terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Como controlar a incontinência urinária

Informações básicas
Você não freqüenta mais a aula de ginástica porque tem medo de que aconteça um "acidente"? Procura saber onde ficam todos os banheiros do shopping antes de começar suas compras? Evita espirrar, tossir e até dar risada porque não tem certeza de que vai continuar seca?

Fique tranqüila: você não é a única. Segundo o National Institutes of Health (Institutos Nacionais de Saúde), mais de 13 milhões de americanos sofrem de incontinência urinária, muitas vezes em silêncio. De fato, esse problema só foi reconhecido recentemente nos Estados Unidos como uma condição comum e com tratamento, e não como sintoma inevitável do envelhecimento. A incontinência urinária também é um problema comum no Brasil, principalmente em mulheres que tiveram muitos filhos.

Na verdade, povos antigos costumavam lidar muito melhor com esse problema. No Egito Antigo foram desenvolvidos produtos para a incontinência, e na Grã-Bretanha, no começo do século XX, era perfeitamente normal que uma mulher carregasse uma espécie de fralda debaixo do vestido, chamada "slipper", para se aliviar durante longas cerimônias religiosas.

A perda do controle da bexiga não é uma doença, e sim um sintoma que pode surgir por determinadas causas. Pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade: de crianças a idosos, homens e mulheres. As mulheres, contudo, têm três vezes mais chances de sofrerem incontinência, principalmente por causa do esforço físico causado pela gestação e por uma queda nos níveis de estrogênio depois da menopausa.

Existem quatro tipos de incontinência. A incontinência de esforço é causada por danos ou enfraquecimento dos músculos da pélvis, em especial do assoalho pélvico. Esse conjunto de músculos que fica na parte inferior da pélvis dá sustentação aos órgãos baixos e ajuda-os a manter sua forma e realizar suas funções adequadamente. Partos, menopausa, fraturas na pélvis e certos tipos de cirurgia, como histerectomia (remoção do útero) ou prostatectomia (remoção da próstata), podem fazer com que esses músculos se tornem deficientes (veja "Exercícios para incontinência urinária" na próxima seção para informações sobre como tonificar os músculos do assoalho pélvico). Como resultado, qualquer atividade que exige um esforço repentino ou pressão na bexiga, como espirrar ou jogar tênis, pode causar a liberação de urina.

Pessoas com incontinência de urgência, por outro lado, sentem uma necessidade repentina de urinar e não conseguem chegar ao banheiro a tempo. Incontinência de urgência (também chamada de bexiga hiperativa) ocorre quando há danos nos nervos que conectam o cérebro e a bexiga, resultando em contrações incontroláveis do músculo da bexiga, que forçam a eliminação da urina. Esses danos nervosos podem ser causados por derrames, traumas na medula ou doenças como esclerose múltipla, que causam disfunções nervosas.

Algumas pessoas sofrem tanto de incontinência de esforço quanto de urgência. É a chamada "incontinência mista".

Também há pessoas que sofrem de incontinência de superenchimento, na qual o corpo produz mais urina do que a bexiga consegue armazenar, causando o vazamento ou "gotejamento" do excesso de urina. Ela pode ser resultado de uma obstrução ou de um mau funcionamento dos músculos da bexiga, que impedem que ela seja esvaziada completamente e causam vazamento da urina. Uma obstrução pode ser causada por um tumor ou uma próstata aumentada; além disso, certos medicamentos, doenças como a poliomielite ou esclerose múltipla, lesões na medula, traumas na pelve ou cirurgias podem impedir os músculos da bexiga de funcionar adequadamente.

A NAFC estima que cerca de 80% das pessoas que têm incontinência urinária podem encontrar um tratamento ou cura. Dependendo do tipo de incontinência, os tratamentos podem incluir mudanças no estilo de vida ou comportamento, medicação, exercícios especiais, cirurgia ou vários aparelhos e produtos que ajudam a lidar com a incontinência. Geralmente, uma combinação dessas possibilidades é utilizada.

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