamentos nos EUA) obriga que os fabricantes acrescentem ácido fólico a produtos em grãos enriquecidos (pães, farinha, cereais, biscoitos, fubá, arroz, massa), assim como outras vitaminas do complexo B e ferro. Alguns cereais são fortificados com os 400 microgramas de ácido fólico por porção. (Verifique os rótulos dos produtos em grãos para garantir que os que você escolher estejam fornecendo a quantidade suficiente de ácido fólico por dia.)

Uma questão importante a observar: O folato é realmente a forma dessa vitamina B que ocorre naturalmente; o ácido fólico é a forma sintética encontrada nos suplementos e nos alimentos fortificados. O ácido fólico é absorvido com mais facilidade pelo corpo. O ácido fólico também é a forma da vitamina que os estudos associaram ao baixo risco de defeitos de nascença.

Por outro lado, uma vez que o corpo precisa dessa vitamina B (em qualquer forma) para o metabolismo apropriado das proteínas, para a divisão celular e para formar os glóbulos vermelhos que carregam o oxigênio pelo corpo, ainda é importante que homens, mulheres e crianças que não tomam suplementos polivitamínicos obtenham a quantidade suficiente de ácido fólico natural de sua dieta. Boas fontes de ácido fólico dos alimentos incluem folhas verdes (alface romana, endívia e mostarda), brócolis, legumes (feijão, ervilha seca e lentilha) e suco de laranja.

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